segunda-feira, setembro 8, 2025
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MENTIROSO: Trump desmente Farçal e nega ter enviado carta após cadeirada

O ex-coach mentiu ao afirmar que recebeu carta em que o ex-presidente lamenta o ocorrido

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou ter enviado uma carta ao candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, após o episódio da cadeirada no debate da TV Cultura, informa o Metrópoles. Marçal afirmou na última segunda-feira (23), antes do debate promovido pelo Flow Podcast, que recebeu uma carta de Trump e comparou a cadeirada com o suposto atentado cometido contra o ex-presidente americano.

“Recebi uma carta do Trump falando que lamenta muito o ocorrido. O Trump que é um cara que sofreu também um atentado agora. Cada um na sua escala: o presidente dos Estados Unidos é bala de fuzil, o Bolsonaro é faca, e a Prefeitura de São Paulo, que é mais baixo um pouquinho, é cadeirada”, disse.

No entanto, o porta-voz da campanha de Trump, Jason Miller, desmentiu o ex-coach ao jornalista Paulo Cappelli. “O presidente Trump não enviou nenhuma carta do tipo”, afirmou. De acordo com Donald Trump, nenhuma carta foi destinada nem a Marçal nem a nenhum outro integrante da equipe do ex-coach no Brasil. O Metrópoles também pediu a Pablo Marçal uma foto da carta que ele teria recebido, mas ele não respondeu.

O candidato do PRTB também afirmou que estava viabilizando um encontro com o ex-presidente americano. “Estou viabilizando isso. Vou ver se eu consigo encaixar. É muita sabatina, e eu gosto de ir pro debate. Se eu conseguir um buraco na agenda, eu vou ver se dou um pulo lá, pelo menos umas 24 horas, para encontrar com o Donald Trump”, disse.

Brasil247

A cadeirada tirou Marçal do páreo

O “comedor de açúcar” derrubou o “ironman”

Por Alex Solnik (*)

Pablo Marçal entrou na campanha usando e abusando de sua autoconfiança, preparadíssimo para atacar todos os outros, que passou a desqualificar colocando apelidos pejorativos.

Nunes virou “Bananinha”; Boulos, “Aspirador de pó”; Datena, “Comedor de açúcar” e Tabata, “Chatabata”. A sua colega da direita não apelidou.

Induzido e iludido pelos números das pesquisas, que o colocavam ao lado dos dois favoritos, dobrou a aposta, além dos apelidos passou a acusá-los de crimes inexistentes (menos a sua colega de direita), forçando-os a se defender e não tem coisa mais complicada que se defender de algo que não existe.

Tentou forjar uma realidade paralela, na qual todos seus oponentes são as piores pessoas do mundo e ele é o único virtuoso, apesar de a realidade mostrar que ele era o único condenado e preso aos dezoito anos por integrar uma quadrilha que roubava clientes de bancos via internet e integrantes de seu partido são investigados por laços com o PCC.

Confiou que, ocupando seus adversários em se defender dele, não teriam tempo para atacá-lo. Ou julgou que era tão poderoso e mau, que ninguém ousaria atacá-lo, sua resposta seria ainda mais maligna. Apostou que seu comportamento extremamente agressivo geraria medo nos demais e ele, por ser o mais forte, os esmagaria, como geralmente acontece nas fábulas de La Fontaine, e eles passariam por covardes. E ninguém quer um covarde no comando de uma metrópole violenta e insegura.

A sua aposta na hostilidade, na vileza e no mau caratismo estava dando certo até o dia em que ele percebeu que sua única chance de desbancar o candidato oficial do bolsonarismo e chegar ao segundo turno era tirar do páreo o candidato que estava caindo pelas tabelas, mas ainda mantinha um eleitorado conservador significativo, o Datena, a quem passou a fustigar sem dó nem piedade, contando que ele ficaria acuado no canto do ringue, fugiria do embate, jogaria a toalha. Era, afinal, um “comedor de açúcar” e ele, o “ironman”.

Só que o imprevisível Datena respondeu com um argumento até então inédito em debates eleitorais: sentou-lhe uma cadeirada nas costas ao vivo e a cores.

E aí o Marçal, sempre tão assertivo, tão ego-centrado, pela primeira vez na campanha, hesitou. Vacilou. Pego de surpresa, não soube responder. A princípio quis continuar no debate, mas em seguida decidiu embarcar numa ambulância, a caminho da UTI, abandonou o script do homem indestrutível para o de vítima de uma “tentativa de homicídio”, copiando a historinha da bolinha de papel na cabeça que José Serra tentou transformar em atentado, numa campanha do passado.

E aí o Marçal que achou que se vitimizar seria o atalho mais rápido para o segundo turno levou uma tremenda invertida tanto do público interno, que já está com ele, quanto daquele que planejava arrancar do “Comedor de açúcar”.

Os eleitores e eleitoras normais e tradicionais perceberam rapidamente que era uma farsa, na qual só imbecis cairiam, e eles, além de não serem idiotas como ele supõe, não querem um farsante na cadeira de prefeito; e seus admiradores esperavam que ele reagisse à cadeirada com outra cadeirada, ou sem dar a menor importância, por ser superior ao agressor, ou porque o homem é intrinsecamente violento, como ele prega em seus cursos, e não fugisse numa ambulância, provavelmente com medo de tomar outra cadeirada, o covarde ficou sendo ele, e seus admiradores não querem um covarde na cadeira do prefeito.

Pode parecer insólito, e é, mas o fato é que todas as pesquisas depois da cadeirada mostraram Marçal estacionado em terceiro lugar, descolado dos dois primeiros, e Datena, que estava quase pedindo para sair e voltar logo à TV, de repente ganhou fôlego, praticamente carregado nos ombros pelo povo, e agora fica mesmo até o fim, segurando os votos tão decisivos para Marçal.

E Marçal, que no debate do SBT confessou que nessa campanha mostrou a sua “pior parte”, praticamente saiu do páreo, porque ninguém quer ver a sua apavorante “pior parte” na prefeitura.

Moral da história: nunca menospreze um “comedor de açúcar”, nem que você seja um “ironman”.

(*)  Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”

Fonte: Brasil 247

Ao insultar vacina obrigatória, Ricardo Nunes consuma casamento com Bolsonaro

Ricardo Nunes (MDB) deu uma cadeirada discursiva no Zé Gotinha e abraçou o pior do bolsonarismo-raiz ao afirmar que é contra a obrigatoriedade da vacina. Entende-se que, em nome do voto, candidatos comam salgado em boteco duvidoso, beijem filhote de cachorro de rua e deem bom dia para cavalo, mas abraçar uma posição que coloca crianças em risco é abrir o alçapão no fundo do poço.
“Tenho muita tranquilidade, depois de toda experiência, e tenho humildade para te falar que hoje sou contra a questão da obrigatoriedade”, disse o prefeito ao podcast do bolsonarista Paulo Figueiredo, sobre a pandemia de covid-19. Depois, em outra entrevista, afirmou que, hoje, não teria feito o passaporte da vacina.
Por “hoje”, leia-se, em uma campanha eleitoral em que ele precisa tirar votos bolsonaristas que estão com Pablo Marçal (PRTB). O prefeito tem 40% desse grupo, o influenciador conta com 41%, segundo o Datafolha.
Questionado por Guilherme Boulos (PSOL) sobre essas declarações no debate do SBT, nesta sexta (20), Nunes reclamou que o deputado federal estava levando a discussão para a “baixaria”, tratou apenas do passaporte vacinal sem falar do arrependimento sobre a obrigatoriedade e ainda disse que ele tornou São Paulo a capital mundial da vacina. O que é irônico, pois a Forbes só se referiu à cidade dessa forma na pandemia devido ao sucesso de ações como a obrigatoriedade e o passaporte.
O Brasil já foi um caso exemplar de vacinação para o mundo, mas vem apresentando queda na taxa de imunização, o que disparou o alerta no Sistema Único de Saúde. Muito por conta da viralização do discurso negacionista. O prefeito não nega a importância das vacinas, mas é contra a sua obrigatoriedade, o que dá quase no mesmo. Por trás do discurso de “liberdade absoluta” que excita o bolsonarismo, está o risco à vida. Pôr em risco a vida dos paulistanos vale uma eleição?

Por Leo Sakamoto UOL

Datafolha – Efeito cadeirada: Boulos e Nunes comemoram; Marçal desaparece

O Datafolha divulgou nesta quinta-feira (19) nova rodada de pesquisa com a intenção de votos à prefeitura de São Paulo. Os dados mostram Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) tecnicamente empatados na primeira posição com 27% e 26%, respectivamente. Já o influenciador Pablo Marçal aparece atrás com 19%.

Além de estar atrás de Boulos e Nunes, outro dado deve preocupar Pablo Marçal: sua rejeição, que estourou e agora está em 47%, o que, na prática, torna a candidatura do influenciador impraticável, caso ele vá ao segundo turno.

Após a divulgação da pesquisa, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos comemoraram os números. Já Pablo Marçal desapareceu e apenas publicou alguns vídeos onde aparece dando entrevistas e repetindo os mesmos ataques de sempre contra seus oponentes.

O sumiço de Marçal também se deve aos dados revelados pela Quaest na quarta-feira (18): Nunes aparece com 24%, Boulos com 23% e Marçal com 20%, um recuo de três pontos em relação à pesquisa anterior do instituto.

Ainda restam quinze dias para o primeiro turno das eleições de 2024, e o cenário pode mudar até lá, mas, neste momento, o panorama é desfavorável para Marçal, pois mostra uma crescente rejeição, recuperação de Nunes entre os bolsonaristas e a consolidação de Guilherme Boulos.

O influenciador prometeu mudar a estratégia de campanha e partir para cima de Ricardo Nunes, pois, para Marçal chegar ao segundo turno, ele precisa tirar votos do candidato do MDB. A conferir.

Datafolha mostra disputa acirrada entre Nunes e Marçal por voto bolsonarista

Levantamento Datafolha desta quinta-feira (19) mostra que a disputa pela prefeitura de São Paulo segue empatada entre Ricardo Nunes (27%) e Guilherme Boulos (26%). O influenciador Pablo Marçal aparece na terceira posição com 19%.

A pesquisa do Datafolha também traz o dado de transferência de votos dos padrinhos políticos e, neste setor, Nunes e Marçal têm uma disputa acirrada, com recuperação do prefeito da capital paulista.

No levantamento desta quinta, Pablo Marçal tem 41% dos votos dos eleitores de Jair Bolsonaro, e Ricardo Nunes tem 40%. Esse dado é positivo para o prefeito, pois na rodada anterior ele tinha 39% e o influenciador, 42%, ou seja, ele está recuperando o voto daqueles que apoiam o ex-presidente.

Essa recuperação de Ricardo Nunes entre os bolsonaristas está ligada a alguns fatores: participação em programas bolsonaristas, ida ao ato do 7 de Setembro e a defesa pública de pautas como o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a contrariedade à obrigatoriedade da vacinação contra a Covid, uma pauta cara aos bolsonaristas.

Já no campo da esquerda, Guilherme Boulos lidera entre aqueles que apoiam o presidente Lula: 48%. Boulos também herda votos daqueles que votaram em Fernando Haddad para governador, em 2022: 53%.

Datafolha: Empate com Nunes 1 ponto à frente de Boulos; cadeirada engessa Marçal

A nova pesquisa Datafolha sobre a corrida pela Prefeitura de São Paulo, divulgada na tarde desta quinta-feira (19), mostra que a briga pela primeira colocação segue firme e forte entre o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Já o coach Pablo Marçal (PRTB), alvo de uma cadeirada desferida pelo jornalista e candidato José Luiz Datena (PSDB) no último domingo (15), que monopolizou a pauta eleitoral em todo o país, ficou engessado e cada vez mais distante do primeiro pelotão.

De acordo com os números do Datafolha, Nunes tem 27% das intenções de voto, seguido muito de perto por Boulos, que obteve 26%. Já bem mais atrás, com os mesmos 19% da preferência do eleitorado da semana passada, vem Marçal, aparentemente fustigado pelo bizarro episódio que só teve vez por conta da insistência infantil e insuportável do ex-integrante de uma quadrilha de fraude a bancos em ficar provocando de maneira insultuosa quase todos os adversários.

Na quarta colocação aparece a deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 8% da preferência dos entrevistados, um pouco à frente de Datena, com 6%. Depois, em sexto lugar, está Marina Helena (Novo), com 3% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 6%, ao passo que os que não souberam ou não quiseram responder totalizaram 3%.

Com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, segundo seus realizadores, a pesquisa Datafolha ouviu 1.204 eleitores em vários pontos da capital paulistas, entre terça (17) e esta quinta-feira (19). O registro da sondagem na Justiça Eleitoral é o SP-03842/2024.

Revista Fórum

Condenações do 8 de Janeiro: a justiça e os riscos da radicalização trans-bolsonarista

As recentes condenações dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília marcam um momento crucial para a democracia brasileira. No entanto, a questão vai além da simples aplicação da lei. Ela revela um dilema complexo sobre as narrativas que moldaram a percepção de grande parte dos envolvidos, bem como os riscos de uma nova direita radical emergente, que pode ser ainda mais perigosa do que o movimento bolsonarista original.

Os participantes dos atos de 8 de janeiro, na maioria cidadãos comuns com pouca participação política e parcos conhecimentos da legislação, agiram sob a crença de que estavam desempenhando um papel patriótico. Convencidos de que impediriam a ascensão de um “criminoso, ex-presidiário” ao poder, muitos acreditavam estar respaldados por setores das Forças Armadas, das Polícias e agentes de segurança, que, publicamente, têm simpatizado com a extrema direita bolsonarista.

Essa suposição, amplificada por desinformação, levou-os a marchar cegamente para o que agora pode ser visto como uma armadilha política.A ilusão de que uma intervenção militar ou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) seria acionada para “salvá-los” nunca se concretizou. Pelo contrário, o governo federal tomou a decisão estratégica de não seguir esse caminho. Ao não acatar a sugestão de uma GLO Lula tornou sem sentido a manifestação, mas isso não impediu que muitos dos envolvidos ainda se vissem como mártires de uma causa que não compreendiam totalmente.

A falta de compreensão das acusações que enfrentam reflete o grau de manipulação a que parcela importante desses indivíduos foi submetida.  Para eles, não houve crime, mas sim uma tentativa legítima de proteger a nação de uma “fraude eleitoral”. Ao atacar as instituições mais simbólicas do sistema democrático, como o Supremo Tribunal Federal (STF) , o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, encontraram o peso do Judiciário. Contudo, a narrativa de que são vítimas de um sistema corrompido se solidificou entre muitos desses indivíduos, criando um senso de sacrifício que pode ser usado como combustível para novas ondas de radicalização.

O bolsonarismo, enquanto movimento político, está em transição. As condenações não eliminam o potencial de ascensão de uma direita radical ainda mais organizada e articulada. Figuras como Pablo Marçal são exemplos de como esse espectro político pode se reconfigurar.  Diferente de Bolsonaro, que se apoiava em estruturas partidárias e alianças militares, Marçal se posiciona como um agente autônomo, livre de vínculos tradicionais e capaz de explorar o desencanto de setores sociais através de discursos populistas e anti-establishment sob o discurso de que “não é um ser político”.

Essa nova direita é potencialmente mais perigosa por sua flexibilidade ideológica e capacidade de mobilização. Ela não depende dos aparatos tradicionais do poder, mas se constrói em torno de líderes carismáticos que operam à margem do sistema partidário, explorando o esgotamento das massas com a política tradicional.

Um dos fatores dessa radicalização é o combate cotidiano contra uma política educacional capaz de formar cidadãos críticos e politicamente conscientes. A ênfase excessiva no empreendedorismo como solução universal para problemas sociais criou uma geração de jovens que se identificam com a lógica neoliberal de sucesso individual, muitas vezes sem questionar suas implicações. Inspirados por figuras como Elon Musk, esses jovens acreditam que o único obstáculo para se tornarem bilionários são os direitos trabalhistas e a regulamentação imposta pelo Estado, perpetuando um ciclo de alienação.  O Poder Público que deveria enfrentar esta situação trabalhando coordenadamente por uma educação que forme consciência crítica e avance na compreensão das questões básicas para enfrentar o discurso do ódio assumiu a política educacional como sua sucumbiu ao recuar no enfrentamento às reformas impostas ao Ensino Médio durante o governo Temer e referendadas por Bolsonaro.  A coalizão de governo, sob forte pressão de interesses privatistas, de governos estaduais, de corporações e alianças com setores conservadores, atravessou a base progressista com a estratégia de conciliar interesses inconciliáveis e estrategicamente incongruentes com os princípios programáticos nucleares do próprio governo central.

Essa tibieza educacional deixou grande parcela da juventude vulnerável ao apelo de figuras autoritárias, que oferecem respostas simples para questões complexas. A política educacional que prioriza o empreendedorismo sem senso crítico contribui para a ascensão de líderes como Marçal, que se vendem como a solução para os males causados pela “interferência do Estado”.

As condenações dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro são um passo importante para a preservação do Estado Democrático de Direito, mas não representam o fim da luta contra a radicalização de direita no Brasil. A construção de mártires, aliada à precariedade educacional, cria um cenário propício para o surgimento de uma extrema direita pós-bolsonarista que pode ser mais perigosa, sofisticada e autônoma. O desafio está em combater não apenas os efeitos visíveis dessa radicalização, mas suas causas profundas – o ressentimento social, a manipulação ideológica e a destituição de uma ação educativa que prepare o cidadão para os desafios do mundo contemporâneo, princípio constitucional da educação nacional.

 

Ronald Pinto

setembro/2024

Terrorismo israelense no Líbano matou criança, cegou mais de 500 pessoas e deixou mais de 2.800 feridos

Explosões simultâneas de pagers inauguram uma nova fase na tecnologia de assassinatos

A explosão quase simultânea de pagers, dispositivos eletrônicos usados para receber mensagens curtas, criou uma onda de pânico em várias regiões do Líbano nesta terça-feira. O ataque terrorista provocado por Israel deixou ao menos 12 mortos, incluindo uma criança, além de mais de 2,8 mil feridos, o que sobrecarregou o sistema de saúde do país, que rapidamente lançou uma campanha de doação de sangue. Entre os feridos, 200 estão internados em estado grave, e mais de 500 pessoas perderam a visão, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, como reporta o jornal O Globo.

O Hezbollah e membros do governo libanês acusaram Israel de estar por trás do ataque. Embora o governo israelense ainda não tenha se pronunciado oficialmente, fontes próximas ao gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmaram ao New York Times que a ordem partiu dele. O Hezbollah, por sua vez, informou que seu líder, Hassan Nasrallah, não se feriu, mas o embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, sofreu ferimentos leves. O incidente também repercutiu na Síria, onde o Hezbollah atua com frequência, resultando em 14 feridos em explosões relatadas pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, o uso de pagers foi intensificado entre os membros do Hezbollah, a pedido de Nasrallah, por serem considerados mais seguros e difíceis de rastrear em comparação aos celulares convencionais. No entanto, os dispositivos, vistos por muitos como obsoletos, ainda são amplamente utilizados por profissionais de saúde e equipes de emergência. A explosão simultânea dos pagers, que alguns analistas acreditam ter sido causada por infiltração na linha de montagem ou malware que superaqueceu as baterias, deixou pouco tempo para os portadores se desfazerem dos aparelhos.

Firass Abiad, ministro da Saúde libanês, informou que os ferimentos mais graves atingiram o abdômen, as mãos e o rosto, devido à proximidade das vítimas com os pagers no momento das explosões. Um vídeo mostra um homem em uma motocicleta no exato momento em que o pager que ele carregava na cintura explode.

Brasil247

Ao vivo : debate RedeTV/UOL com candidatos à prefeitura de São Paulo

Em parceria com o UOL, a RedeTV! promove hoje as 10h20 (Brasilia) debate com os seis candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem posicionados nas pesquisas. O encontro terá duração de duas horas e 20 minutos e será dividido em cinco blocos. Estão confirmados para o debate: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) — as regras foram acertadas em reunião com os representantes de cada campanha

RedeTV! e UOL realizam o próximo debate para prefeito de SP nesta terça; veja onde assistir

O sexto confronto de propostas começa às 10h20 com as participações de Boulos, Datena, Marina Helena, Marçal, Nunes e Tabata

Após o debate na TV Cultura, os candidatos à prefeitura de São Paulo voltam a se reencontrar nesta terça-feira, 17, para mais um confronto de propostas e ideias sobre a cidade. O evento será realizado pela RedeTV! e o UOL com transmissão vivo nos canais dos veículos a partir das 10h20. Foram convidados os seis candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para prefeito da capital.

ão eles: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB)Marina Helena (NOVO), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB). De acordo com o pool, todos já confirmaram presença.

Após o debate na TV Cultura, realizado no último domingo, 16, e a agressão de Datena a Marçal, surgiram dúvidas sobre a continuidade do evento. O UOL, porém, publicou uma matéria confirmando sua realização.

O debate terá duração de duas horas e 20 minutos e será dividido em cinco blocos. O primeiro e terceiro serão de confrontos diretos entre os adversários. Eles terão 30 segundos para fazer a pergunta, 90 segundos para resposta e 45 segundos para réplicas e tréplicas.

Nos segundo e quarto blocos, os candidatos responderão a perguntas feitas pelos jornalistas do UOL Raquel Landim, Thais Bilenky e Thiago Herdy e da RedeTV! Willian Kury, Stella Freitas e Felipe Brosco.

A ordem dos candidatos que vão responder às perguntas de cada profissional será sorteada ao vivo. Já no quinto e último bloco, os candidatos terão um minuto e 30 segundos para considerações finais.

Quando será o debate RedeTV!/UOL em SP?

Data: 17 de setembro, terça-feira
Horário: 10h20
Candidatos confirmados: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (NOVO), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB)

Onde assistir: A transmissão será feita pela RedeTV!, A Democracia, na home UOL e no YouTube do UOL

As regras

A organização vetou o uso de celular ou câmera fotográfica no palco e pelos assessores durante o debate.

Os candidatos também não poderão exibir qualquer documento ou objeto, nem poderão sair do púlpito estabelecido, salvo em caso de autorização da mediadora, Amanda Klein da RedeTV!.

Os pedidos de direito de resposta serão avaliados pelo comitê arbitral, de acordo com as emissoras, que inclui um advogado com conhecimentos em direito eleitoral. Caso a solicitação seja atendida, o candidato ofendido terá um minuto para se manifestar.

Quem descumprir alguma das regras será advertido e, em caso de nova violação, poderá ser suspenso do bloco e depois, convidado a se retirar do estúdio. O pool também divulgou que os profissionais da equipe de segurança poderão ser acionados, se for considerado necessário.

Regras mais rígidas vêm sendo fixadas desde o debate da TV Gazeta e MyNews, no dia 8 de setembro. Isso, contudo, não tem sido suficiente para conter os candidatos. Os outros cinco debates foram marcados por xingamentos, apelidos perjorativos, ausência de debate sobre os temas da cidade e ameaça de agressão.

No último, realizado neste domingo 15, pela TV Cultura, Datena agrediu com uma cadeira Marçal, após ser provocado pelo adversário do PRTB.

Próximos debates em SP

Além do encontro nesta terça também estão previstos outros quatro debates antes do primeiro turno, no dia 6 de outubro.

  • UOL/RedeTV: 17 de setembro, às 10h20;
  • SBT: 20 de setembro, a partir das 11h15;
  • Record: 28 de setembro, entre 21h e 23h15;
  • UOL/ Folha de S.Paulo: 30 de setembro, às 10h;
  • TV Globo: 3 de outubro, às 22h.

Fonte: Exame

VÍDEO Após nocautear Marçal, Datena diz que pretende continuar na corrida

Datena admite erro, mas diz que pretende continuar na corrida. Após agredir Pablo Marçal (PRTB), José Luiz Datena diz que foi acusado de cometer o que jamais cometeu. Momentos antes, o autodenominado ex-coach relembrou uma acusação de assédio sexual que o jornalista respondeu em 2019. “Me senti agredido, vi a figura da minha sogra [que morreu após a acusação de assedio]. Infelizmente, eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não, poderia ter simplesmente saído e ido embora para casa, teria sido melhor.” Ele lembrou que assim como já chorou em entrevista, como na sabatina promovida pela Folha e UOL, teve a reação contra Marçal que diz que “não pode se conter”. Por fim, disse que pretende se manter candidato do PSDB “até o fim”.

 

VÍDEOS Datena e Marçal fora do debate após briga entre os dois

Datena arremessa cadeira em Marçal após provocação: “Você não é homem”. O apresentador José Luiz Datena (PSDB) bateu com uma cadeira no influenciador Pablo Marçal

São Paulo – O apresentador José Luiz Datena (PSDB) bateu com uma cadeira no influenciador Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da TV Cultura à Prefeitura de São Paulo, na noite deste domingo (15/9). Marçal  provocou Datena até que este foi pra cima do picareta.

Datena foi expulso do debate, conforme determinava as regras. E Pablo Marçal deixou o debate por não estar se sentindo bem.

A farsa da negação da política: chega de hipocrisia e salvadores da Pátria

Por Édson Silveira (*)

A negação da política é uma farsa descarada que cada vez mais candidatos utilizam para enganar o eleitor. Esses candidatos que dizem “não ser políticos” estão, na verdade, disputando cargos públicos, o que expõe uma hipocrisia monumental. Como alguém pode negar a política ao mesmo tempo em que luta por um cargo que existe justamente para fazer política? Esse discurso é um truque barato, uma tentativa de manipular o eleitorado que está cansado de escândalos e promessas vazias. A política é o pilar de uma sociedade organizada, e é por meio dela que se constrói o debate de ideias e o progresso democrático. Negá-la é desonesto e perigoso.

A ideia de que “todo político é ladrão” é um argumento preguiçoso, usado por quem quer manipular o povo. Sim, existem corruptos, mas existem também políticos sérios e comprometidos com o bem público. Generalizar é um tiro no pé, porque abre espaço para oportunistas que se dizem “diferentes” e, no final, são piores do que aqueles que criticam. Chegou a hora de demitir por justa causa os políticos que nos enganaram, que não cumpriram suas promessas e que só usaram o cargo para benefício próprio. Em Porto Velho, a maioria dos vereadores fez exatamente isso: decepcionou a população e não merece sequer pensar em reeleição.

O que precisamos é de uma renovação real. Chega de personalismos, de figuras que se colocam como “salvadores da pátria”. Precisamos de representantes que tenham lado, que sejam claros em suas posições e honestos com o eleitor. Essa história de candidato “independente” é pura balela. Quem se diz independente é, geralmente, alguém que governará sozinho, sem prestar contas a ninguém, sem ouvir o povo. O resultado? Uma administração centralizadora e antidemocrática. Porto Velho, com seus enormes desafios de infraestrutura, não vai resolver seus problemas sem apoio dos governos estadual e federal. E, para isso, o próximo prefeito precisa ter articulação política em Brasília e com o Estado. Acreditar que isso se resolve com um “gestor técnico” é cair em outra armadilha.

E quantos exemplos já tivemos de políticos que se elegeram negando a política e se tornaram profissionais da política? O maior exemplo disso em Porto Velho é Hildon Chaves. Ele se apresentava como promotor de justiça, o paladino da moralidade, mas depois de eleito se revelou apenas mais um político tradicional. Foi reeleito, elegeu sua esposa, Iêda Chaves, como deputada estadual, e agora quer fazer de Mariana Carvalho sua sucessora na prefeitura, tudo com um único objetivo: fortalecer seu grupo político para disputar, em 2026, a sucessão do governador Marcos Rocha. Onde foi parar o puritanismo desse senhor?

Esse discurso de negação da política é uma máscara, uma armadilha para o eleitor desavisado. Não podemos mais cair nessa. Chegou o momento de fazer escolhas conscientes, de rejeitar aqueles que se escondem atrás de discursos vazios e abraçar candidatos que tenham compromisso real com o coletivo.

Eu, Édson Silveira, nascido nesta cidade, advogado e vice-presidente estadual do PT/Rondônia, tenho lado. Vou votar no próximo dia 06 de outubro em Célio Lopes 12 PDT para prefeito de Porto Velho, que tem o apoio do PT e do governo do presidente Lula, sem medo de ser feliz. Precisamos de um gestor que tenha compromisso com a população, que saiba dialogar com as esferas federal e estadual para conseguir as melhorias que nossa cidade tanto necessita. Não podemos cair mais em discursos vazios e promessas de salvadores da pátria. O futuro de Porto Velho depende de escolhas claras e responsáveis.

15 de setembro de 2024.

(*) Édson Silveira é advogado e vice-presidente estadual do PT/RO.

Assista aqui ao vivo: TV Cultura promove debate hoje com candidatos à prefeitura de São Paulo

TV Cultura realiza hoje, dia 15 de setembro, o debate com candidatos à prefeitura de São Paulo no primeiro turno. A transmissão acontece a partir das 22h (horario de Brasilia)ao vivo, diretamente do Teatro B32.

Estão confirmadas as participações de Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).  Os candidatos discutirão propostas em cinco blocos, abordando temas centrais para o futuro da cidade.

Regras

Não haverá plateia, e jornalistas não poderão assistir ao programa dentro do auditório. Cada candidato pode levar até três assessores, e só um terá acesso ao palco.

➡️ Participantes não podem deixar seus lugares ou usar o celular para fotografar e filmar. Os assessores que acompanham os candidatos só poderão usar os telefones para consultas. Palavrões também estão barrados.

➡️ As regras são parecidas com as do último debate, da Gazeta/MyNews, que aconteceu no dia 1º. O rigor, no entanto, não foi suficiente para conter os candidatos, que trocaram xingamentos, apelidos pejorativos e acusações diversas.

https://ademocracia.com.br/2024/09/16/datena-e-marcal-fora-do-debate-apos-briga-entre-os-dois/

“Power Point” da PF mostra conluio de Moro, Dallagnol e Hardt para desviar R$ 2,5 bi da Petrobrás

Dallagnol foi condenado pelo STF a indenizar Lula pela “habilidade com marketing” – como definiu o ex-procurador sobre o Power Point. Investigação da PF foi remetida ao CNJ e está nas mãos de Dias Toffoli, no STF

Relatório produzido pela Polícia Federal (PF) a partir da correição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra em um organograma o conluio entre o ex-juiz Sergio Moro (União-PR), o ex-procurador-chefe da Lava Jato Deltan Dallagnol (Novo-PR) e Gabriela Hardt – que substituiu o hoje senador na 13ª Vara Federal de Curitiba – para desviar R$ 2.567.756.592,00 para uma fundação que seria controlada por eles em “hipótese criminal de peculato-desvio”, que na prática seria corrupção.

O organograma é semelhante ao icônico Power Point apresentado por Dallagnol em 2016, que colocava Lula como centro do esquema de lawfare conduzido pela Lava Jato. Em abril deste ano, o ex-procurador foi condenado a indenizar Lula o presidente em R$ 75 mil pela estratégia de exposição.

Em mensagem, revelada em 2023 pela Vaza Jato, Dallagnol fez chacota com sua “habilidade com marketing” ao se referir ao Power Point a Bruno Brandão, diretor da Transparência Internacional no Brasil.
“Como procurador estou dando pro gasto como comunicador rsrs… deixa que eu vou fazer um gráfico de bolinhas concêntricas com as 12 propostas e vai bombar na net”, disse, em 20 de fevereiro de 2019, mais de dois anos após a famigerada primeira apresentação para tentar incriminar Lula.

Conluio

O relatório, a qual a Fórum teve acesso, é assinado pelo delegado Élzio Vicente da Silva, da PF, e foi enviado ao CNJ em abril deste ano. Em junho, a investigação foi remetida ao ministro Dias Toffoli, relator do inquérito sobre a Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

O organograma mostra, em 11 pontos, o passo a passo do conluio entre Moro, Dallagnol e Gabriela Hardt para tentar desviar os R$ 2,5 bilhões pagos pela Petrobras em indenizações em processos nos EUA.

A estratégia começou em 20 de novembro de 2015, quando a Lava Jato inicia a cooperação ilegal com órgãos de investigação dos EUA, sem autorização das autoridades competentes no Brasil.

Na penúltima etapa, em 25 de janeiro de 2019, Gabriela Hardt homologa a tentativa de acordo para repassar o dinheiro para a ong que seria criada pelo grupo, que ficou conhecida como Fundação Dallagnol.

“O desvio do dinheiro só não se consumou em razão de decisão do Supremo Tribunal Federal exarada no âmbito da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental nº568, que suspendeu “todos os efeitos da decisão judicial proferida pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, que homologou o Acordo de Assunção de Obrigações firmado entre a Petrobras e os Procuradores da República no Paraná (Força-Tarefa Lava-Jato), bem como a eficácia do próprio acordo”, diz a PF, referindo-se ao último quadro do organograma, baseado em fatos colhidos durante a investigação.

Veja

 

Revista Forum

Datafolha: Nunes tem 27%, Boulos sobe, 25%, Marçal desaba, 19%

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12) sobre a eleição para prefeito de São Paulo mostra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) numericamente à frente dos seus adversários e empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL). Pablo Marçal (PRTB) recuou e saiu do empate triplo.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) aparece com 27%, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) tem 25% das intenções de voto, e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) tem 19%.

Segundo a Folha de S.Paulo, o resultado deixou Nunes e Boulos isolados em relação a Marçal.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja os números

  • Ricardo Nunes (MDB): 27% (eram 22%)
  • Guilherme Boulos (PSOL): 25% (eram 23%)
  • Pablo Marçal (PRTB): 19% (eram 22%)
  • Tabata Amaral (PSB): 8% (eram 9%)
  • Datena (PSDB): 6% (eram 7%)
  • Marina Helena (Novo): 3% (eram 3%)
  • Bebeto Haddad (DC): 1% (era 1%)
  • Ricardo Senese (UP): 1% (era 1%)
  • João Pimenta (PCO): 0% (era 0%)
  • Altino Prazeres (PSTU): 0% (era 0%)
  • Em branco/nulo/nenhum: 7% (eram 8%)
  • Não sabe: 4% (eram 4%)

Vídeo Silas Malafaia “destrói” Pablo Farçal que já pediu lona: “desculpa, Malafaia”

Marçal afina de Malafaia que o chama de “frouxo” e “psicopata”. Em meio à declarada “guerra espiritual” dentro do bolsonarismo, Marçal resgatou foto antiga com Malafaia, que deu chilique chamando o ex-coach de covarde e dizendo que “ele usa técnicas de neurociência para te manipular”. Veja vídeo

Em mais uma capítulo da “guerra espiritual” anunciada por ele contra Silas Malafaia, o guru de Jair Bolsonaro (PL), Pablo Marçal (PRTB) afinou ao ser chamado de “frouxo”, “psicopata” e uma lista de impropérios, publicou uma foto com o pastor e pediu “paz” em seu perfil no Instagram.

O bate-boca entre os dois escalou desde o último sábado, 7 de Setembro, quando Malafaia impediu Marçal de subir no trio elétrico onde estava ao lado de Bolsonaro no ato em que a horda neofacista pedia o impeachment de Alexandre de Moraes.

Na segunda-feira (8), Malafaia gravou um primeiro vídeo para falar “a verdade sobre Pablo Marçal no 7 de Setembro” e apanhou de ultraconservadores que embarcaram nos discursos vazios do ex-coach.

Ironizado, o guru de Bolsonaro voltou à tona nesta terça-feira (10) e aumentou a carga contra Marçal.

“Esse cara, ele mostra sinais de que é psicopata. Ele é megalomaníaco, manipulador e mentiroso. Vou provar isso. E agora ele dá um outro sinal: de bipolaridade. Ao mesmo tempo ele me elogia e me ataca. Me elogia e me denigre”, disparou Malafaia, afirmando que o ex-coacha usa “manipulação, para mexer nas suas emoções”.

Para “provar” a “megalomania”, o pastor midiático mostra uma publicação em que o ex-coach diz ser “Davi”, o segundo rei de Israel na narrativa bíblica.

“Me chama de Eliabe [irmão mais velho de Davi] e ele se chama de Davi. Olha a megalomania. Ele é herói, ele é o cara. E ele mente. Diz lá que eu ataco ele, porque ele não quis se submeter a mim. Tu é um mentiroso, coloco a mão na Bíblia”, emenda Malafaia, totalmente descontrolado.

O guru de Bolsonaro usa a principal bandeira do ultradireita neofascista – o impeachment e os ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – para dar a sentença sobre Marçal: “frouxo ou covarde”.

“Agora tem uma pergunta que não quer calar: por que você nunca pediu o impeachment de Alexandre de Moraes? Por que você nunca abriu a boca para falar dos crimes de Alexandre de Moraes? Botando gente presa, cerceando liberdade, promovendo perseguição ao Bolsonaro. Das duas uma: você é frouxo ou covarde, que tem medo de Alexandre de Moraes ou você tem acordo com ele”, diz.

Malafaia, então, recorre a uma reportagem do The Intercept que revelou a farsa do projeto de Marçal, que construiu apenas 30 das 300 casas em que arrecadou dinheiro para um projeto na África.

“Ei povo, acorda. Essa cara é uma farsa. O cara não consegue cumprir um projetinho desse lá na África. Esses projetos de megalomania em São Paulo, acha que vai fazer? Acorda evangélicos, povo da direita, cristãos, apoiadores de Bolsonaro. Ele usa técnicas de neurociência para te manipular”, acusou.

Vídeo

Mais tarde, Malafaia voltou à rede e fez uma publicação incitando seguidores a atacar Marçal: “sobre os crimes e o impeachment de Alexandre de Moraes você não fala nada! Está calado, frouxe”, escreveu o pastor, pedindo para seguidores “mandar lá no @pablomarcalporsp”, perfil do ex-coach no Instagram.

Foto e paz

Em resposta aos insultos de Malafaia, Marçal chegou a ironizar, mas depois afinou e pediu “paz” ao reproduzir a publicação nos stories de seu Instagram. “Desculpa, Malafaia”.

“A liberdade não tem dono e não vou fazer o que você deseja irmão. Coloca a foto do Pacheco ai. Paz”, escreveu, referindo-se ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a quem cabe pautar o impeachment de Moraes.

Marçal também publicou uma foto antiga ao lado de Malafaia para que os seguidores do guru de Bolsonaro coloquem os comentários, em pretensa ironia.

“Como eu posto muito, quem tá vindo pelo Silas pode comentar aqui que eu leio tudo”. escreveu.

Entenda

A “guerra espiritual” declarada por Pablo Marçal (PRTB) após ter sido enxotado por Silas Mafalaia do trio elétrico no ato de sábado, 7 de Setembro, aprofundou o racha dentro da ultradireita neofascista que gira em torno de Jair Bolsonaro (PL).

Conforme prometido, o guru do ex-presidente divulgou um vídeo para falar “a verdade sobre Pablo Marçal no 7 de Setembro” e disparou impropérios, classificando o ex-coach como “narcísico, megalomaníaco, soberbo e lacrador”.

“Esse cara é narcísico, ele é megalomaníaco, ele é soberbo, ele quer tirar proveito de tudo, ele é lacrador. Ele queria fazer cortes para sua campanha. Ele queria tirar proveito daquilo que ele não ajudou [a organizar] e não correu risco [de sofrer eventuais represálias]”, disparou Malafaia.

O chilique, no entanto, não deu resultado e Malafaia apanhou dos bolsonaristas que aderiram à facção de Marçal e foram aos comentários do vídeo no Instagram.

“Vai ter que engolir”, disparou um eleitor de Marçal.

“Quem é digno então? Silas Malafaia? Boulos, datena ou tabata?”, indagou outro.

“Todo mundo sabe quem é Pablo Marçal, ele não tem medo e não tem acordo nenhum. Ele só não conseguiu chegar a tempo e todos sabem onde ele estava”, emendou uma terceira.

Em resposta, Pablo Marçal disse que “está desafiando o Silas Malafaia” ao ser indagado se toparia um papo com o guru.

“Na verdade estou desafiando o Silas Malafaia. Vamos entrar aqui ao vivo. Você fala o que você quer e ouve o que você precisa”, disparou o ex-coach em storie do Instagram.

“Todo respeito ao que você construiu na religião, mas na política todas as coisas que você faz é fora da lógica. Apoiou o [Eduardo] Paes, o Lula. Está caladinho ai por causa do [Alexandre] Ramagem para não queimar seu filme, né? Porque você está apoiando o Paes ai. Deixa aqui em São Paulo, ninguém está precisando de você aqui”, emendou.
Revista Fórum