sexta-feira, julho 18, 2025
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Após tornozeleira: Flávio Bolsonaro pede para Trump suspender tarifas e compara seu pai a Mandela

Senador liga o modo pânico após operação da PF de busca e apreensão contra o seu pai, que teve celular, pendrive e 14 mil dólares em espécie apreendidos

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou em desespero após a operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) contra o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta sexta-feira (18).

A operação foi deflagrada, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar que Bolsonaro fuja do país antes do julgamento a que será submetido por tentativa de golpe de Estado. O magistrado impôs medidas restritivas ao ex-presidente como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos para articular retaliações ao Brasil, proibição de se aproximar de embaixadas, entre outras.

Durante a operação, policiais federais apreenderam o celular de Bolsonaro, 14 mil dólares em espécie e um pendrive que estava escondido no banheiro de sua casa.

Com o cerco se fechando, Flávio Bolsonaro ligou o “modo pânico” e passou a pedir para que o presidente dos EUA, Donald Trump, suspenda a tarifa de 50% que impôs às exportações brasileiras como represália ao julgamento do ex-presidente.

“O justo seria Trump suspender a taxa de 50% sobre importações brasileiras e meter sanção individual em quem persegue cidadãos e empresas americanas, viola liberdades, usa o cargo público para violar direitos humanos e implodir a democracia de um país para satisfazer seu próprio ego”, escreveu Flávio.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em suas redes sociais • Reprodução
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em suas redes sociais • Reprodução

A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador para saber o motivo da exclusão, e a resposta foi que ele “achou melhor tirar; como já tinha uma primeira publicação, achou que era suficiente”.

Em outra postagem, o senador deixou ainda mais claro o seu desespero ao comparar Bolsonaro com Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e líder de um campo político que é exatamente o oposto ao de seu pai.

“Fica firme, pai, não vão nos calar! A proposital humilhação deixará cicatrizes nas nossas almas, mas servirão de motivação para continuarmos lutando pelo nosso Brasil livre de déspotas (…) O ardil é tanto, que faz exatamente no início do recesso parlamentar, quando Brasília está vazia. Mas seu cálculo certamente esqueceu de levar em conta que hoje, 18/Jul, é o Mandela Day. Dia em que o mundo celebra o símbolo de resistência e luta pela liberdade! Não é uma coincidência apenas!”, disparou o senador.

Revista Forum

Bolsonaro financiou ataques que resultaram no tarifaço de Trump, dizem investigadores da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, nesta sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal (PF), sob a acusação de financiar uma ofensiva contra a soberania do Brasil e a independência dos Poderes, conforme informações do blog do Valdo Cruz, do G1.

De acordo com investigadores da PF, as ações coordenadas por Bolsonaro tiveram impacto direto no agravamento da crise comercial com os Estados Unidos, culminando no tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.

A operação

Agentes da PF realizaram buscas na residência de Bolsonaro, no bairro Jardim Botânico, e no escritório político do ex-presidente, localizado na sede do Partido Liberal (PL). Segundo aliados, ele estava em casa no momento da chegada dos policiais.

As medidas restritivas contra Bolsonaro foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente já está com tornozeleira eletrônica instalada e está proibido de acessar redes sociais.

Entre as determinações, o ex-capitão também deve cumprir recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 7h, e está impedido de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros. Ele também não poderá se aproximar de sedes diplomáticas no Brasil.

A proibição também se estende a qualquer tipo de comunicação com outros réus ou investigados pelo STF, e com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente nos Estados Unidos.com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente nos Estados Unidos.

DCM

Coluna Zona Franca

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Busca e apreensão

Pode ser uma imagem de 2 pessoasNa manhã desta sexta-feira (18), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão contra Jair Bolsonaro (PL) e endereços vinculados ao Partido Liberal (PL), conforme informações de Camila Bomfim, do g1. A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi realizada na residência do ex-presidente e na sede do PL. Vai utilizar tornozeleira eletrônica.

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Advogados de defesa do ex-presidente confirmaram a operação. Ele é alvo de medidas restritivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as restrições, Bolsonaro passará a usar tornozeleira eletrônica e não poderá acessar redes sociais.
Ele também terá de permanecer em casa entre 19h e 7 da manhã, e foi proibido de se comunicar com seu filho deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP), embaixadores e diplomatas estrangeiros (não podendo se aproximar de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo. O risco de fuga é um dos motivos da operação, que ainda está em curso.

Veja desta semana

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "EDIÇÃO DA SEMANA 75 veja 29 Editora ABRI OBRASLEDOS O BRASIL EDOS BRASILEIROS THANK YOU, MR. TRUMP! Tarifaço do presidente amer icano, que acaba de completar seis meses de seu Jexplosivo mandato, ajuda popularidade Lula faza oposição se dividir entre defender Bolsonaro O BolsonaroouosInteresses ou OS interesses do pais"Pela primeira vez a revista Veja traz na capa Lula de forma positiva. A publicação enfatiza que o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, ajudou na popularidade de Lula e pressionou a oposição. A investida de Trump reforçou essa tendência. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira 16, a desaprovação ao governo caiu de 57% para 53%, enquanto a aprovação passou de 40% para 43%, entre maio e julho. Em dois meses, o saldo negativo, que era de 17 pontos percentuais, baixou para 10. O levantamento mostrou ainda que a recuperação da gestão Lula foi acima da média no Sudeste, que reúne os quatro estados que mais exportaram para os Estados Unidos em 2024- e também os três maiores colégios eleitorais do país. Na região, a desaprovação baixou de 64% para 56%, e a aprovação subiu de 32% para 40%.O presidente avançou até em setores que não formam suas bases de apoio tradicionais. “A recuperação aconteceu na classe média, com maior escolaridade, no Sudeste. São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas do Trump e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui”, afirma o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest.

Trump X Lula

Pode ser uma imagem de 3 pessoas, telefone e texto que diz "冷AI < Paravocê-Explorar Explorar Para você EDUARDO E er Topnoticiass Topnoticiass"Pelo andar da carruagem, Trump quer tirar Lula do poder. E o Congresso Nacional, majoritariamente de direita, também está afim. Com Lula subindo nas pesquisas, os ataques internos e externos ao governo, tendem a aumentar. Por seus turnos, nem governo nem a justiça aceitarão se submeter aos caprichos de Trump. E o povo, por sua vez, precisa se manifestar.

Chantagem inaceitável

Depois de dias buscando contato com os Estados Unidos para abrir negociações sobre o tarifaço de Donald Trump e impulsionado pelas pesquisas de opinião que mostram uma melhora na avaliação do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na noite desta quinta-feira um pronunciamento em rede de rádio e televisão no qual a carta enviada por Trump na semana passada como uma chantagem inaceitável. Lula afirmou que a tentativa de interferir na Justiça brasileira são um grave atentado à soberania nacional. Lembrou ainda que o Brasil vem tentando negociar com o governo americano há meses, em mais de dez reuniões bilaterais. Uma proposta oficial de negociação, de acordo com o presidente brasileiro, foi enviada em maio para Washington e até o momento foi sequer respondida. “Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse Lula em seu pronunciamento. (Poder360)

Chantagem inaceitável 2

O presidente ainda afirmou que os políticos brasileiros que apoiam as medidas americanas são traidores da pátria. “Minha indignação é ainda maior por saber que esse ataque ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no quanto pior, melhor. Não se importam com a economia do país e os danos causados ao nosso povo”, disse o Lula, em recado claro à família Bolsonaro e seus apoiadores diretos, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). (CNN Brasil)

Chantagem inaceitável 3

Lula aproveitou o 60º Congresso da UNE em Goiânia (GO) e fez também um discurso inflamado, acusando Trump de interferência nos assuntos internos do país e defendendo de forma intransigente a soberania nacional. Diante da União Nacional dos Estudantes, uma plateia que historicamente sempre lhe deu apoio incondicional, Lula classificou Trump como “um gringo que quer mandar no Brasil”. “Não é um gringo que vai dar ordem a este presidente da República. Não é. Eu sei a quem devo respeitar neste país”, disse ele, enquanto os estudantes gritavam: “Ah-ha, uh-uh, o Brasil é nosso”. (UOL)

Chantagem inaceitável 4

No mesmo discurso, Lula acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de serem traidores da pátria. O presidente afirmou que os dois não tiveram nenhuma preocupação com os prejuízos que o tarifaço de Trump trará para a indústria, a agricultura e o salário dos brasileiros. “Que ele tenha vergonha, se esconda da sua covardia e deixe este país viver em paz”, disse Lula sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos em favor do pai. Lula afirmou que o Brasil vai taxar as empresas de tecnologia americanas, um projeto antigo do governo que vem sendo estudado desde o ano passado. Ele defendeu ainda o controle sobre as redes sociais e afirmou que não aceita que, em nome da liberdade de expressão, as plataformas online sejam usadas para promover agressões. “A gente vai julgar e cobrar impostos das empresas americanas digitais”, declarou Lula no evento da UNE. (R7 e Folha)

Chantagem inaceitável 5

O presidente brasileiro aproveitou para se dirigir diretamente aos Estados Unidos. Em uma entrevista para a rede americana CNN, ele afirmou que Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e não “para ser o imperador do mundo”. Lula ainda reafirmou a independência do Judiciário brasileiro. “O presidente da República não tem influência alguma sobre outro poder”, disse à jornalista Christiane Amanpour. (CNN)

Chantagem inaceitável 6

Pode ser uma imagem de texto que diz "VOU FERRAR o BRASIL PRA, TE SALVAR, MEU CACHORRINHO"Mais tarde o presidente americano reagiu às investidas de Lula, reafirmando que impôs tarifas ao Brasil por conta do processo que investiga a trama golpista e que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 40 anos de prisão. Em uma carta endereçada a Bolsonaro e publicada em sua própria rede social, a Truth Social, Trump afirmou que um “sistema injusto se voltou contra Bolsonaro”. O presidente americano também reiterou que o julgamento contra Bolsonaro deveria ser encerrado imediatamente. Trump acusou ainda o atual governo brasileiro de realizar ataques à liberdade de expressão tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. “Minha sincera esperança é de que o governo brasileiro mude de rumo, pare de atacar os opositores políticos e encerre esse regime ridículo de censura. Estarei observando de perto”, escreveu Trump na carta a Bolsonaro. (Metrópoles)

Enquanto isso…

Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica pelos médicos da Casa Branca, após apresentar pequenos hematomas nas mãos e inchaço nas pernas. O médico que atende o presidente americano afirmou que serão realizados testes mais aprofundados para avaliar melhor o problema, que consiste na dificuldade das veias em reenviar o sangue para o coração. Segundo ele, a condição de Trump é benigna e o problema é comum em pessoas com mais de 70 anos. (New York Times)

                                    A  terra prometida

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e textoBolsonaro chora no Senado ao sentir a cadeia se aproximar. Mas quando era presidente, não derramou uma lágrima pelas mais de 700 mil vítimas da Covid. Nem uma. Um criminoso se fazendo de vítima. Uma piada! Bolsonaro afirmou que o Brasil está perto de se tornar a “terra prometida do Ocidente”, mas que isso ainda não aconteceu por culpa de “alguns poucos” que, segundo ele, atrapalham o país. A “terra prometida” de Bolsonaro fica a sete palmos do chão. No governo dele, 700 mil pessoas conheceram a tal terra prometida, dentre elas, três familiares desse articulista,  além centenas de amigos.

Haddad x Tarcísio

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estava distante da crise das tarifas com os Estados Unidos, envolvido em suas próprias batalhas em Brasília. Na quinta-feira, no entanto, Haddad entrou na força-tarefa do governo para atacar os Bolsonaro e reafirmar o tom político do tarifaço americano. De acordo com o ministro, o Brasil está sendo sacrificado por Bolsonaro. “Ele (Bolsonaro) é quem deveria estar se sacrificando pelo Brasil”, afirmou. Haddad também classificou como “abjeto” o comportamento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao defender o ex-presidente, e disse que as negociações com os Estados Unidos precisam ser centralizadas no governo federal. Além disso, o ministro defendeu que devedores contumazes do fisco deveriam ir para a cadeia. “A gente está chamando de devedor contumaz, mas é um eufemismo para falar de um criminoso”, declarou Haddad. (Estadão)

Veta, Lula 

O governo está avaliando vetar parcial ou integralmente o projeto aprovado pelo Congresso na madrugada de quinta-feira afrouxando as regras de licenciamento ambiental. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a lei não foi aprimorada, mas sim “decepada” pelos parlamentares. (Folha)

Veta, Lula 2

Todos os deputados federais da bancada do estado de Rondônia votaram sim pelo projeto da devastação:

  • Coronel Chrisóstomo (PL) — votou pela aprovação do projeto.
  • Dr. Fernando Máximo (União-RO) — votou pela aprovação do projeto.
  • Lucio Mosquini (MDB-RO) — ausente.
  • Silvia Cristina (PP-RO) — votou pela aprovação do projeto.
  • Cristiane Lopes (União) — votou pela aprovação do projeto.
  • Maurício Carvalho (União) — votou pela aprovação do projeto.
  • Lebrão (União) — votou pela aprovação do projeto.
  • Thiago Flores (Republicanos-RO) — votou pela aprovação do projeto.

Quais são as novas regras?

A nova legislação traz mudanças profundas em sete eixos principais:

  • Criação de Licença Ambiental Especial (LAE): autoriza obras classificadas como “estratégicas” pelo governo, mesmo que tenham alto potencial de degradação. A aprovação será acelerada: o prazo máximo para emissão é de 12 meses, com validade de cinco a dez anos
  • Dispensa de licenciamento: o texto elimina a necessidade de licença para a ampliação de estradas, atividades agropecuárias, tratamento de água e esgoto, e pequenas barragens de irrigação. Apenas aterros sanitários seguem exigindo permissão ambiental
  • Renovação automática: permite que licenças ambientais sejam renovadas automaticamente por meio de autodeclaração, desde que não haja mudanças na atividade ou nas regras
  • Autodeclaração nacionalizada: o empreendedor pode declarar pela internet que cumpre requisitos, sem análise prévia do órgão ambiental. O modelo já usado em alguns estados agora valerá para todo o país, inclusive para empreendimentos de médio porte com potencial poluidor
  • Enfraquecimento do Ibama e do Conama: o projeto retira poderes desses órgãos federais, transferindo a responsabilidade do licenciamento para estados e municípios. Também anula partes da Lei da Mata Atlântica, facilitando o desmatamento de florestas primárias e secundárias
  • Desproteção de comunidades tradicionais: terras indígenas e territórios quilombolas não homologados deixam de ser consideradas áreas protegidas para efeitos de licenciamento. Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), a mudança afeta cerca de 18 milhões de hectares, o equivalente ao território do Paraná
  • Risco a sítios arqueológicos: o projeto restringe a atuação do Iphan, que só poderá se manifestar se houver bens históricos já identificados no local. A Sociedade de Arqueologia Brasileira alerta que isso pode causar perdas irreversíveis

A nova lei muda completamente o processo de obtenção de licenças ambientais no Brasil. Entidades como o Observatório do Clima e o próprio Ministério do Meio Ambiente alertam para riscos à segurança ambiental, aumento da impunidade e desproteção de comunidades tradicionais. Agora o texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pode vetar trechos da proposta.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna:  [email protected]

MIDR apresenta programas estratégicos a partidos políticos para impulsionar desenvolvimento regional

Com o objetivo de fortalecer parcerias e ampliar os investimentos em ações estruturantes para o país, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), realizou, nesta quinta-feira (17), uma reunião com coordenadores de orçamento de lideranças partidárias do Congresso Nacional. O encontro teve como foco a apresentação de programas estratégicos do MIDR e a importância de direcionar emendas parlamentares para iniciativas que promovem o desenvolvimento sustentável em todas as regiões do Brasil.

Durante o encontro, foram detalhadas políticas públicas que podem ser potencializadas com o apoio de emendas parlamentares, a exemplo do modelo de Pavimentação de Baixo Custo e do Programa Cidades Intermediadoras. Ambas as iniciativas são voltadas à melhoria da infraestrutura e ao fortalecimento da rede urbana nacional.

“Ao aproximar o parlamento das nossas ações, damos um passo importante para acelerar os investimentos e ampliar os resultados dos nossos programas nas mais diversas regiões. Essa cooperação é estratégica para um desenvolvimento equilibrado e inclusivo”, afirmou o secretário nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial, Daniel Fortunato.

Pavimentação de Baixo Custo: mais eficiência e menor custo para os municípios

Um dos destaques apresentados foi o modelo padronizado de Pavimentação de Baixo Custo, desenvolvido pela equipe técnica da SDR. A proposta oferece uma alternativa viável e durável para a pavimentação de estradas vicinais, especialmente em áreas rurais e municípios de pequeno porte. “Criamos um projeto padrão de pavimentação com foco na redução de custos de execução e manutenção, utilizando soluções como o revestimento primário com impermeabilização simples”, explica Rafael Silveira, coordenador-geral de Execução, Fiscalização e Prestação de Contas de Obras do MIDR.

A tecnologia utiliza uma composição técnica baseada em Revestimento Primário, Impermeabilização e Tratamento Superficial Simples (TSS), o que permite rápida implementação e fácil replicação em diferentes territórios.

Principais vantagens da iniciativa:

  • Redução significativa de custos de obra e manutenção;
  • Geração de emprego local com uso de mão de obra da própria comunidade;
  • Menor complexidade técnica, facilitando processos licitatórios e execução dos projetos;
  • Melhoria nas condições de tráfego e redução da emissão de poeira, contribuindo para a saúde da população.

Cidades Intermediadoras: interiorização do desenvolvimento

Lançado em setembro de 2024, o Programa Cidades Intermediadoras tem como missão fortalecer municípios que exercem papel de articulação entre áreas rurais e grandes centros urbanos. A iniciativa busca interiorizar o desenvolvimento e aliviar a pressão sobre os serviços públicos das capitais. A atuação do MIDR no programa contempla o apoio à expansão da infraestrutura urbana e econômica, o estímulo à fixação da população nos territórios e a identificação de vetores de crescimento regional.

Segundo a coordenadora-geral de Desenvolvimento Regional do MIDR, Lara Amorelli, as cidades intermediadoras vão fomentar o desenvolvimento socioeconômico e social em regiões mais vulneráveis. “Esse novo modelo fortalece o diálogo federativo e garante que as ações do Governo Federal estejam alinhadas às reais necessidades das populações locais. É mais uma prova de que, quando União, estados e municípios trabalham juntos, o desenvolvimento chega para quem mais precisa”, destaca Lara.

Com esses programas, o MIDR reafirma seu compromisso com a promoção de um Brasil mais integrado, equilibrado e com oportunidades distribuídas de forma mais justa entre as regiões.

Fonte: Brasil 61

Empresas dos EUA apoiam o Brasil em esforço para reverter tarifa de Trump

Geraldo Alckmin lidera reunião com gigantes como Amazon, GM e Coca-Cola em busca de solução negociada para taxação de 50% sobre exportações brasileiras

O governo brasileiro recebeu nesta quarta-feira (16) um importante sinal de apoio vindo de empresas norte-americanas com atuação no Brasil para tentar reverter a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A reunião, conduzida pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, contou com a presença de representantes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) e de grandes multinacionais como Amazon, Coca-Cola, General Motors, Caterpillar, MedTech, entre outras.

Reportagem da Agência Gov aponta que, tanto a Amcham quanto a US Chamber manifestaram, em nota conjunta, uma posição clara em favor da via negociada. “Tanto a Amcham quanto a US Chamber fizeram uma nota conjunta. E nessa nota, elas colocam a sua posição favorável à negociação e que se possa rever a questão das alíquotas”, disse o vice-presidente.

Alckmin destacou um trecho do documento em que as entidades alertam para os riscos das tarifas: “A imposição de medidas tarifárias como resposta a questões políticas mais amplas tem o potencial de causar danos graves a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos, além de estabelecer um precedente preocupante”.

Para o vice-presidente, a medida anunciada por Trump representa um prejuízo mútuo. “É um perde-perde”, afirmou. “Nós queremos todo mundo unido para resolver essa questão. E as empresas têm um papel importante, tanto as brasileiras, que aliás tem empresa brasileira que tem indústria nos Estados Unidos, quanto as empresas americanas.”

Alckmin também citou os laços históricos de multinacionais com o Brasil: “A General Motors comemorou esse ano, participei do seu centenário no Brasil. A Johnson & Johnson tem 90 anos, a Caterpillar tem 70 anos, muitas delas exportam para os Estados Unidos”.

Além das empresas já citadas, participaram da reunião representantes da Dow, Sylvamo, Corteva Agriscience e John Deere, além de membros do governo federal. O encontro ocorreu no âmbito do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, criado justamente para coordenar a resposta do Brasil às barreiras impostas por Washington.

O ministro também informou que o governo brasileiro já enviou uma nova carta à administração dos EUA, reiterando seu interesse em uma solução negociada. “A carta foi confidencial aos Estados Unidos enumerando um conjunto de itens que se poderia avançar no acordo comercial, sempre procurando estimular o acordo comercial, estimular complementariedade econômica e crescimento do comércio exterior, que é emprego e renda”, explicou.

O presidente da Amcham Brasil, Abrão Neto, reforçou o posicionamento da entidade. “O nosso desejo, que é um sentimento, acho que, unânime no setor empresarial aqui no Brasil, é de se buscar a construção de uma solução negociada entre os dois governos e que aconteça de maneira a impedir um aumento tarifário”, afirmou. “O setor empresarial brasileiro e americano tem buscado contribuir com o governo brasileiro e contribuir também do lado americano, trazendo essas suas percepções”, acrescentou.

Hoje, cerca de 10 mil empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos, gerando aproximadamente 3,2 milhões de empregos no Brasil. A nova tarifa, caso entre em vigor em 1º de agosto, afetará significativamente esse fluxo comercial.

Questionado sobre a investigação aberta pelo governo dos EUA com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, Alckmin disse que o Brasil está pronto para prestar os devidos esclarecimentos. Ele apontou que vários dos temas levantados na investigação já vêm sendo enfrentados com seriedade pelo governo brasileiro.

Além do debate sobre tarifas, o encontro também revelou a disposição do governo brasileiro em aprofundar as relações comerciais com os Estados Unidos, desde que em bases justas e equilibradas, afastando o risco de politização das relações econômicas bilaterais.

Com o prazo de implementação da tarifa se aproximando, o esforço conjunto entre setor público e empresas — de ambos os países — aparece como uma aposta central para evitar um embate comercial de maiores proporções e preservar uma das parcerias econômicas mais relevantes do continente.

Do Brasil 247

 

 

Coluna Zona Franca

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Roberto Kuppê (*) 

Renan Filho

renan filhoO mais bem avaliado ministro de Lula vai deixar o governo em abril de 2026. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), bateu o martelo. Será candidato ao governo de Alagoas em 2026. E já avisou ao presidente Lula que deixará o Ministério para ficar apto a disputar as eleições do próximo ano. Se dependesse apenas da vontade de Lula, Renan Filho ficaria na Pasta no próximo ano, quando ele concorrerá à reeleição. O presidente, no entanto, aceitou a decisão do ministro e vai ajudar no projeto. Renan Filho já definiu que vai trabalhar pela reeleição de Lula, em “qualquer cenário” e Lula avisou que vai pedir votos para Renan Filho em Alagoas. (Gazetaweb.com)

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Por outro lado, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, prometeu a Lula que não concorrerá ao Senado ou ao Governo de Alagoas em 2026 e que concluirá o mandato na prefeitura. JHC é filiado ao PL. Em troca, o petista deve nomear a tia dele, a procuradora de Justiça de Alagoas Maria Marluce Caldas Bezerra, para uma vaga no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

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A permanência na prefeitura desinterdita o caminho para que o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, concorra ao Senado Federal. O parlamentar é relator do projeto que aumenta a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês. A proposta que foi aprovada ontem, é uma das apostas do presidente Lula para a campanha de reeleição no próximo ano. (tnh1.com).

Efeito Trump

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "Ivan Valente G1 Quaest: 72% acham que Trump irmam que está errado, e 79% tarifaço vai prejudicar suas vidas PARABÉNS AOS ENVOLVIDOS!"O governo Lula está surfando sob o efeito Trump. Quem assistiu ao filme “Efeito borboleta”, está vendo na prática a essência da obra cinematográfica. A cada ação corresponde à uma reação, nem sempre a esperada por quem tenta reverter um destino de vida. Eduardo Bolsonaro, aliás, Jair Bolsonaro, imaginou que Donald Trump iria mudar seu destino (prisão), ao atentar contra a soberania brasileira. O resultado foi o inverso. Não só não mudou um milímetro das decisões judiciais, como fortaleceu o governo Lula.

Efeito Trump 2

Pior. Eles mesmo destruíram qualquer possibilidade de um membro do clã sair candidato à presidência da República em 2026. Pior ainda, destruiu a pré-candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que está feito cachorro que caiu do caminhão de mudança. Totalmente desorientado.

Eleição 2026: Lula lidera 

No bojo do efeito Trump, Lula lidera em todos os cenários de 1º turno e empataria só com Tarcísio em eventual 2º turno, diz pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (17). Presidente descolou de todos os nomes em eventual 2º turno, exceto do governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com quem empataria no limite da margem de erro, que é de 2 pontos para mais ou menos. Pesquisa anterior mostrava Lula empatado com Bolsonaro, Tarcísio, Ratinho Jr., Michelle e Eduardo Leite.

Eleição 2026: Lula lidera  2

A pesquisa traçou quatro cenários de 1º turno e oito cenários de 2º turno. A lista de eventuais candidatos inclui Lula, Bolsonaro, Tarcísio, Michelle Bolsonaro (PL), Ratinho Júnior (PSD), Eduardo Leite (PSD), Eduardo Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União).

Veja os números:

  • Lula (PT): 32%;
  • Jair Bolsonaro (PL): 26%;
  • Ciro Gomes (PDT): 8%;
  • Ratinho Júnior (PSD): 6%;
  • Ronaldo Caiado (União Brasil): 3%;
  • Romeu Zema (Novo): 2%;
  • Indecisos: 9%;

Veja aqui no G1 os números completos da pesquisa Quaest.

Trump X Pix

Pode ser uma imagem de 2 pessoas e texto que diz "BOLSOTRUMP CONTRA o PIX DONALD TRUMP, EM MAIS UM ATAQUE O BRASIL COM APOIO DOS BOLSONAROS, QUER ACABAR COM NOSSO PIX, ALEGANDO QUE o BRASIL FAZ CONCORRÊNCIA DESLEAL CONTRA AS MÁQUINAS DE CARTÃO DOS EUA. o BRASIL É SOBERANO!"Um dia após enviar uma dura carta aos Estados Unidos em resposta ao tarifaço imposto pelo presidente americano Donald Trump, autoridades brasileiras agora preparam uma estratégia de defesa para o sistema de pagamentos Pix, novo alvo de Washington. A ideia do governo é reiterar que o Pix é uma operação consolidada no país e que não será modificada por interferência externa. O Pix é um dos alvos da investigação comercial anunciada pelos Estados Unidos na terça-feira. Segundo os americanos, o sistema de pagamentos brasileiro poderia ser enquadrado como uma prática desleal em relação a outros métodos de cobrança eletrônica. A resposta às acusações contra o Pix deve seguir o mesmo tom da carta enviada na noite de terça-feira ao secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira, a nota afirma que o Brasil “manifesta sua indignação” com o tarifaço de Trump. (Folha)

Trump X Pix 2

O Pix se tornou alvo do governo americano justamente por seu sucesso. Lançado em 2020, o modelo de pagamentos rapidamente se popularizou no Brasil. Só no ano passado, movimentou R$ 26,4 trilhões em transferências no país. Sem cobrar tarifas, o sistema afetou a receita de bancos, operadoras de cartões de crédito e modelos de pagamento digital como Google Pay e Apple Pay. No relatório preliminar do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, o Pix aparece como uma ameaça desleal aos negócios de empresas americanas. Neste ano, um modelo similar de pagamentos da Indonésia também entrou na mira dos americanos. (Globo)

Trump X Pix 3

A investigação lista uma série de “atos, políticas e práticas” do governo brasileiro que poderiam onerar ou restringir o comércio dos EUA. Entre elas estão barreiras não tarifárias, desmatamento na Amazônia e concessões de subsídios a diferentes setores da economia. Os americanos chegam a citar a Rua 25 de Março, em São Paulo, como exemplo de que o Brasil não respeita o direito à propriedade intelectual. (Estadão)

Trump X Pix 4

Mesmo com as reiteradas manifestações do Brasil para buscar uma saída negociada às tarifas impostas por Trump, o governo brasileiro ainda não obteve sinalização de que os Estados Unidos estejam abertos a um acordo. Diplomatas afirmam, em caráter reservado, que o silêncio americano pode ser explicado pela ausência de diretrizes claras da Casa Branca sobre como tratar o tema. Ontem, Trump voltou a dar um tom político ao tarifaço ao defender mais uma vez o ex-presidente Jair Bolsonaro. (g1)

Congresso e governo juntos

Após semanas de embates por causa do aumento do IOF, Congresso e governo selaram a paz — ao menos no que diz respeito ao tarifaço americano. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defenderam a soberania nacional e colocaram o Congresso à disposição do Executivo na batalha comercial que se avizinha. Os dois se reuniram com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que lidera os esforços para encontrar uma solução negociada com os Estados Unidos. Alckmin foi informado de que um grupo de senadores embarcará para Washington no fim do mês para dialogar com parlamentares americanos sobre o tema. (Valor)

IOF, capítulo final

E a novela do IOF, enfim, teve seu capítulo final assinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Após governo e Congresso não chegarem a um acordo, Moraes decidiu que o decreto presidencial que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras é válido, mas vetou a vigência do tributo sobre o “risco sacado” – uma espécie de operação de crédito para antecipação do fluxo de caixa usada no comércio. O ministro aceitou os argumentos do governo e decidiu que não houve desvio de finalidade no aumento do IOF, como alegava o Congresso, que acabou derrubando o decreto. (CNN Brasil)

Lula vetou

O presidente Lula confirmou as expectativas e vetou o projeto de lei do Congresso que aumentava o número de deputados federais de 513 para 531. Lula aguardou até o fim do prazo legal para tomar a decisão. O veto presidencial deve ser derrubado pelo Congresso, e o governo já espera reações negativas do Legislativo, que precisará assumir sozinho a medida, considerada extremamente impopular. (Metrópoles)

Retrocesso ambiental

A Câmara aprovou na madrugada desta quinta-feira, por 267 votos a 116, o projeto que afrouxa as normas de licenciamento ambiental, numa séria derrota para a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Entre outras mudanças, as novas regras dispensam o licenciamento para ampliação de estradas e de obras consideradas estratégicas pelo governo, o que pode abrir caminho para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. O texto vai agora para sanção do presidente Lula. (g1)

Boas notícias

Mas o governo também recebeu boas notícias da Câmara dos Deputados. A comissão especial que analisa o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil aprovou o relatório final do deputado Arthur Lira (PP-AL). Em seu parecer, Lira manteve a taxação de 10% sobre os super-ricos e ampliou a faixa com direito à isenção parcial. (CNN Brasil)

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações para a coluna:  [email protected]

Trump ferrou Bolsonaro: o jogou num “buraco difícil de sair”

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A tentativa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proteger Jair Bolsonaro de uma possível condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) pode ter surtido efeito contrário, segundo aliados do ex-presidente que conversaram com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha. Ao citá-lo como um dos motivos para impor uma sobretaxa de 50% às exportações do Brasil, o norte-americano não apenas vinculou o brasileiro às sanções como também fortaleceu o discurso do governo Lula.

Em carta enviada ao presidente Lula, Trump condicionou a suspensão das novas tarifas ao fim do julgamento de Bolsonaro no STF, que ele classificou como uma “caça às bruxas”. A fala gerou forte repercussão política, inclusive entre apoiadores do ex-presidente, que viram na atitude do republicano um erro estratégico.

Segundo dirigentes de partidos do campo bolsonarista, pesquisas internas confirmam o levantamento divulgado pela Quaest nesta quarta-feira (16): a aprovação de Lula subiu após o anúncio das tarifas. A retórica de Trump, que pretendia defender Bolsonaro, acabou sendo percebida como uma agressão à economia brasileira e elevou a rejeição entre parte do eleitorado conservador.

Aliados agora tentam conter os danos e desenhar uma saída. O temor é que Bolsonaro passe a ser associado diretamente ao impacto econômico negativo das sanções, que incluem potencial alta da inflação, perda de empregos e freios ao crescimento. O que era para ser uma ação de apoio virou, segundo um interlocutor, “um buraco difícil de sair”.

Donald Trump anunciando o tarifaço global. Foto: Divulgação

A avaliação dentro do bolsonarismo é que, se Trump não tivesse mencionado o ex-presidente na carta, as consequências da sobretaxa recairiam exclusivamente sobre Lula, permitindo que a oposição usasse o tema como arma política.

Agora, com a vinculação explícita de Bolsonaro às medidas, o governo petista passou a ocupar a posição de defensor dos interesses nacionais. Trump justificou a medida alegando perseguição judicial contra o ex-presidente.

Mas, ao fazê-lo, acabou consolidando a percepção de que o Brasil virou alvo dos interesses econômicos e ideológicos norte-americanos. Para assessores do ex-presidente, a fala do republicano aproxima Bolsonaro de uma figura colada a pressões estrangeiras, o que enfraquece sua retórica de soberania e patriotismo.

Internamente, já circula a ideia de tentar convencer Trump a recuar das tarifas e redirecionar suas sanções a membros do Supremo Tribunal Federal, especialmente Alexandre de Moraes. No entanto, mesmo aliados próximos consideram isso improvável, acreditando que ele quer algo mais amplo: impor sua agenda econômica sobre o Brasil, como faz com outras nações.

Diario do Centro do Mundo

Senado entra em recesso sem analisar denúncias de ataques contra Marina Silva

BRASÍLIA (DF) – O Congresso Nacional entra em recesso nesta semana sem que o Senado tenha indicado os novos membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, instância onde estão as representações feitas contra o senador Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO), denunciados em virtude dos ataques de violência de gênero contra a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva.

Segundo informações da Secretaria de Apoio a Órgãos do Parlamento do Senado, o mandato da comissão, composta por 15 senadores titulares e 15 suplentes, foi encerrado no final de março. O colegiado era presidido pelo senador Jayme Campos (União-MT).

A última reunião do colegiado ocorreu no dia 9 de julho de 2024, um ano atrás, conforme o site do conselho na internet. Naquela sessão, houve dificuldade para reunir o quórum qualificado para discutir e votar os relatórios sobre três denúncias, 14 petições e uma representação contra senadores, protocoladas de 2020 a 2023.

Plenário do Senado Federal (Reprodução/Agência Senado)

Nessa sexta-feira, 18, Câmara e Senado entram em recesso parlamentar, que termina no dia 31 de julho, e só devem retornar aos trabalhos na primeira semana de agosto. Até esta segunda-feira, 14, não havia qualquer pedido do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), para solicitar aos partidos a indicação dos novos membros do Conselho.

Desde março de 2025, foram protocoladas seis Petições ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado (PCE), das quais cinco são relacionadas a ofensas à ministra Marina Silva: quatro conta o senador Plínio Valério e uma contra o senador Marcos Rogério.

A primeira petição contra Plínio foi protocolada dia 20 de março deste ano, por nove deputadas federais e um deputado federal, pedindo providências ao Senado em relação às declarações do senador amazonense de ter vontade de enforcar a ministra. A fala foi durante a cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Comercial do Amazonas 2025, da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio-AM), no dia 13 de março de 2025.

Leia também: Violência de gênero: senador fala em enforcar ministra Marina Silva  

Num discurso que ele considerou um desabafo, o senador credita à Marina a responsabilidade pela não liberação das obras da BR-319, estrada que liga Manaus a Porto Velho (RO). “A Marina esteve na CPI das ONGs, seis horas e dez minutos, imagina o que é tolerar a Marina por seis horas e dez minutos sem enforcá-la”, disse Plínio, arrancando risos da plateia.

Uma segunda PCE sobre as mesmas declarações foi protocolada no dia 26 de março deste ano, pelos partidos Rede Sustentabilidade e Partido Socialismo e Liberdade (Psol). As petições pedem a punição do parlamentar com base nos dispositivos do Código de Ética e Decoro Parlamentar por considerarem a conduta de Plínio “flagrantemente incompatível com os princípios que refém a função parlamentar”.

As duas PCEs ainda chegaram a ser despachadas pelo presidente do Conselho, Jayme Campos, que solicitou à Advocacia do Senado Federal uma análise jurídica de admissibilidade, e agora aguarda a nova formação do colegiado para avançar a tramitação.

Demais petições protocoladas

Outras três petições foram protocoladas a partir do episódio ocorrido na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI), no dia 27 de maio, presidida pelo senador Marcos Rogério. Era uma audiência pública para Marina explicar sobre a criação de unidades de conservação na costa do Amapá, mas acabou se transformando num festival de ataques à ministra por causa da BR-319.

A ministra se retirou da reunião, após Plínio Valério afirmar que a respeitava “como mulher, não como ministra”. Antes, Rogério já havia dito para Marina “se colocar no seu lugar”, o que também revoltou a ministra, durante a reunião. Marina também enfrentou a fúria do senador Omar Aziz (PSD-AM), que a cobrou pela BR-319 e a responsabilizou pela aprovação do Projeto de Lei Geral do Licenciamento Ambiental e do atraso do País.

No dia seguinte ao ocorrido, dia 28 de maio, o Instituto Vladimir Herzog protocolou a representação contra Plínio e Marcos Rogério, na qual pede que o Conselho apure os fatos ocorridos na CI, avalie as condutas dos dois senadores e que adote providências para prevenir que situações semelhantes se repitam, assegurando assim, a integridade do espaço legislativo.

No dia 29 de maio, Psol e Rede apresentaram representações em separado contra Plínio e Rogério, também cobrando uma posição do Conselho de Ética sobe a conduta dos senadores, acusados pelas agremiações partidárias de violência política de gênero contra Marina.

“Marina Silva, ministra do nosso País, vem sendo submetida a um grau de violência política assustador, denotando um alto nível de racismo e misoginia dentro dos espaços institucionais. A tentativa de intimidar parlamentares mulheres, com vozes ativas na política institucional, como a ministra Marina, é prova disso”, afirmam na petição contra os dois.

Como essas representações foram protocoladas quando o Conselho de Ética já estava sem seus membros, a tramitação encontra-se parada até uma decisão da presidência da Casa.

O que dizem os senadores

Em suas declarações, Plínio Valério tem afirmado que não falaria de novo sobre o enforcamento, mas que não se arrepende do que disse, pois está defendendo os interesses do Amazonas, que luta pela recuperação da BR-319. No episódio da Comissão de Infraestrutura, o senador disse que não iria pedir desculpas a Marina, sob pena de não se eleger mais a qualquer cago no seu Estado.

Já o senador Marcos Rogério emitiu nota de repúdio, à época, ao que classificou como tentativa de intimidação ideológica, promovida pelas representações dos partidos contra ele. Para o senador, as PCEs têm “claros contornos de patrulhamento político e visa desvirtuar um debate legítimo e necessário, travado no âmbito da Comissão de Infraestrutura, para transformá-lo em espetáculo de vitimização e censura”.

Revista Cenarium

Quaest: Lula retoma popularidade e reduz rejeição

Aprovação de Lula sobe para 43% e desaprovação cai para 53%, com avanço entre eleitores mais críticos, segundo pesquisa Genial/Quaest

A mais recente pesquisa Genial/Quaest revela um movimento significativo na opinião pública brasileira: o governo Lula (PT) apresentou recuperação de popularidade entre maio e julho deste ano, especialmente entre setores tradicionalmente mais críticos ao presidente. O fator central para essa mudança, segundo a análise de Felipe Nunes, diretor da Quaest, foi o confronto diplomático  e comercial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, envolvendo a imposição de tarifas ao Brasil.

A aprovação do governo subiu de 40% para 43% (+3 pontos), enquanto a desaprovação caiu de 57% para 53% (-4 pontos), reduzindo o saldo negativo de -17 para -10 pontos percentuais. Os dados foram destacados por Felipe Nunes no X, antigo Twitter, nesta quarta-feira (16): “o que chama atenção é que a melhora na popularidade se deu principalmente fora das bases de apoio tradicionais do governo”.

Avanço no Sudeste e entre os moderados – A melhora foi especialmente acentuada no Sudeste, onde a diferença negativa caiu de -32 para -16 pontos. Também se destacou o avanço entre os eleitores com ensino superior completo, cujo saldo negativo despencou de -31 para -8 pontos. No recorte por renda, foi entre os brasileiros de classe média que a mudança mais expressiva foi detectada: a rejeição caiu de -19 para -9 pontos. Entre os eleitores alinhados à esquerda, a aprovação do governo segue acima de 80%, enquanto entre os bolsonaristas permanece abaixo de 12%.

Mas foi no centro político que a mudança chamou mais atenção. Nunes apontou que “a mudança mais significativa foi captada nos setores moderados, onde o saldo negativo passou de -28 pp para -16 pp”.

‘Trump uniu lulistas e moderados’ – A Quaest investigou os fatores que explicam a recuperação do governo e identificou três eixos principais: o embate com Donald Trump, a leve melhora da percepção econômica e a campanha de comunicação baseada na ideia de “nós contra eles”. Segundo o levantamento, 66% da população tomou conhecimento da carta enviada por Trump a Lula, e 79% acreditam que as tarifas impostas prejudicarão suas vidas. Além disso, 72% avaliam que o presidente dos EUA errou ao justificar as taxas com base em uma suposta perseguição a Jair Bolsonaro (PL).

Para Nunes, o impacto foi claro: “o tarifaço contra o Brasil conseguiu unir a esquerda, os lulistas e os moderados (sem posicionamento); mas dividiu a direita e os bolsonaristas. Ou seja, empurrou o ‘centro’ para o colo do Lula”. A maioria da população (53%) também apoia a resposta firme de Lula, que defendeu retaliação com medidas equivalentes.

Lula vence Bolsonaro na opinião pública – Outro ponto da pesquisa indica que, no embate político entre Lula e Bolsonaro, o atual presidente sai vitorioso: 44% acreditam que Lula está se saindo melhor, contra 29% que apontam Bolsonaro como superior. A percepção econômica, por outro lado, teve um impacto mais tímido. Embora os brasileiros estejam menos pessimistas, a variação entre maio e julho foi pequena. A única mudança relevante foi a redução na percepção de alta dos preços de alimentos, em linha com os índices de inflação que mostram desaceleração.

Já sobre a expectativa para o próximo ano, a pesquisa revela um dado preocupante: 43% dos entrevistados acreditam que a economia vai piorar, um reflexo direto da insegurança provocada pelas medidas de Trump.

Justiça tributária tem potencial, mas ainda não engajou – A campanha do governo pela taxação dos super-ricos, apesar de bem recebida por grande parte da população, ainda não conseguiu alcançar o grande público. Apenas 43% conhecem a proposta de “justiça tributária” e só 17% afirmam ter visto os vídeos promovidos pelo governo com uso de inteligência artificial. O tema, no entanto, possui forte apoio: 63% defendem aumento de impostos sobre os mais ricos para aliviar a carga sobre os mais pobres. A proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil conta com 75% de aprovação, e o aumento da tributação sobre super-ricos é apoiado por 60%.

A dificuldade de engajamento pode estar na forma como o conteúdo foi apresentado. Segundo a pesquisa, 53% acreditam que uma abordagem que contrapõe “ricos contra pobres” acirra a polarização. “É a escolha tática que o governo vai ter que fazer assim que retomar o assunto”, alertou Nunes.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.

Do Brasil 247

Embraer prevê prejuízo bilionário com tarifa dos EUA: “Situação muito séria para a empresa”

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As tarifas de 50% que os Estados Unidos pretendem impor sobre produtos brasileiros podem representar um duro revés para a Embraer, comparável ao impacto sofrido durante a pandemia de covid-19. A avaliação é do presidente da fabricante de aeronaves, Francisco Gomes Neto, que concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (15). A informação é do jornal Valor Econômico.

Segundo o executivo, os efeitos da medida, caso entre em vigor a partir de 1º de agosto, ainda não podem ser completamente mensurados, mas há uma “correlação plausível” com o cenário vivido em 2020, quando a Embraer sofreu uma queda de cerca de 30% em sua receita e precisou reduzir em 20% seu quadro de funcionários.

“É situação muito séria para a empresa”, afirmou Gomes Neto. Ele destacou que, por ora, não houve pedidos de cancelamento de entregas, mas alertou para o risco de adiamentos, revisão de planos de produção, redução de investimentos, perda de receita e caixa, além de um “possível ajuste no quadro de funcionários”.

O impacto estimado é expressivo: segundo a empresa, a tarifa poderá acrescentar R$ 50 milhões ao custo de cada aeronave fabricada. Considerando a média anual de produção, isso pode representar até R$ 2 bilhões por ano em perdas. No horizonte do plano de crescimento da Embraer até 2030, o prejuízo acumulado pode chegar a R$ 20 bilhões.

Os efeitos negativos, segundo a direção da companhia, não se limitariam às unidades no Brasil. A Embraer atua nos Estados Unidos há 45 anos, emprega cerca de 3 mil pessoas no país e tem nele seu principal mercado. As exportações para clientes norte-americanos representam 45% das vendas de jatos comerciais e 70% dos jatos executivos da fabricante. A tarifa, portanto, também poderá afetar as operações em solo americano, além de impactar fornecedores locais de peças e sistemas.

Do Brasil 247

Boi, soja e agrotóxicos: as isenções tributárias do agro que alimentam o desmatamento e a poluição

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Governo deixa de receber 158 bilhões de reais por ano em impostos federais do agronegócio, o que equivale ao orçamento do Bolsa Família e beneficia principalmente multinacionais que lucram com a exportação

As dez empresas ligadas ao agronegócio mais beneficiadas por isenções tributárias do governo federal deixaram de pagar pelo menos 26 bilhões de reais em impostos em 2024 – o que equivale a quase dez vezes todo o dinheiro já desembolsado pelo Fundo Amazônia, que investe em projetos que protegem e recuperam a Floresta. Somente as isenções federais dadas a uma dessas companhias, a Syngenta, que produz agrotóxicos e outros insumos agrícolas, somaram 4 bilhões de reais, mais do que todo o orçamento do ano passado do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do qual dependem agências públicas fundamentais para o combate aos crimes ambientais, como o Instituto Nacional de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Ibama, e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio.

Ao todo, segundo informações prestadas pelas próprias empresas e divulgadas pela Receita Federal, as isenções de impostos que beneficiam diretamente a agropecuária e a agroindústria somaram 158,17 bilhões de reais em 2024. O valor é igual ao orçamento autorizado para o Bolsa Família em 2025. O programa social chega a mais de 20 milhões de famílias, que recebem em média 667,5 reais  – menos que a metade de um salário mínimo. Em outra comparação, é como se 1 em cada 6 reais do valor total das exportações do agro em 2024 tivesse sido bancado diretamente pelo governo.

Leia reportagem na íntegra no link abaixo:

Boi, soja e agrotóxicos: as isenções tributárias do agro que alimentam o desmatamento e a poluição

 

Vereadora bolsonarista é pega negociando vantagens em cima de empréstimo de prefeitura de Rondônia

Na gravação, a vereadora defensora da moral e dos bons costumes aparentemente negocia o voto dela
‘Agora, aqui, essa situação pra mim o voto aqui de todo mundo tem valor, porque, querendo ou não, a gente vai apanhar pior que menino ruim na hora em nós entrar’

A vereadora Sofia Andrade, do PL de Porto Velho, sempre pronta a subir na tribuna com um tom professoral e um ar de superioridade, acaba de ser desmascarada. Aquela que se vendia como paladina da moral, defensora dos bons costumes e da “boa política”, foi flagrada fazendo exatamente o que sempre jurou combater: negociando votos em projetos da prefeitura como quem negocia frutas na feira. Barganha pura.

É curioso – ou trágico – ver como a indignação seletiva costuma ter um preço. E pelo visto, o da vereadora não foi tão alto assim.

Durante anos, Sofia construiu sua imagem sobre o púlpito da hipocrisia, apontando o dedo para os colegas, condenando gestos, frases e projetos com ar de censora moral. Mas a verdade, como sempre, tem o hábito teimoso de vir à tona. E quando vem, derruba não só a máscara, mas toda a encenação.

O mais lamentável não é o escândalo. Escândalos vêm e vão. O que revolta é o teatro. É a tentativa de enganar uma população inteira com discursos ensaiados, enquanto por trás do palco se costuram acordos de conveniência. Quem se diz tão pura não pode se sujar assim com tanta facilidade.

Agora que foi pega com a mão na gaveta, Sofia tenta se explicar, tergiversa, muda o tom. Mas é tarde. A moral de vitrine não resiste ao teste do bastidor.

Fica a lição: quem sobe demais no salto da ética, quando cai, faz mais barulho. E o tombo da vereadora foi ouvido por toda a cidade.

A gravação com a voz da vereadora está em diversos grupos de WhatsApp. Na reunião com dois secretários municipais, onde o tema é o empréstimo de R$ 180 milhões pela prefeitura, Sofia Andrade diz o seguinte, quando aparentemente negocia o voto dela:

– Eu gostaria que essa divisão nesse contexto fosse de forma igualitária, porque eu super respeito nosso presidente… respeito nosso líder, respeito a Elis, respeito, bacana. Agora, aqui, essa situação pra mim o voto aqui de todo mundo tem valor, porque, querendo ou não, a gente vai apanhar pior que menino ruim na hora em nós entrar… porque ali mesmo os Instagram já está tudo fervendo, então assim, eu vejo que Porto Velho não tem como ter desenvolvimento se não tiver investimento, mas até você explicar isso pra quem não entende, porque eu queria saber como é que o povo vai pagar isso, entendeu? Porque, se eu estivesse lá fora militando, é muito fácil bater, mas é difícil às vezes defender… – disse a vereadora.

Sofia Andrade: a máscara caiu. E o discurso também | Blog Entrelinhas

Tarifaço de Trump pode causar perda de 110 mil empregos no Brasil

Em reunião virtual de emergência realizada nesta segunda-feira (14), com presidentes das federações das indústrias de todo o país, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, alertou que o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos poderá causar a perda de até 110 mil postos de trabalho no setor.

A reunião contou também com a participação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, e teve como foco a avaliação dos impactos econômicos e sociais da medida.

Durante o encontro, os representantes da Indústria brasileira defenderam o adiamento mínimo de 90 dias na aplicação das novas tarifas, previstas para entrarem em vigor em 1º de agosto. O objetivo, segundo os participantes, é ganhar tempo para análises técnicas e articulações diplomáticas que possam reverter a medida.

Para a CNI, a decisão do governo norte-americano de impor um tarifaço generalizado não possui embasamento técnico e representa uma ruptura em uma relação comercial centenária. A medida vai afetar fábricas brasileiras e plantas industriais nos EUA que dependem de insumos brasileiros. Isso, na avaliação da entidade, trará impactos aos contratos de longo prazo e à previsibilidade necessária ao ambiente de negócios.

“Lembro que os EUA são o principal destino das exportações industriais do Brasil e o nosso país é um importante fornecedor para o mercado norte-americano”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban, logo após o anúncio do governo dos EUA. “Uma quebra nessa relação, com um impacto dessa magnitude, teria muitos prejuízos ao nosso crescimento, à competitividade, aos empregos e, consequentemente, um forte impacto sobre a economia em geral.”

No encontro, o presidente da CNI, Ricardo Alban, alertou que é preciso objetividade e pragmatismo por parte do governo e do setor privado na negociação com os Estados Unidos. O dirigente reforçou ainda o pedido para que o governo articule uma ampliação de 90 dias para o começo da vigência da nova tarifa.

Em comunicado, a CNI afirmou que o tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, também agrava a situação da indústria brasileira, já “asfixiada pelo injustificado patamar das taxas de juros”, hoje em 15% ao ano. É o patamar mais alto desde 2006, que coloca o país na segunda posição do infame ranking de maiores taxas de juros reais do mundo.

No posicionamento, a CNI reforçou que o momento exige “ações enérgicas e equilibradas, tanto internas quanto externas”. “Devemos negociar a revogação da taxação na condição de país parceiro e de nação soberana. Cabe ao governo brasileiro defender os interesses da sociedade brasileira evitando, sobretudo, as armadilhas da polarização política que o episódio coloca no caminho”, pontuou a entidade.

A primeira reunião do comitê interministerial para discutir as tarifas de 50% anunciadas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros ocorreu na manhã desta terça-feira (15), em Brasília.

A reunião foi liderada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o vice-presidente Geraldo Alckmin. Participaram da reunião representantes da Indústria nacional e das indústrias de alumínio, aço, máquinas e equipamentos, calçados, têxtil e autopeças.

O Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi criado por decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União, nesta terça-feira. Segundo o MDIC, colegiado vai deliberar sobre a aplicação de contramedidas provisórias e acompanhar as negociações. O decreto regulamenta ainda a Lei da Reciprocidade Econômica.

Relação comercial entre Brasil e EUA em números (Fonte: CNI)

Para cada R$ 1 bilhão exportado para os EUA, em 2024, foram gerados:
– 24,3 mil empregos;
– R$ 531,8 milhões em massa salarial;
– R$ 3,2 bilhões em produção na economia brasileira.

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações da indústria de transformação brasileira:

– Em 2024, as exportações brasileiras de produtos industriais para os EUA atingiram US$ 181,9 bilhões, um aumento de 2,7% em relação a 2023.
– O crescimento foi impulsionado por bens de consumo não duráveis e semiduráveis, com alta de 11% nas exportações em relação ao ano anterior.

Fonte: Brasil 61

Empresariado rompe com Bolsonaro após tarifaço de Trump: “Rifa o Brasil por interesses pessoais”

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O empresariado nacional rompeu de vez com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após declarações e atitudes dele e de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em meio à crise comercial com os Estados Unidos, conforme informações do blog do Valdo Cruz, do G1.

“Estão rifando o Brasil por interesses pessoais”, disse um empresário paulista que antes integrava o grupo de apoio ao ex-presidente.

Segundo relatos, líderes empresariais já enviaram recados ao Centrão, mostrando total reprovação ao movimento liderado por Eduardo Bolsonaro, e avisaram que querem distância de Jair Bolsonaro. A avaliação é que, mesmo diante da crise, o ex-presidente estaria mais preocupado com seu futuro político do que com os prejuízos ao país.

A postura de Bolsonaro, que tentou usar o Brasil como moeda de troca para buscar anistia judicial junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou novas tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, foi vista como irresponsável.

“Estamos correndo o sério risco de perdermos um mercado importante para nossos produtos, tudo em nome de uma disputa pessoal. Todo mundo sabe o que aconteceu no país, eles fizeram uma aposta de risco e agora deveriam enfrentar as consequências”, reforçou o mesmo empresário.

As declarações ocorrem após, na segunda-feira (14), a PGR (Procuradoria-Geral da República) ter se manifestado a favor da condenação do ex-presidente por liderar uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, depois da derrota para o atual presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Bolsonaro foi o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

DCM

Governo Lula deve enviar carta a Trump nos próximos dias

Documento assinado por Alckmin e Mauro Vieira aguarda aval de Lula e será enviado à Secretaria de Comércio dos EUA pela embaixadora Maria Luiza Viotti

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve enviar nos próximos dias uma carta ao governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, em resposta às tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros, informa o g1. O texto será assinado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e pelo chanceler Mauro Vieira. A carta está pronta e aguarda apenas a aprovação final de Lula para ser enviada.

A carta será encaminhada à Secretaria de Comércio dos Estados Unidos — órgão chefiado pelo USTR (United States Trade Representative), responsável pela condução das negociações com o Brasil. A entrega será feita pela embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti.

No documento, o governo brasileiro formaliza três pedidos:

  1. que os canais de diálogo entre os dois países permaneçam abertos;
  2. que novas reuniões sejam agendadas entre os representantes dos governos;
  3. que os Estados Unidos respondam o material enviado pelo Brasil em maio, contendo dados sobre a balança comercial e outros indicadores, ainda sem resposta.

O governo brasileiro tenta reverter a medida anunciada por Trump na semana passada. Em correspondência anterior, o presidente norte-americano reclamou das ações judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e afirmou — de forma equivocada — que os Estados Unidos têm déficit comercial na relação com o Brasil. Na realidade, os EUA registram superávit: exportam mais ao Brasil do que importam.

Paralelamente à carta, o governo Lula publicou na quarta-feira (15) o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, sancionada em 2023. Embora o texto não mencione os Estados Unidos, a medida é considerada uma possível resposta ao tarifaço. O decreto estabelece os procedimentos para suspender “concessões comerciais, de investimentos e obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual” sempre que ações unilaterais de países ou blocos econômicos afetarem negativamente a competitividade internacional do Brasil.

A expectativa do governo é de que a via diplomática ajude a destravar a negociação e evite o agravamento da tensão comercial com os Estados Unidos.

Do Brasil 247