A farsa da negação da política: chega de hipocrisia e salvadores da Pátria

Por Édson Silveira (*)

A negação da política é uma farsa descarada que cada vez mais candidatos utilizam para enganar o eleitor. Esses candidatos que dizem “não ser políticos” estão, na verdade, disputando cargos públicos, o que expõe uma hipocrisia monumental. Como alguém pode negar a política ao mesmo tempo em que luta por um cargo que existe justamente para fazer política? Esse discurso é um truque barato, uma tentativa de manipular o eleitorado que está cansado de escândalos e promessas vazias. A política é o pilar de uma sociedade organizada, e é por meio dela que se constrói o debate de ideias e o progresso democrático. Negá-la é desonesto e perigoso.

A ideia de que “todo político é ladrão” é um argumento preguiçoso, usado por quem quer manipular o povo. Sim, existem corruptos, mas existem também políticos sérios e comprometidos com o bem público. Generalizar é um tiro no pé, porque abre espaço para oportunistas que se dizem “diferentes” e, no final, são piores do que aqueles que criticam. Chegou a hora de demitir por justa causa os políticos que nos enganaram, que não cumpriram suas promessas e que só usaram o cargo para benefício próprio. Em Porto Velho, a maioria dos vereadores fez exatamente isso: decepcionou a população e não merece sequer pensar em reeleição.

O que precisamos é de uma renovação real. Chega de personalismos, de figuras que se colocam como “salvadores da pátria”. Precisamos de representantes que tenham lado, que sejam claros em suas posições e honestos com o eleitor. Essa história de candidato “independente” é pura balela. Quem se diz independente é, geralmente, alguém que governará sozinho, sem prestar contas a ninguém, sem ouvir o povo. O resultado? Uma administração centralizadora e antidemocrática. Porto Velho, com seus enormes desafios de infraestrutura, não vai resolver seus problemas sem apoio dos governos estadual e federal. E, para isso, o próximo prefeito precisa ter articulação política em Brasília e com o Estado. Acreditar que isso se resolve com um “gestor técnico” é cair em outra armadilha.

E quantos exemplos já tivemos de políticos que se elegeram negando a política e se tornaram profissionais da política? O maior exemplo disso em Porto Velho é Hildon Chaves. Ele se apresentava como promotor de justiça, o paladino da moralidade, mas depois de eleito se revelou apenas mais um político tradicional. Foi reeleito, elegeu sua esposa, Iêda Chaves, como deputada estadual, e agora quer fazer de Mariana Carvalho sua sucessora na prefeitura, tudo com um único objetivo: fortalecer seu grupo político para disputar, em 2026, a sucessão do governador Marcos Rocha. Onde foi parar o puritanismo desse senhor?

Esse discurso de negação da política é uma máscara, uma armadilha para o eleitor desavisado. Não podemos mais cair nessa. Chegou o momento de fazer escolhas conscientes, de rejeitar aqueles que se escondem atrás de discursos vazios e abraçar candidatos que tenham compromisso real com o coletivo.

Eu, Édson Silveira, nascido nesta cidade, advogado e vice-presidente estadual do PT/Rondônia, tenho lado. Vou votar no próximo dia 06 de outubro em Célio Lopes 12 PDT para prefeito de Porto Velho, que tem o apoio do PT e do governo do presidente Lula, sem medo de ser feliz. Precisamos de um gestor que tenha compromisso com a população, que saiba dialogar com as esferas federal e estadual para conseguir as melhorias que nossa cidade tanto necessita. Não podemos cair mais em discursos vazios e promessas de salvadores da pátria. O futuro de Porto Velho depende de escolhas claras e responsáveis.

15 de setembro de 2024.

(*) Édson Silveira é advogado e vice-presidente estadual do PT/RO.

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