A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vem a público saudar a libertação de Julian Assange, em 24 de junho, após 1.901 dias preso. A retirada de 17 das 18 acusações contra o fundador do WikiLeaks é uma vitória dos jornalistas em todo o mundo, do direito de informar e ser informado e representa importante impulso à liberdade de imprensa.
A decisão que garantiu liberdade a Assange é resultado do trabalho de entidades e organizações de jornalistas em todos os continentes, especialmente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), das entidades sindicais e dos profissionais de jornalismo.
A FENAJ, entidade que representa os 31 sindicatos de jornalistas do Brasil, enfatiza que a libertação de Assange contribui para evitar a criminalização das práticas jornalísticas e encoraja as fontes a partilharem confidencialmente provas de irregularidades, criminalidade e outras informações de interesse público.
A FENAJ, juntamente com a FIJ e outras entidades e organizações de jornalistas, participou de campanas pela libertação de Assange – acusado de espionagem e obtenção e divulgação de informações sobre a defesa nacional – desde a publicação das acusações dos EUA contra ele em 2019.
Embora mais de 500 jornalistas continuem na prisão em todo o mundo, segundo levantamento da FIJ, o acordo judicial que colocou Assange em liberdade elimina parte das ameaças que recaem sobre a jornalistas nas coberturas de questões de segurança nacional, operações militares, criminalidade de agentes públicos e corrupção em todas as esferas de poder.
O fim da violência e dos ataques contra jornalistas, do cerco ao trabalho dos profissionais de imprensa, além das garantias do direito de exercício profissional são fundamentais para o acesso da população a informações e à democracia.
Brasília, 25 de junho de 2024
Federação Nacional dos Jornalistas