terça-feira, setembro 16, 2025
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A UTOPIA E A SOBREVIVÊNCIA

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Criticar de qual forma ?

Se a crítica sadia não for aceita como indicativo para revisão comportamental então não estamos preparados para a coletividade.

Ao longo dos últimos tempos tenho feito várias observações sobre a atuação do campo progressista.

A política, como sempre, é um terreno fértil onde se reproduz oportunidades para os mais diversos modos de operar. Seja na religião, no futebol ou na esfera de poder. Nunca desvincula se direta ou indiretamente da política.

Para os que as9sumem mandatos eletivos sob a batuta de um partido progressista, estes sim precisam atentar para que seus atos não sejam destoando dos interesses coletivos, éticos e morais. Óbvio.

É neste sentido que tecemos nossas críticas e pelejamos para que sejamos minimamente compreendidos. Infelizmente temos visto eleitos no PSB, PDT e PT atuando de forma antagônica aos programas de seus partidos. Quando questionados sobre a postura logo partem para o vitimismo, imprimem discursos de contra ataque sem contudo buscar o que fundamenta as críticas.

Nos embates dentro de cada partido, sempre brota no rescaldo, a certeza de que a filosofia de resistência, a convicção ideológica e as práticas socialistas são os melhores ingredientes para o crescimento e a construção permanente. O respeito às diferentes formas de ver servem para ajustar, com clareza, exatamente onde estamos e para onde queremos ir.

Quando se levanta o muro da razão absoluta é porque não está seguro da própria verdade. A soma de ideias é o propósito do crescimento, da construção coletiva.

Cá entre nós…

O 17⁰ encontro estadual do PT/RO, espaço onde, teoricamente, seriam debatidos os diversos temas relativos à política nacional e estadual, limitou-se a discursos evasivos e subterfúgios, consumindo o sentimento de grandeza.

O vitimismo exacerbado, a falta de ética no ataque e a tese aprovada por votos (em dois turnos) refletiu o sentimento da militância de contracheque.

2026. Como será?

Ora, especialmente o PT que, em razão dos efeitos das políticas de Lula, deveria estar pilotando o movimento CAMINHADA ESPERANÇA, na verdade, guarda apenas a condição de coadjuvante!

Não terá forças para indicar nada além das chapas proporcionais…

Eu particularmente, fui ao encontro dia 06.09, com o espírito propositivo, de instituir grupos de trabalhos para atender aos interesses políticos para 2026.

Uma comissão mista abordando todos os pontos de um plano mínimo de governo.

Educação, saúde, infraestrutura, agricultura familiar e principalmente a pauta ambiental. É óbvio que uma composição com o senador Confúcio Moura vai precisar de muita força para superar os ataques anti ambientalistas que a direita prepara, eles abordarão a criação das reservas pelo então governador colocando os invasores como vítimas.

Precisamos fazer prevalecer a ideia de que a pauta ambiental não seja uma pauta de esquerda apenas. É sim, uma pauta do planeta, de sobrevivência da humanidade…

Precisamos mostrar a diferença entre os progressistas e os conservadores sobre política sociais. Especialmente naquilo que são pilares de uma reformulação social.

Saúde.

A BR 364 não pode continuar como corredor hospitalar onde toda semana temos profissionais e pacientes vitimados por acidentes graves. Havemos de propor soluções imediatas descentralizando as especialidades de média e alta complexidade no atendimento à população. Educação.

Precisamos refutar a ideia da militarização escolar. As unidades com este caráter nem sempre apresentam o melhor IDEB. Enquanto estado, precisamos investir em mais escolas técnicas (estilo Abaitará) melhorando o nível profissional como alternativa ao meio produtivo.

Quem sabe transformar o CENTRER/EMATER em uma universidade ou faculdade agrícola estadual, essa mesma instituição pode formar profissionais e prestar serviços de assistência técnica e pesquisa junto ao setor produtivo simultaneamente. Elevando a instituição em uma unidades de serviços e formação de mão de obras especializadas acabando com o ‘cabide eleitoreiro’ e a politicagem que consome grande parte do orçamento da SEAGRI.

A agricultura familiar carece de atenção especial. O alto volume de produtos que chegam à mesa do consumidor ainda vem de outros estados.

A transformação de produtos da agricultura precisa ser vista como coadjuvante ao progresso do estado. Vamos deixar de ser apenas produtores de matéria prima.

Também não basta distribuir equipamentos sem um programa efetivo que assegure o avanço do setor agrícola.

Não basta distribuir sementes sem garantir a transformação e mercado de seus derivados…

Como exemplo, as organizações rurais esforçam-se para implantar unidades de processamento de lácteos, no entanto os agentes do estado apresentam ‘N’ dificuldades a cada visita técnica e, acaba desestimulando os produtores. Então, enquanto o estado aperta o cerco contra pequenas iniciativas, utilizando questões sanitárias e etc… há uma complacência fiscal que isenta os grandes laticínios de impostos.

Pensar não é pecado…

O próximo governo (se for do campo progressista) deverá atender a linha programática. Ser pragmático e calçar-se pela eficiência. O programa de governos deve ser o principal instrumento para induzir o desenvolvimento. Portanto os auxiliares do governador não devem ser nomeados por amizades, por interesses partidários ou por compromissos alheios ao proposto.

A agenda de desenvolvimento precisa ser aberta e aprimorada sempre.

Quanto a isso, espero que os companheiros e companheiras que estiveram no 17⁰ encontro do PT/RO, percebam a dimensão de nossa tarefa, preocupando-se com o desenvolvimento de Rondônia e que, doravante, entendam qual a nossa real preocupação.

Olhar o passado pelo retrovisor…

Sim, como algo que nos ensina como devemos ou não fazer.

Exercitar a democracia Interna em um processo eleitoral é tarefa de todos nós. O desgaste pessoal, as infâmias, agressões verbais e ofensas, muitas sem provas devidas, só mostram o despreparo daqueles que buscam a qualquer custo editar seus objetivos.

Então como militante, no palacete ou na casinha de sapê sempre prezando pelo bom relacionamento, com respeito e dignidade, independente da corrente ou filosofia expressa.

Vejo com tristeza quando alguém tenta desqualificar o debate utilizando se de inverdades, fazendo apologia ao vitimismo. Tenho minha consciência tranquila e jamais me abateria diante de verbetes articulados por quem milita sem olhar para a grandeza das causas pelas quais nos fez estar aqui.

Construir o PT é tarefa cotidiana…

Os dirigentes dos movimentos sociais, lideranças, enfim, não há nenhum mais ou menos responsável, cada um em sua tarefa, de construir sempre os partidos do campo progressista como imaginária força de resistência. A mágica da utopia.

Se em algum momento necessitar o sacrifício da vida, se for pela causa, não exitarei. Afinal, para quem já chegou até aqui, já suportei tantas agruras… carimbar o passaporte para outras lutas é uma questão de honra.

O salário do obscurantismo é a tirania…

O calor da consciência constrói e tempera as asas da resistência …

Abraço.

Por:

Ciro Andrade.

Colaboração:

Joaquim Loureiro

Urupá-RO, 07.09,25

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Freire

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Autonomia, sem anemia

Para adultos, jovens e crianças
– veja se confere
– naquilo que te infere
(Crianças rimam com esperanças)

Freire da revolução
– da vontade emancipada
– de quem quer ter a fome extirpada

Freire da emancipação,
– da esperança no amor

Ensinar exige alegria e esperança
– da esperança sem tanta dor

É a autonomia do Bom Senso
– aquele incenso de sabedoria
– que a todos conviria

Freire que assim pensou e ensinou
Rigorosidade metódica
– mas que seja melódica

Ensinar exige pesquisa
– que resulte em ação

Ensinar exige risco, aceitação do povo e rejeição à discriminação
– exige amor no coração

Ensinar exige respeito aos saberes e às pessoas
– com coisas boas

Não é transferir conhecimento
– Ensinar exige consciência do inacabamento

Ensinar exige criticidade
– leveza e maestria

Ensinar exige pensar a prática
– sem maldade

Ensinar é exemplificar
– sem tudo o que nos esfria

Ensinar é aprender
– e isso é humano
Ensinar exige saber escutar
– antes de falar

Ensinar exige reconhecimento, identidade cultural
– suave, quase natural

Ensinar exige estética e ética
– do que é bom, belo e justo

Ensinar é descondicionar
– por isso é humildade, amor à humanidade
– apreender com a realidade

Ensinar exige curiosidade
– liberdade e autoridade
– segurança, competência e generosidade

Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível

Ensinar exige comprometimento
O mundo é uma instalação
– e educar é uma forma de intervenção no mundo
– aqui vai um requerimento

A Educação é ideologia
– mas, Ensinar exige consciência
– decisões equilibradas
– mentes em vigia

Ensinar exige querer bem
– um quero-quero, de bem-querer

Ensinar é um diálogo
– nossa vontade duplicada
– da verdade amada

Vinício Carrilho Martinez

Por pragmatismo, o agro precisa fazer sua autocrítica e apoiar Lula em 2026

Leonardo Attuch
Depois de sustentar o desastre bolsonarista, ruralistas precisam abrir os olhos para quem realmente fortalece o setor

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que acaba de ser condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, já é carta fora do baralho. Portanto, não há melhor momento para que o agronegócio brasileiro, que foi uma das bases de sustentação deste projeto político fracassado, faça uma autocrítica e passe a apoiar quem realmente fortalece o setor. Ele mesmo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao contrário do governo anterior, marcado por isolamento internacional e retórica vazia, Lula tem entregado resultados objetivos para os produtores rurais. A parceria estratégica com o presidente chinês Xi Jinping já se traduziu em um aumento de 31% das exportações de soja para a China em agosto, compensando a queda de vendas para os Estados Unidos, sufocadas pelo tarifaço de Donald Trump.

Além disso, o governo brasileiro tem atuado para abrir novos mercados, diversificando a pauta de exportações e ampliando as oportunidades de vendas externas. Outro marco foi o lançamento do maior Plano Safra da história, com volume recorde de crédito rural, que garante não apenas financiamento para custeio e investimento, mas também segurança para pequenos, médios e grandes produtores.

Não menos relevante foi a volta do BNDES ao setor, devolvendo aos agricultores um instrumento crucial de financiamento de longo prazo, que havia sido praticamente abandonado no período bolsonarista. Essas medidas combinam pragmatismo econômico com visão estratégica, fortalecendo a agricultura como motor do desenvolvimento nacional.

O preço do isolamento

Bolsonaro e seu provável sucessor Tarcisio de Freitas são adeptos de uma diplomacia de alinhamento cego a Washington. Com a chegada de Donald Trump ao poder, com a imposição de tarifas ao Brasil, não há caminho lógico e racional que não seja o apoio à reeleição de Lula em 2026.

Hoje, é justamente a diplomacia ativa de Lula que recoloca o Brasil como fornecedor confiável e parceiro preferencial da China e de outros grandes compradores globais.

Todos esses avanços políticos e econômicos coincidem com a maior safra da história do Brasil. Segundo a Conab, foram 350,2 milhões de toneladas de grãos colhidas em 2024/25, crescimento de 16,3% em relação ao ciclo anterior. A soja atingiu 171,5 milhões de toneladas, e o milho chegou a 139,7 milhões, ambos em níveis recordes.

Esses números mostram que o agro nunca esteve tão forte. Mas de nada adiantaria colher tanto se o Brasil não tivesse quem comprasse. E é aí que a liderança de Lula faz toda a diferença: garantir que a abundância do campo brasileiro se converta em riqueza nacional.

O agro precisa reconhecer: apoiar Bolsonaro foi um erro histórico. Se o setor deseja garantir prosperidade duradoura, é hora de se alinhar a quem realmente entrega resultados.

Por pragmatismo, por inteligência e por sobrevivência, a única escolha possível hoje é apoiar Lula. E nem é necessário ajoelhar no milho.

Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247.

Do Brasil 247

DIREITO RAIVOSO

O oprimido de hoje não pode ser o opressor de amanhã

Paulo Freire

Ao homem bom, basta a consciência

Juiz Oliver W. Holmes Jr.

Do lado de cá, nós também confundimos muitas situações incomparáveis, incompatíveis, coisas insensatas, especialmente quando a bílis se ocupa da razão, com a ideologia se ocupando da emoção e da consciência (agora esvaziada de rigor e de clareza).

Por exemplo, confundimos o Direito com a raiva. E assim cremos que as pessoas e a realidade devem ser idênticas ao que pensamos. É claro que aplicamos o nosso próprio mapa moralista – e aqui ainda tem outra confusão: Moral não é moralismo. Menos ainda se o moralismo for raivoso ou beneplácito, em anistia à má fé e ao crime confesso, ou apenas pudico.

Não é difícil conhecer uma pessoa enraivecida porque a pena lavrada no 11 de setembro foi “só” de 27 anos e porque o indivíduo apenado, em seis anos, teria direito ao regime semiaberto.

A ideologia chegou tão longe neste caso que a raiva é o cursor do seu próprio pensamento: “o senso comum tem no manancial emotivo (a raiva) o principal guia de sua forte concepção de análise crítica” (sic).

E assim, como se vê do outro lado, a pessoa punitivista, mas seletiva, se esquece da generalidade da lei. Frise-se, a raiva, a ideologia, o moralismo não podem ser a baliza da dosimetria da pena. A técnica é construída para isso.

Fora dessa quadra, não há Direito. Somente o desejo maculado pelo sentimento bastante primário de vingança.

A subsunção deve ser a mesma para todos. No popular: “A lei que bate em Chico, bate em Francisco”.

Ou seja, tanto o rígido rigor da lei quanto os seus benefícios devem ser os mesmos – para o lado de lá, para o lado de cá.

Como fato e fator social, a lei (salvo situações excepcionais) deve responder à exterioridade, anterioridade, generalidade, universalidade.

Tecnicamente, chama-se de Efeito erga omnes.

Não há uma lei (LEP) para o lado de lá e outra para o lado de cá.

Além do mais, confunde-se a lei com a interpretação, aplicação, dessa mesma lei.

Pois bem, em resposta ao histriônico 8 de janeiro de 2023, o irônico 11 de setembro de 2025 não promoveu vingança pública; ao contrário disso, houve sim uma parcela de efetivação de “Justiça Histórica”, em acerto de contas com nosso passado nebuloso e com vistas ao futuro.

É importante saber que no Estado Democrático de Direito a condição profilática, pedagógica e preventiva da pena se manifesta diante do Princípio Teleológico.

Além disso, as condenações do 11 de setembro (em resposta ao 8 de janeiro), é imperioso dizer isso, devem ser vistas como marco histórico, político, cultural, social. Porém, são atos jurídicos e judiciais, e não fosse por tudo mais, devem sinalizar a fundamental importância de se apartar a ideologia (as tais narrativas, o partidarismo, a seletividade) de qualquer fundamento dirigido à possível análise interpretativa dos fatos sociais.

Neste exemplo concreto, deve-se separar o Direito da raiva. Sobretudo para que se tenha consciência (“tomando-se ciência”) de que Ideologia e Ciência (também na Ciência do Direito) são termos excludentes, antitéticos, opostos.

O Direito não pode ser fruto e refém do materialismo embrutecido, do cinismo amargurado, do sectarismo, do ilusionismo, do negacionismo, e muito menos do dogmatismo indizível e insensível.

 

Vinício Carrilho Martinez

Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*) 

Entrou para a história

Doravante, após a inédita condenação de um ex-presidente por tentativa de golpe de estado, o nome de Jair Bolsonaro (PL) entra para a história como traidor da Pátria. Condenado a 27 anos e três meses de prisão, Bolsonaro chega ao fim após uma conturbada carreira política. Não voltará mais, apesar dos devaneios de quem acha que ele dará a volta por cima. Não vai. Ele está inelegível por oito anos, a contar após o cumprimento da pena. Ou seja, não será candidato pelos próximos 30 anos. Já era. Acabou.

Entrou para a história 2

Pode ser uma imagem de texto que diz "Que dia Magnitsky らこい"A sentença foi justa. Pelo tudo que Bolsonaro fez e desfez, foi merecido cada segundo de prisão. A saga de crimes de Bolsonaro começou na juventude dele. Ainda como soldado raso, culminando pelos atos anti democráticos no exercício da presidência da República. Pior de tudo é que ele levou de arrasto centenas de pessoas, presas e condenadas por segui-lo. Isso sem falar no fato de que ele envolveu os Estados Unidos na sanha criminosa, causando prejuízos bilionários e gerando desemprego. Pensando bem, 27 anos foi pouco. Caso de prisão perpétua.

Perdeu tudo

Pode ser uma imagem de ‎2 pessoas e ‎texto que diz "‎HERÓI BRASILEIRO ل TikTok @ vivoho) vivohojepoisoaman CHARLES COSTA Cármen Lúcia diz que Alexandre de Moraes será lembrado na história XANDÃO, 0 QUE SALVOU O BRASIL DO BOLSONARISMO MALIGNO.‎"‎‎A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou em R$ 30 milhões o valor mínimo de indenização a ser pago pelo ex-presidente Jair Bolsonaro  e outros sete aliados, condenados no julgamento da trama golpista. O montante foi estabelecido como reparação por danos morais coletivos causados à sociedade brasileira durante a tentativa de ruptura institucional.

Perdeu tudo 2

Também foi decidida a retirada da patente militar de Jair Bolsonaro, capitão reformado do Exército, e de quatro generais condenados por participação na trama golpista de 2023. O caso será enviado ao Superior Tribunal Militar (STM), que deverá avaliar a medida prevista no artigo 142 da Constituição.

Resumo da ópera

Bolsonaro se elegeu pelas urnas que condenou. Foi condenado por falas antidemocráticas, cujas provas ele mesmo produziu fartamente. Como um peixe, morreu pela boca.

Condenação de Bolsonaro vira meme

Internautas publicaram nesta 5ª feira (11.set.2025) diversos memes nas redes sociais sobre o condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro recebeu uma pena de 27 anos e 3 meses, que deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. Quatro ministros consideraram o ex-presidente e outros 7 réus culpados –Alexandre de Moraes (relator); Flávio Dino; Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Na véspera, Luiz Fux teve posição divergente e defendeu a absolvição de Bolsonaro.…Poder360

Cármen Lúcia

O voto que condenou Bolsonaro vem de uma pessoa que representa tudo o que o bolsonarismo despreza. Cármen Lúcia é uma mulher de 70 anos, solteira, sem filhos, independente, bem-sucedida e respeitada, conta Mariliz Pereira Jorge na coluna De Tédio a Gente Não Morre.

Moraes nega visita de Scheid

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou que Valdemar Costa Neto, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), o senador Rogério Marinho (PL-RN) e os deputados federais Altineu Côrtes (PL-RJ), Carol de Toni (PL-SC) e Bruno Scheid, vice-presidente do PL de Rondônia, tivessem acesso livre para visitar o ex-presidente.

Visitas liberadas

Porém, Moraes autorizou visitas específicas de parlamentares do PL a Bolsonaro. Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Marcos Rogério (PL-RO), o deputado Sanderson (PL-RS) podem ir à casa do ex-presidente na semana que vem, um em cada dia, lembrando que todos os carros que saírem do endereço serão revistados.

Depressão profunda

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "ESPECIAIS "Você é a falência do seu nome em vida", disse amigo a Fernando Collor"Fernando Collor de Mello está em depressão profunda. Amigos e associados próximos relatam que o ex-presidente, que se encontra em prisão domiciliar, aprofundou o quadro de saúde mental por questões pessoais. Com os negócios empresariais em desordem e sem um herdeiro político à altura do sobrenome, Collor teve sua realidade confrontada por um amigo, um grande empresário do setor imobiliário nacional. No desabafo, o empreiteiro foi afiado e direto: “você é a falência do seu nome em vida”. A frase, contudo, seria apenas o resumo dos gatilhos que agravam o quadro clínico de Fernando Collor. A falta de um herdeiro político, no entanto, também permitiu a expansão de outros clãs em Alagoas.

Traidor da Pátria

Pode ser uma imagem de 4 pessoas e textoUm coronel do Exército, que deveria honrar a farda e proteger o Brasil, absurdamente, age contra o próprio país. O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) voltou a protagonizar uma cena de submissão a interesses estrangeiros que coloca em xeque o próprio país que ele jurou defender como militar. Chrisostomo publicou um print do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, após a condenação de Bolsonaro. “Os Estados Unidos responderão adequadamente a essa caça às bruxas.” Antes já havia publicado outra ameaça dos Estados Unidos. O parlamentar ecoou com entusiasmo a declaração da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que os Estados Unidos poderiam recorrer inclusive ao uso de “poder militar” para proteger a liberdade de expressão no Brasil, citando diretamente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

O Cidadão Honorário

Após receber o título de Cidadão Honorário de Rondônia, o advogado Nelson Wilians foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (12/9), em sua residência e em seu escritório, em São Paulo, onde encontraram diversas obras de arte. A Polícia Federal (PF) prendeu, em Brasília, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e, em São Paulo, o empresário Maurício Camisotti, em mais uma fase da investigação sobre o esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas, revelado pelo Metrópoles. O esquema provocou um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Segundo a PF, a fraude era sustentada por associações que cadastravam beneficiários sem autorização, com assinaturas falsificadas, para justificar descontos mensais nos pagamentos do INSS. O dinheiro, então, era desviado para empresas ligadas ao grupo investigado

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

Informações para a coluna:  rk@ademocracia.com.br

Leia a versão Rondônia:

Coluna Zona Franca

Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*) 

Fux mais bolsonarista do que Bolsonaro

O voto de 13 horas do ministro Luiz Fux foi coerente para um bolsonarista. Foi mais advogado de Bolsonaro do que os próprios. E foi mais bolsonarista do que Bolsonaro. Nem o mais otimista dos bolsonaristas esperava que o voto do ministro fosse tão favorável ao ex-presidente Jair Bolsonaro e quase todos os demais réus julgados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que trata da trama golpista. Em uma leitura de mais de 12 horas (íntegra), Fux absolveu Bolsonaro de todas as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República. Ele também isentou de culpa os ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin. Fux condenou apenas o ex-ministro Walter Braga Netto e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, justamente o delator, formando maioria contra os dois.

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Pode ser uma imagem de texto que diz "BOM DiA, CARMEN LÚCIA PXEIRA"E mais: para o ministro, o processo deveria ser completamente anulado porque o STF não teria competência para julgar os acusados, que hoje não gozam de foro privilegiado. Segundo ele, Bolsonaro e os outros réus deveriam ser primeiramente julgados em primeira instância. O voto de Fux surpreendeu os próprios ministros do STF, que esperavam divergência apenas em questões preliminares, mas não no mérito, pois ele havia aceitado a denúncia contra Bolsonaro e condenado dezenas de acusados pelas depredações de 8 de janeiro de 2023. Na prática, Fux apenas concordou com o ministro relator Alexandre de Moraes quanto à validade da colaboração premiada de Cid. O julgamento será retomado hoje, às 14h, com o voto de Cármen Lúcia, que pode formar maioria para a condenação do ex-presidente. (g1)

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Pode ser uma imagem de 1 pessoaO voto de Fux representou uma guinada de 180 graus em relação a seus posicionamentos anteriores. As defesas de Bolsonaro e dos outros réus na trama golpista estavam exultantes no Supremo durante o voto de Fux. Além da absolvição, Fux seguiu as principais linhas de defesa apresentadas pelos advogados, em especial a de que o STF não tem competência para julgar o caso e de que não houve crime de golpe de Estado ou abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Para o criminalista Celso Vilardi, que coordena a defesa de Bolsonaro, Fux “lavou a alma” dos acusados. (Estadão)

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Para os advogados de defesa, um dos pontos mais positivos do voto de Fux foi a citação que o ministro fez a acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário. Na visão da defesa, o fato de Fux mencionar o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, de 1966, e o Pacto de San José, de 1978, abre caminho para que uma possível condenação de Bolsonaro e dos demais réus seja contestada em cortes e instituições internacionais, como a OEA (Organização dos Estados Americanos). Para a defesa, Fux ainda abriu um caminho para que o julgamento seja contestado no próprio STF, já que ele considerou que o Supremo não tem competência para julgar os acusados. Os advogados lembraram a estratégia usada pelo hoje presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, que conseguiu anular a condenação do presidente Lula com o mesmo argumento. (Folha)

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Pode ser uma arte pop de 2 pessoas e textoMas, de acordo com juristas e com a própria jurisprudência do STF, as coisas não são tão simples assim. Mesmo com o voto divergente de Fux, isso não significa que os caminhos para recursos por meio de “embargos infringentes” estejam abertos. Segundo a jurisprudência do Supremo, isso só seria possível se outro ministro votasse como Fux. Se o placar terminar em 3×2 para qualquer acusação contra qualquer um dos réus, aí sim se abre a possibilidade de uma revisão do julgamento. (Valor)

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Embora Fux tenha levantado a possibilidade de que o processo venha a ser anulado no futuro, citando o que aconteceu com a Lava-Jato, Malu Gaspar explica que isso depende de uma vitória da direita nas eleições de 2026. Tendo em vista o cronograma de aposentadoria dos ministros do STF, o próximo presidente irá indicar três novos integrantes para a Corte. Caso a direita conquiste o Planalto ou ao menos uma maioria sólida no Senado, a quem cabe aprovar a indicação, pode nomear para o Supremo ministros favoráveis à revisão do processo. (Globo)

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O voto do ministro ainda não havia chegado sequer à primeira terça parte e já era um dos principais assuntos da internet na manhã desta quarta-feira. Apoiadores de Bolsonaro viralizaram cortes da defesa oral de Fux e fizeram a hashtag “Somos todos Bolsonaro” chegar aos trending topics do X. Do outro lado, apoiadores do presidente Lula dispararam uma enxurrada de críticas ao ministro e levaram a hashtag “Crimes de Bolsonaro” também aos trending topics. (CNN Brasil)

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Pode ser uma imagem de 1 pessoa, cabelo loiro e secador de cabelo“Quem já estava atento, por ofício ou por masoquismo, à jurisprudência penal do Supremo e escutou o ministro Luiz Fux votar deve ter se perguntado onde estava este Fux garantista antes. No STF é que não estava. Não cabe a ministros do Supremo mudar sua posição sobre a legalidade ou ilegalidade da conduta a depender do réu”. (Thiago Amparo-Folha)

Fux mais bolsonarista do que Bolsonaro 9

“Voto de Fux revela como era falso ‘acordo’ no STF para punir Bolsonaro e satisfaz parte da sociedade. A despeito de proclamar um voto supostamente técnico, o ministro deu voz a milhões de pessoas que pensam exatamente como ele se posicionou”. (Fabiano Lana-Estadão)

Procurou e achou

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "MAGA PROLETARIEI "Vale α pena ter 0 custo de algumas mortes por arma de fogo todos OS anos pra termos direito de manter e portar armas." S. Charlie Kirk (2023)."Ativista de extrema-direita que pregava ódio contra negros e disse que palestinos tinham que morrer de fome, morre durante discurso em universidade. Diversas pessoas registraram em vídeo o momento do atentado. Charlie Kirk, um dos mais ativos e proeminentes ativistas da extrema-direita americana, foi assassinado nesta quarta-feira enquanto participava de um evento conservador na Universidade de Utah Valley, no estado homônimo. Kirk discursava para centenas de pessoas no campus da universidade quando foi atingido por um tiro no pescoço. Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não sobreviveu. Aliado de primeira hora de Donald Trump, Kirk era um defensor ferrenho do presidente americano, que decretou luto oficial até o próximo domingo e ordenou que todas as bandeiras do país fossem hasteadas a meio-mastro até lá. O assassinato de Kirk deve acirrar ainda mais os ânimos já exaltados entre Democratas e Republicanos. (CNN)

Procurou e achou 2

Toda morte deve ser lamentada. No caso de Charlie Kirk, temos um paradoxo irónico: é ele próprio a dizer para não lamentar a sua morte. Em 2023, Kirk afirmou que, embora as mortes por armas de fogo sejam trágicas, elas são um “preço” que se deve pagar para garantir o direito de um cidadão de ter armas. Enfim, o homem que aceitava mortes como preço da liberdade acabou virando um recibo dessa mesma liberdade. Ironia trágica.

Procurou e achou 3

Menos de seis meses antes de ser baleado e morto em uma palestra nos Estados Unidos, o ativista de extrema-direita Charlie Kirk fez um apelo direto a Donald Trump para punir o Brasil em razão das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Com informações da colunista Mariana Sanches, do UOL.

Deflação

Pode ser uma imagem de texto que diz "PREÇOS EM QUEDA Café, frango e e carne ficam mais baratos no Brasil após tarifaços dos EUA"Com influência da queda nos preços dos grupos de habitação, alimentação e bebidas, o Brasil teve inflação negativa de 0,11% em agosto de 2025. O resultado é 0,37 ponto percentual abaixo do registrado em julho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira, 10 de setembro. Esse é o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 e o mais expressivo desde setembro de 2022. No acumulado de 2025, a inflação está em 3,15% e, em 12 meses, em 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados nos 12 meses anteriores.

Deflação 2

A queda foi influenciada principalmente pelos grupos Habitação (-0,90%), com destaque para a redução de 4,21% na energia elétrica residencial, e Alimentação e bebidas (-0,46%), além do grupo Transportes (-0,27%). Somados, esses três segmentos representaram impacto de -0,30 ponto percentual no índice geral. Segundo o IBGE, produtos de grande relevância no orçamento das famílias apresentaram redução de preços em agosto, como tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%), cebola (-8,69%), arroz (-2,61%) e café moído (-2,17%). Nos combustíveis, a gasolina teve queda de 0,94%, o etanol recuou 0,82% e o gás veicular, 1,27%. Entre os demais grupos, registraram alta Educação (0,75%), com a incorporação de reajustes nos cursos regulares (0,80%), principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,26%) e ensino fundamental (0,65%), Saúde e cuidados pessoais (0,54%), Vestuário (0,72%) e Despesas pessoais (0,40%).

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

Informações para a coluna:  rk@ademocracia.com.br

Leia a versão Rondônia:

Coluna Zona Franca

Petistas criticam e apontam as contradições do voto de Fux em julgamento de Bolsonaro

Fux votou pela condenação de 400 envolvidos nos atos de 8 de janeiro, mas afastou a competência do STF para julgar Bolsonaro e outros líderes do golpe

Parlamentares da Bancada do PT se revezaram na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (10/9) para criticar o voto do ministro Luiz Fux no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Para os petistas, a posição do magistrado revela várias contradições e fragiliza a defesa da democracia no país.

O deputado Helder Salomão (PT-ES) lembrou que Fux, em julgamentos anteriores, não questionou a competência da Corte para analisar processos contra o presidente Lula, tampouco levantou dúvidas quando votou pela condenação de cerca de 400 pessoas envolvidas diretamente nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. “No entanto, ao julgar Bolsonaro e outros líderes acusados de arquitetar o golpe, o ministro declarou que o STF seria incompetente para o caso”, criticou.

“Para julgar os pequenos, pode; mas, para julgar os grandes, o Supremo não pode”, afirmou o parlamentar, ao comparar a disparidade entre as decisões. Ele ainda lembrou que, em 2021, Fux acompanhou decisões contra Lula sem questionar a jurisdição da Corte e, durante a Operação Lava Jato, manteve proximidade com posições defendidas pelo então juiz Sérgio Moro.

Para Helder Salomão, o julgamento de Bolsonaro é histórico e marcará não apenas a democracia brasileira, mas também um precedente internacional. “As provas são demolidoras. Os atos não foram isolados, eles se conectam desde 2021 e culminaram no 8 de janeiro. Não podemos tolerar crimes contra o Estado brasileiro”, disse. O deputado afirma que espera que a maioria do STF mantenha a condenação do ex-presidente e de seus aliados, reforçando que o Brasil não pode permitir a impunidade em crimes contra a democracia.

Condenação para o chefe do golpe

O deputado Vicentinho (PT-SP) além de apontar contradições do voto do ministro Fux, criticou a sua decisão de absolver o ex-presidente Bolsonaro em processos relacionados aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o parlamentar, enquanto centenas de pessoas envolvidas nos atos foram condenadas, o “chefe do movimento” escapou de punição. “Como é que se absolve e não condena o líder que organizou todo esse movimento, inclusive a tentativa de assassinatos de autoridades brasileiras?”, questionou. Ele se referia a operação Punhal Verde e Amarelo que previa o assassinato do Presidente Lula, do ministro Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Leia mais – Em voto demolidor, Moraes defende condenação de Bolsonaro por liderar organização criminosa

Vicentinho elogiou ainda as Forças Armadas brasileiras por não aceitarem o golpe e por manterem o país sob controle civil e democrático. “Parabéns aos generais, brigadeiros e autoridades das forças armadas que disseram: o Brasil é dos brasileiros. Estamos aqui para defender o Brasil dos brasileiros”, concluiu.

“Bandido de estimação”

O deputado Paulão criticou a postura do ministro Luiz Fux, classificando seu voto como incoerente. “Ele votou pela condenação de todos os presos do 8 de janeiro e agora tenta salvar Bolsonaro, o chefe da organização criminosa. O ministro tem bandido de estimação, por isso o voto dele é incoerente”, afirmou.

Sem anistia para golpistas

A deputada Denise Pessôa (PT-RS) também apontou as contradições do voto do ministro Luiz Fux. “A gente sabe que o voto do ministro Fux, hoje, tem um monte de contradições, inclusive com posições próprias dele. A gente sabe que vai ser uma minoria dentro da votação do STF e sabemos que a justiça será feita nesta semana”, adiantou.

Para a deputada, os julgamentos representam uma resposta necessária do Estado brasileiro. Ela enfatizou que defender anistia para os envolvidos é “passar pano” para crimes contra a ordem democrática. “Não se tratou de vendedores de algodão-doce. Foram pessoas que destruíram patrimônio, invadiram o Congresso e tentaram implementar um golpe de Estado contra a democracia”, disse.

Pacificação só depois do julgamento

Para o deputado Flávio Nogueira (PT-PI), a democracia brasileira demonstra sua força diante do julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo ele, a repercussão internacional do processo reforça a imagem do Brasil como referência democrática nas Américas. “Este julgamento reafirma a máxima de que todos são iguais perante a lei”, declarou.

O parlamentar relembrou que a história política do país foi marcada por sucessivos golpes, civis e militares, e alertou que episódios como o do início de 2023 não podem ficar impunes. “Golpes deixam rastros de dor: famílias destroçadas, viúvas e órfãos de pais vivos, como aconteceu no regime militar que durou 21 anos”, lamentou.

Leia mais – Moraes: “A impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”

Flávio Nogueira também rechaçou a tese de anistia para envolvidos nos ataques. Para ele, o Congresso não tem competência de revisar decisões judiciais que já respeitam o devido processo legal e a ampla defesa. “Não há como justificar o injustificável: depredaram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Tudo está registrado nas provas apresentadas pelo ministro Alexandre de Moraes”, reforçou.

O deputado concluiu que a verdadeira pacificação nacional só será alcançada quando os responsáveis forem julgados e condenados. “A democracia só se fortalece quando os criminosos são punidos”, completou.

 

Do site do PT na Câmara

Chrisóstomo e a contradição da farda: deputado militar de Rondônia é porta-voz de ameaças dos EUA ao Brasil

O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) voltou a protagonizar uma cena de submissão a interesses estrangeiros que coloca em xeque o próprio país que ele jurou defender como militar. Em publicação nas redes sociais, o parlamentar ecoou com entusiasmo a declaração da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que os Estados Unidos poderiam recorrer inclusive ao uso de “poder militar” para proteger a liberdade de expressão no Brasil, citando diretamente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na mesma coletiva, Leavitt destacou que o presidente Donald Trump considera a liberdade de expressão “a questão mais importante do nosso tempo” e que não hesitaria em mobilizar sanções econômicas ou instrumentos militares em nome dessa agenda. Em resposta, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, repudiou de forma categórica qualquer ameaça de intervenção: “O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas”, disse a chancelaria, condenando a tentativa de “forças antidemocráticas” de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais.

Enquanto a diplomacia nacional trabalhava para afirmar a soberania do Brasil diante de declarações gravíssimas, Chrisóstomo preferiu celebrar o gesto de Trump. No material publicado em suas redes, o deputado destacou que os Estados Unidos colocam o Brasil como “prioridade global” e prometem “ações significativas em defesa da liberdade”. Na prática, o parlamentar endossou o que o próprio governo brasileiro classificou como ameaça à democracia e à integridade territorial do país.

A posição de Chrisóstomo não é um episódio isolado, mas parte de uma sequência de manifestações públicas que evidenciam sua devoção incondicional a Donald Trump.
Na segunda-feira, 08, em entrevista ao programa “A Voz do Povo”, da Rádio Caiari, apresentado por Arimar Souza de Sá, o parlamentar transmitiu ameaça dos EUA. Chrisóstomo ampliou as críticas e invocou a aplicação da Lei Global Magnitsky, alegando que sanções internacionais já atingem dez ministros do STF e seus familiares, com exceção de André Mendonça, “o bolsonarista”. Em suas palavras: “Por isso, os Estados Unidos, que é o país mais democrático do mundo, está de olho nisso e está apertando cerco contra todos os ministros do STF, e ele já mandou o recado, o único fora é o pastor lá. O bolsonarista, o juiz bolsonarista, o André Mendonça. Os outros 10, os Estados Unidos disse que vai dar atenção devida sobre os direitos humanos. Os 10, suas esposas, seus filhos, seus amigos, seus assessores, os Estados Unidos disse que vai apertar o cerco. Esse povo…”. Ele acrescentou, ao final, que bancos que não aderiram às determinações estariam sendo notificados e poderiam receber multas bilionárias.

O Rondônia Dinâmica, em texto veiculado no dia 7 de julho de 2025, apontou que o deputado chegou ao ponto de aplaudir sanções impostas contra a economia brasileira e de zombar da reação do governo ao anunciar reciprocidade. Na ocasião, o portal alertava: “falta muito pouco para que o deputado comemore eventual bombardeio no Brasil… com ele dentro”.

De lá para cá, o comportamento do parlamentar apenas confirmou o prognóstico. Em fevereiro, Chrisóstomo exaltou nas redes sociais a ideia de Trump assumir o controle da Faixa de Gaza após os conflitos com o Hamas, ignorando críticas internacionais de que a medida feria o direito internacional. Em julho, comemorou tarifas que atingiram exportações brasileiras de carne e aço. Agora, chega ao extremo de aplaudir publicamente a possibilidade de uso de força militar contra o Brasil.

A contradição é flagrante: o deputado se apresenta como patriota, exalta sua condição de coronel, mas na prática legitima que um país estrangeiro ameace o Brasil com sanções e violência armada. O que deveria ser motivo de indignação para qualquer representante eleito da República transforma-se, pelas mãos de Chrisóstomo, em motivo de propaganda pessoal.

O episódio reforça um padrão: em vez de defender interesses regionais e nacionais, Chrisóstomo tem pautado seu mandato como se fosse um representante informal de Donald Trump no Congresso. Seu alinhamento automático ao ex-presidente americano, ainda que isso signifique enfraquecer a soberania brasileira, expõe o distanciamento entre o discurso que dirige ao eleitorado e as consequências reais de suas atitudes.
Seja no silêncio diante de tarifas que prejudicam o agronegócio, seja na exaltação a declarações hostis à democracia, o deputado de Rondônia reafirma sua prioridade: é Trump! E, como já alertado, resta a dúvida perturbadora: até onde Chrisóstomo estaria disposto a aplaudir para manter essa devoção?

As informações são do site Rondônia Dinâmica

Ao vivo: STF retoma julgamento de Bolsonaro e “núcleo crucial” do golpe

Ministro Luiz Fux vota e 1ª Turma do Suprema pode formar maioria já nesta quarta

Nesta quarta-feira (10), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) se reúne para ouvir o voto do ministro Luiz Fux, no julgamento que envolve Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Diferentemente do que ocorreu na terça-feira (9), só haverá sessão nesta quarta pela manhã. Se o voto de Fux for breve, a ministra Cármen Lúcia também poderá já apresentar sua decisão.

Para os próximos dias, outras sessões já estão agendadas, com horários de 9h às 19h no dia 11, e 9h às 19h no dia 12 de setembro. Após o voto de Fux e de Cármen Lúcia, o ministro Cristiano Zanin será o último a se manifestar, seguindo a ordem de antiguidade no STF, uma vez que ele preside a Primeira Turma.

O julgamento será decidido por maioria de votos, com a condenação ou absolvição dos réus dependendo de três votos em uma mesma linha de pensamento. Caso haja divergências, pode haver propostas diferentes de penas e até mesmo a separação de réus em grupos distintos quanto aos crimes pelos quais são acusados. Em última instância, a pena será calculada em três fases: fixação da pena-base, avaliação de circunstâncias atenuantes ou agravantes e, por fim, verificação de eventuais causas de diminuição ou aumento da pena.

Os réus envolvidos neste processo enfrentam acusações graves, incluindo tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. São eles: o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid; o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; e o ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto.

Os crimes pelos quais os réus são acusados incluem a tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Entre as acusações, destaca-se a tentativa de “depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”, o que configura um golpe de Estado. Além disso, a deterioração de bens protegidos por lei e o uso de violência e ameaça para destruir o patrimônio da União são elementos centrais das acusações.

Do Brasil 247

VIDEO ‘Corrupção no INSS existe há vários governos’, diz presidente da CPMI

“O que nós temos com muita clareza é que há uma quadrilha, ou talvez mais de uma, que existe no INSS há vários governos”, disse o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI do INSS, nesta segunda-feira (8). A declaração foi feita durante reunião da CPMI que colheu depoimento do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi.

O depoimento do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta segunda-feira (9) marcou mais uma disputa entre governo e oposição sobre qual gestão seria responsável pelas fraudes: a de Jair Bolsonaro ou a de Luiz Inácio Lula da Silva. Durante a reunião, Lupi negou envolvimento no esquema e afirmou que não tinha dimensão do tamanho das fraudes no INSS.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o compromisso da comissão não é com discursos político-partidários, mas sim com a verdade. Segundo ele, há convicção de que existe uma quadrilha atuando dentro do INSS há muito tempo, e que a CPI terá o papel de revelar todos os fatos

— A gente percebe o quanto as instituições falharam. As narrativas de cada lado querem imputar responsabilidade a um governo ou a outro. Se as informações já existiam há cinco anos, por que dois inquéritos da Polícia Federal foram arquivados? Por que providências não foram tomadas? São questões que nós queremos, ao longo dos depoimentos, responder à população  — afirmou.

Antes disso, no início da reunião, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) questionou a participação do senador Rogério Marinho (PL-RN) na CPMI, alegando conflito de interesse, já que Marinho foi secretário especial de Previdência Social entre 2019 e 2020, parte do período investigado pela comissão. Para Pimenta, o acesso do senador a documentos sigilosos comprometeria a imparcialidade da comissão.

Marinho rebateu, dizendo que não é investigado e acusou o governo de tentar excluí-lo por motivos políticos. O presidente da CPMI rejeitou o pedido de afastamento de Marinho, mas Pimenta anunciou que vai recorrer da decisão.

Acordos técnicos

Um tema recorrente nas perguntas do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), e outros parlamentares foram os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs). Lupi admitiu que os ACTs assinados entre o INSS e entidades privadas facilitaram a ocorrência de fraudes contra aposentados e pensionistas. Ele afirmou que os ACTs existem desde 1994, mas reconheceu que, nas gestões mais recentes, acabaram se tornando “porta de entrada para o desvio de bilhões de reais”.

— O que é o Acordo de Cooperação? É um acordo que o INSS faz para que essas entidades prestem serviço ao aposentado e, em troca, possam cobrar uma taxa. Algumas são devidas; a maioria, indevidamente, conforme está sendo provado.

Membros da CPMI, como a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), cobraram explicações sobre por que os ACTs não foram suspensos imediatamente ao início do atual governo.

— O senhor não sabe, o senhor não viu. Esse é o resumo. Por que o senhor não suspendeu imediatamente os ACTs em 2023?

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) destacou que os principais acordos com as entidades investigadas foram firmados ainda em 2020 e 2021, durante o governo Bolsonaro:

— Essa explosão de fraudes em 2023 é fruto dos acordos feitos entre 2021 e 2022.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) lembrou que o Ministério Público Federal já investigava o esquema desde 2019 e classificou o grupo envolvido como uma “quadrilha antiga” que se infiltrou no INSS com apoio de entidades de fachada:

— É uma quadrilha antiga. Isso começou a se intensificar a partir de 2018, 2019.

Por outro lado, o senador  Izalci Lucas (PL-DF) defendeu o ex-presidente e citou a Medida Provisória 871/2019, o chamado “pente-fino” em benefícios do INSS, como ação eficaz:

— Foi Bolsonaro quem estancou a corrupção que existia naquele momento. Foram mais de R$ 10 bilhões em economia.

Para o senador Jorge Seif (PL-SC), o ex-ministro Carlos Lupi finge desconhecimento, mas teria, no mínimo, prevaricado (deixado de praticar um ato que seria sua obrigação ou agir contrariamente à administração pública). O parlamentar destacou que o depoimento de Lupi entra em contradição com os relatos feitos anteriormente à CPMI pela defensora pública Patrícia Bettin Chaves e pela diretora de Auditoria de Previdência da Controladoria-Geral da União (CGU), Eliane Viegas Mota, que apontaram que as irregularidades foram comunicadas ao Ministério.

Fonte: Agência Senado

Movimentos

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Se a dialética coubesse numa imagem, haveria uma moça na capa de um livro com um vestido dourado e com fitas vermelhas. A moça emprestaria à gravura toda a sua miscigenação de cores.

Se a dialética coubesse numa visão urbana seria uma via de mão dupla, num ponto teríamos uma avenida, no outro, mal caberia uma rua estreita. Sinalizada, a via urbana deveria ser arborizada, mas, parecia apenas dirigida por sinais de pare e avance, vire à esquerda ou à direita. De um lado haveria arranha-céus ou até palácios e, na outra margem, veríamos o contraste de casas simples ou barracas nas esquinas. Bem iluminada, logo se veria um estoque de lombadas, cruzamentos e encruzilhadas escuras e silenciadas. Com amplo fluxo de dia ou de noite, não seria difícil imaginar que, numa extremidade, desembocaria num aeroporto em que decola a riqueza e, na outra ponta, pode-se dizer que nascia ali, tinha uma quebrada, palafitas, espigões de pobreza aguda.
Correndo em paralelo ou entrecruzada por pontes e viadutos, a via urbana também poderia ser vista do alto da passarela. Mas aí seria uma visão passiva.

Se a dialética fosse uma música, seria uma valsa ou um tango com inclinações de um lado ou de outro, com saltos, giros e rodopios, gestos breves, curtos e contidos, cortados por movimentos largos, espraiados e amplos.

Vinício Carrilho Martinez

Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*)

“Sem anistia” no palco do The Town

O festival The Town, realizado neste 7 de Setembro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, ganhou contornos políticos em meio às comemorações do Dia da Independência do Brasil. De acordo com reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, bandas nacionais e internacionais aproveitaram suas apresentações para criticar governos, parlamentares e defender pautas sociais, arrancando aplausos e gritos do público. O Green Day, atração principal da noite, foi um dos grupos mais incisivos. Billie Joe Armstrong, vocalista da banda, discursou diante da multidão: “Nós já estamos cheios desses políticos, desses bastardos fascistas. Então não queremos saber mais deles, não nesta noite, não no Dia da Independência”. Em outro momento, celebrou a data ao gritar repetidas vezes: “feliz Dia da Independência, Brasil”.

“Sem anistia” no palco do The Town 2

Mais cedo, foi a vez de Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, usar o palco como espaço de manifestação. Antes de cantar Que País É Este, ele ressaltou: “Essa música aqui é sobre a violência, a pobreza, a desigualdade brasileira. Música sobre a PEC da Impunidade que eles estão querendo aprovar no Congresso… Os nobres deputados, engravatados, falou?”. A fala faz referência à proposta de emenda à Constituição apresentada em 2021, conhecida como PEC da imunidade ou “PEC da blindagem”, que busca ampliar os limites da imunidade parlamentar. O tema voltou ao debate recentemente após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), designar relatoria para analisar medidas de proteção aos deputados contra o que consideram interferência do Judiciário. (Do Brasil 247)

7 de Setembro ou 4 de Julho?

Ontem o Brasil ficou estupefato com imagens de uma bandeira americana gigante em pleno dia de 7 de setembro, data em que se comemora a independência do Brasil. Um verdadeiro acinte, uma agressão à soberania brasileira. Imagina uma bandeira brasileira se inserir na festa do 4 de julho, dia da independência dos Estados Unidos? Seria queimada. Mas, no Brasil, ostentar acintosamente a bandeira norte-americana é motivo de orgulho para patriotarios. Esse ato antipatriotico é um recado à Donald Trump: “Pode invadir o Brasil e tomar posse”.

Soberania

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, durante o Desfile de 7 e Setembro (Ricardo Stuckert / PR)Já, em Brasília, o tema foi soberania. Às vésperas da provável condenação de Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista, o presidente Lula (PT) participou neste domingo, 7, ao desfile do 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios. Ao lado de ministros, o governo explorou o mote “Brasil Soberano”. O governo estabeleceu três eixos para a celebração deste domingo, as temáticas “Brasil dos Brasileiros“, “Brasil do Futuro” e a COP30, conferência climática da ONU que será realizada em novembro, em Belém. No evento, antes do começo dos desfiles, foram distribuídos bonés com o tema Brasil Soberano, ao som de uma música gravada para o 7 de Setembro pela ministra Margareth Menezes (Cultura).

Soberania 2

Nenhuma descrição de foto disponível.O contraste com o pronunciamento oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 7 de setembro é evidente. Em rede nacional, Lula destacou a importância da soberania nacional e afirmou: “Não somos e não seremos novamente colônia de ninguém. Somos capazes de governar e de cuidar da nossa terra e da no dssa gente, sem interferência de nenhum governo estrangeiro”. O presidente também criticou políticos que estimulam ataques contra o Brasil, como o deputado Eduardo Bolsonaro, qualificando-os como “traidores da pátria” que não serão perdoados pela História.

Tarcísio radicaliza ataque

Com o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) pela metade, seus apoiadores procuraram dar uma demonstração de força no 7 de Setembro com manifestações pela anistia em diversas cidades do país. De olho no espólio político do ex-presidente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixou a moderação de lado e elevou o tom contra o Supremo, em particular contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Na Avenida Paulista, em ato convocado pelo pastor Silas Malafaia, Tarcísio disse que “ninguém aguenta mais a tirania de Moraes”, chamou de “mentirosa” delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e afirmou que a “anistia tem que ser ampla”. Embora a data celebrasse a independência do Brasil, chamou a atenção uma enorme bandeira dos Estados Unidos estendida pelos manifestantes. De acordo com o Monitor do Debate Político do Cebrap, o ato na Paulista reuniu 42,7 mil manifestantes, 5 mil a mais que o protesto anterior da direita. (g1)

Tarcísio ignorado

Apesar da retórica inflamada, Tarcísio foi ignorado nos demais protestos bolsonaristas, em especial no Rio, onde a manifestação foi comandada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL), filho mais velho do ex-presidente. Em seu discurso, ele cobrou dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um perdão amplo para os acusados de golpe. “Não existe meia anistia. Não dá para anistiar a Débora do Batom sem anistiar também o presidente Bolsonaro”, disse. (UOL)

Tarcísio ignorado 2

Tarcísio sabe que só será um candidato viável caso se mostre fiel ao bolsonarismo. Se em algum momento for colado na sua testa o rótulo de traidor, pode perder o apoio da chamada base dura do bolsonarismo. Quem gritou hoje ‘fora Moraes’ pode gritar ‘fora Tarcísio’ se for habilmente manipulado.” (Fabiano Lana-Estadão)

Gilmar Mendes 

“Lamentável.” Essa foi a forma como o decano do STF, Gilmar Mendes, classificou as afirmações de Tarcísio na Paulista, conta Igor Gadelha. “Não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, disse Gilmar. “O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”, completou. (Metrópoles)

Gleisi Hoffmann

Longe do burburinho das ruas, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou para a manhã de hoje uma reunião com os ministros de partidos de centro-direita e direita para discutir estratégias contra o movimento pela anistia no Congresso. (Folha)

O julgamento do século

A pedido de Alexandre de Moraes, o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, marcou duas sessões extras para o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. Como ambas acontecerão no dia 11, está mantida a previsão de que o veredito seja anunciado na próxima sexta-feira, dia 12. (CNN Brasil)

O julgamento do século 2

O julgamento será retomado amanhã com o voto de Moraes, relator do processo, e a previsão é que ele se estenda por todo o dia, com ênfase na defesa da democracia e das instituições. Ao longo dos últimos meses, os ministros da Primeira Turma têm dado indicações de como devem votar. A grande incógnita — e esperança dos advogados — é Luiz Fux, o terceiro a se manifestar. Embora tenha acompanhado Moraes nas condenações anteriores, ele tem divergido quanto às penas impostas e já questionou a delação do tenente-coronel Mauro Cid. (Globo)

Cenas de um julgamento-Spacca

 

Milei  derrotado

O presidente argentino Javier Milei sofreu um sério revés neste domingo com a vitória da oposição nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, a mais populosa do país. O Partido Justicialista (peronista) obteve 46,93%, qualificando o governador da província, Axel Kicillof, como possível candidato presidencial em 2027. Já o La Libertada Avanza (LLA) de Milei ficou em segundo, com 33,83% dos votos. Apesar da derrota, o presidente afirmou que vai seguir com as reformas liberais na economia. (La Nación)

 

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

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Coluna Zona Franca

O fiasco do “Reaja Rondônia” e o recuo de Marcos Rogério

Por Samuel Costa

No último domingo, 7 de setembro, a extrema-direita de Rondônia protagonizou mais um vexame político. A manifestação “Reaja Rondônia”, realizada no Espaço Alternativo em Porto Velho, prometia ser um grande ato em defesa da anistia para golpistas e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas terminou como um retumbante fracasso. Nem 300 pessoas compareceram.

O clima era de velório: rostos abatidos, bandeiras sem energia e discursos esvaziados. Os autointitulados “patriotas” ficaram literalmente a ver navios. Nem mesmo os familiares e comissionados de vereadores, deputados estaduais, federais e senadores bolsonaristas tiveram coragem de aparecer para engrossar o coro. O esvaziamento escancarou a fadiga de um discurso que já não mobiliza a população.

Na prática, o ato serviu para mostrar que o verdadeiro “reagir” partiu do povo de Rondônia: reagiu não indo a um evento folclórico que tenta travestir de patriotismo a defesa de criminosos e golpistas condenados pela Justiça.

O fiasco teve impacto direto sobre o senador Marcos Rogério, principal representante do bolsonarismo no estado. Ele esperava transformar a data em trampolim para sua pré-candidatura ao Governo de Rondônia em 2026. O resultado foi o oposto: diante da vergonha pública e da falta de apoio, o senador teria jogado a toalha e desistido da disputa, admitindo, mesmo que silenciosamente, a perda de relevância política.

O 7 de setembro, que antes fora transformado pelo bolsonarismo em palanque de ódio, revelou-se agora um símbolo do declínio desse projeto autoritário. A população não compareceu porque entendeu que Rondônia precisa de soluções concretas saúde, educação, infraestrutura, segurança e não de discursos inflamados em defesa de golpistas.

No fim, o “Reaja Rondônia” ficará marcado não como um ato de força, mas como o ato final de um ciclo de ilusão política. E Marcos Rogério, ao sentir o peso do fiasco, sai menor do que entrou. A democracia, esta sim, saiu fortalecida.

Samuel Costa é rondoniense, professor, advogado e jornalista com especialidade de Ciência Política

Bolsonaro pede visita de Bruno Scheid, citado em inquérito com cheque da mãe dele

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para receber a visita de Bruno Scheid, vice-presidente do partido em Rondônia e pré-candidato ao Senado. A solicitação foi registrada pela defesa e direcionada ao ministro Alexandre de Moraes.

Os advogados argumentam que Scheid é uma das principais lideranças ligadas a Bolsonaro e mantém uma relação de amizade próxima com a família. No documento, destacam que a presença do dirigente seria relevante diante da dificuldade de Michelle Bolsonaro conciliar compromissos profissionais com os cuidados exigidos no período de prisão domiciliar.

Bruno Scheid já havia tentado visitar o ex-presidente, mas a solicitação anterior não havia sido analisada. Ele foi pré-candidato a deputado federal em 2022, mas não se elegeu. O pecuarista é apontado como responsável por captar recursos para a campanha de Bolsonaro junto ao setor ruralista.

Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto por decisão de Moraes, que considerou descumprimento de medidas cautelares anteriores. Entre as restrições estão uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno e a proibição de acessar redes sociais, regra que ele violou ao participar por videochamada de um ato pró-anistia em 3 de agosto.

Em junho, um cheque de R$ 150 mil, emitido por Aparecida Scheid — pecuarista e mãe de Bruno — foi apreendido pela Polícia Civil em um quarto de hotel usado por Elias Rezende, atual chefe da Casa Civil de Rondônia.

O documento apareceu no inquérito conduzido pela 1ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que investiga supostas irregularidades na contratação da empresa R&A Treinamento e Consultoria Ltda. para serviços de digitalização de documentos no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). A contratação foi feita durante a gestão do governador Marcos Rocha (União Brasil). O processo já soma mais de 700 páginas e apura indícios de associação criminosa, fraude em licitação e combinação prévia em certames públicos.

Embora não ligado diretamente ao contrato sob apuração, o cheque foi anexado à investigação. Em depoimento, Aparecida Scheid disse que conheceu Elias Rezende em 2018, durante a campanha de Marcos Rocha ao governo, e que ele costumava se hospedar em sua casa em Ji-Paraná quando viajava pelo interior.

Bruno Scheid entre Eduardo e Jair Bolsonaro

Segundo ela, Rezende pediu um empréstimo para terminar a construção de uma casa em Jaru. Sensibilizada, emitiu um cheque de R$ 150 mil, pré-datado para julho de 2020. O valor nunca foi compensado, porque sua empresa enfrentava restrições cadastrais.

A empresária também declarou ter pago R$ 160 mil em móveis planejados para a casa de Rezende, quando ele chefiava a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sedam). O gasto não foi reembolsado. Pouco depois, os dois se afastaram por divergências políticas: enquanto Marcos Rocha migrou para o União Brasil, ela permaneceu próxima do grupo de Bolsonaro.

O cheque foi datado de março de 2020, quando Rezende ainda estava na Sedam, mas Aparecida afirmou que ele já estava no DER. As datas não coincidem. A polícia registrou a inconsistência, mas não estabeleceu ligação direta com o inquérito principal.

O achado, porém, levantou dúvidas entre investigadores pela soma envolvida, pelo envolvimento de uma empresária do agro com um alto funcionário público e pela relação da família Scheid com Bolsonaro.

Enquanto isso, a contratação da R&A segue sob suspeita de direcionamento e fraude, e a investigação continua reunindo elementos contra Rezende e outros servidores.

Diario do Centro do Mundo

Fabiana Justus diz ter feito transplante pelo SUS: ‘Não foi dinheiro que comprou minha medula’

Explicação veio após a filha de Roberto Justus receber um comentário dizendo que “dinheiro muitas vezes compra a chance de viver, como foi o caso dela”

Fabiana Justus, de 38 anos, afirmou ter feito seu transplante de medula óssea pelo SUS. A declaração foi dada após a filha de Roberto Justus receber um comentário dizendo que “dinheiro muitas vezes compra a chance de viver, como foi o caso dela”. A influencer se irritou com a mensagem e se pronunciou por meio de seu Instagram, na quarta-feira (4).

“Tem gente que afirma coisas sem saber. Existe muita confusão sobre esse assunto, e acabam disseminando informações erradas. Isso é muito perigoso. Quando o médico põe o nome em um banco nacional para tentar encontrar um doador para seu paciente, ele também pode tentar colocar um banco internacional, global, para ter mais possibilidades de achar. E não precisa gastar dinheiro para isso. É feito pelo SUS”, explicou.

Fabiana, então, detalhou como se deu seu procedimento. “Meu transplante, o trajeto da medula nova de lá [de fora do Brasil] para cá, isso foi tudo feito pelo SUS. Não foi dinheiro que comprou minha medula. Sei que tenho acesso a médicos excelentes e não estou ignorando esse fato, mas cuidado com as informações que vocês disseminam por aí que não são corretas. E não tem fila de transplante de medula óssea”, afirmou.