(*) Roberto Kuppê
Maduro com “dias contados”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em uma entrevista exibida no domingo (2) que acredita que os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela estão contados, mas minimizou os temores de uma guerra iminente contra o país da América do Sul. Trump fez a declaração em uma entrevista ao canal CBS no momento em que os Estados Unidos enviam militares e navios ao Caribe, onde executaram vários ataques contra supostas embarcações que atuam no tráfico de drogas, ações que provocaram dezenas de mortes. “Duvido. Não acredito”, respondeu Trump ao programa “60 Minutes” ao ser questionado se os Estados Unidos entrariam em guerra contra a Venezuela. (Revista Forum)
PEC da Segurança
A maioria dos entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest é favorável à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada em abril pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O levantamento, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que 52% dos moradores do Rio de Janeiro apoiam a proposta, enquanto 29% são contrários e 19% não souberam ou preferiram não responder. Os números indicam tanto aprovação quanto desconhecimento da população sobre o conteúdo do projeto.
PEC da Segurança 2
A PEC busca fortalecer a atuação da União na formulação de políticas de segurança pública, criando corregedorias e ouvidorias autônomas, além de ampliar as atribuições da Polícia Rodoviária Federal. O texto altera dispositivos da Constituição Federal para ampliar a competência do governo federal e consolidar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), atualmente regulamentado por lei ordinária, como parte da Constituição — a exemplo do que ocorre com o SUS e o Sistema Nacional de Educação.
PEC da Segurança 3
Elaborada há mais de 18 meses, a proposta passou por ajustes internos antes de ser enviada ao Congresso Nacional. Em abril, o texto foi encaminhado à Câmara dos Deputados e está sob relatoria do deputado Mendonça Filho (União-PE). O parlamentar, porém, minimizou a cobrança por pressa na tramitação, mesmo após a operação policial mais letal do Rio de Janeiro. (Brasil247)
Consórcio da Paz-Spacca

Quem são os culpados pela criminalidade?
Este articulista lembra como se fosse hoje a previsão da esquerda sobre a liberação de armas durante o governo Bolsonaro. Parlamentares contra o armamento previram que as armas liberadas “legalmente” iriam acabar nas mãos dos bandidos. Deu a lógica. Até armas de uso exclusivo das Forças Armadas estão nas mãos de criminosos.
Operação Farsa
Embora pareça legal e essencial, a Operação Retenção teve o único objetivo de viralizar, como viralizou. De um dia para o outro, o insípido, inodoro e incolor governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), passou a ser o novo herói do bolsonarismo. Criou um fato político e se deu bem. Está cotado até para presidente da República, sendo comparado ao presidente de El Salvador, Bukele, mesmo que o verdadeiro objetivo da operação não tenha sido alcançado. Não foi mesmo. Mataram peixes miúdos e muitos inocentes. Por conta disso deverá ser penalizado muito em breve. Porque os policiais não foram cumprir mandados. Foram matar. E mataram.
Bolsonaro na Papuda
Rumores sobre uma possível ordem do Supremo Tribunal Federal para determinar a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro na Papuda causaram preocupação no núcleo político e familiar do ex-mandatário neste domingo (2). A versão que circula entre bolsonaristas aponta que a detenção duraria pelo menos 15 dias antes de eventual cumprimento em regime domiciliar. Com informações do Lauro Jardim, no Globo.
Bolsonaro na Papuda 2
O Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, reservou uma área para receber o ex-presidente. A estrutura fica no mesmo bloco utilizado anteriormente por deputados, doleiros e empresários que passaram pelo local. A medida foi organizada antes da conclusão da análise de recursos relacionados ao caso. Com informações da Veja.
Lula na defensiva
Após uma sequência de boas notícias que freou e reverteu a queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo voltou a ficar na defensiva diante da ação policial contra o Comando Vermelho que deixou 121 mortos — incluindo quatro agentes — nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio. A operação policial e o apoio popular a ela reunificaram o discurso da direita em torno do governador Cláudio Castro (PL) e tiraram dos holofotes temas como a relação com os Estados Unidos e a isenção do Imposto de Renda para os mais pobres, nos quais o governo federal vinha surfando. Na contramão do discurso tradicional da esquerda, Lula evitou criticar abertamente a ação e não usou expressões como “chacina” ou “massacre”. O cuidado foi tanto que, como conta Lauro Jardim, declaração de 138 palavras do presidente na noite de quarta-feira levou horas para ser concluída e teve diversas versões. (Folha e Globo)
Lula na defensiva 2
A cautela do Planalto encontra explicação nas pesquisas que mostram o apoio à ação policial no Rio, a despeito do morticínio. Segundo dados do Datafolha divulgados no sábado, 57% dos moradores do Rio concordam com a declaração de Castro segundo a qual a operação “foi um sucesso” (38% concordam totalmente e 18% concordam em parte), enquanto 27% discordaram totalmente do governador e 12% discordaram parcialmente. No domingo, pesquisa Genial/Quaest (íntegra) mostrou que 64% dos fluminenses aprovam a ação da polícia, contra 27% que desaprovam. Segundo a mesma pesquisa, a aprovação de Cláudio Castro saltou de 43% em agosto para 53% em outubro. A reprovação variou de 41% para 40%, dentro da margem de erro. Já a desaprovação do governo Lula no Estado do Rio foi de 62% para 64%, também dentro da margem. (g1)
Combate ao crime organizado
Buscando mostrar ação na segurança, Lula assinou na sexta-feira o projeto que altera o combate ao crime organizado. O texto, que será enviado ao Congresso, prevê prisão de 30 anos para integrantes de facções e permite a infiltração de policiais em empresas suspeitas de lavar dinheiro do crime. (UOL)
Alexandre de Moraes
Enquanto isso… O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu ordem para que o governo do Rio preserve toda a documentação sobre a operação, incluindo perícias, e dê aceso à Defensoria Pública. Moraes vai ao Rio hoje para se reunir com Castro e a cúpula da segurança do estado para avaliar a operação. (Poder360)
Comando Vermelho
As comunidades sob domínio do Comando Vermelho no Rio deixaram de ser simplesmente bases para, a exemplo do que acontece nas áreas de milícia, tornarem-se fontes de renda. Moradores são extorquidos com taxas sobre gás, transporte, internet e diversos outros. Sob ameaça, comerciantes são forçados a fazer “doações” de cestas básicas que, em seguida, os criminosos vendem à população. (Estadão)
Gritando por desespero
“Parte de quem aplaudiu não está vibrando por ideologia, está gritando por desespero. Foi uma chacina, sim. Mas, se queremos mudar o resultado, precisa entender por que tanta gente enxerga naquele tipo de barbárie um alívio momentâneo”. (Mariliz Pereira Jorge-Meio)
Universidade indígena
Em visita à Aldeia Vista Alegre de Capixauã, no Pará, o presidente Lula prometeu criar uma universidade indígena com sede em Brasília. Em tom de brincadeira, Lula disse que vai criar o programa “minha oca, minha vida”. Focado na pauta ambiental, o presidente está visitando comunidades na Amazônia nos dias que antecedem a Cúpula de Líderes e a COP30. No sábado, Lula inaugurou a ampliação no porto e no aeroporto de Belém, e disse que muitas pessoas foram contra a escolha da cidade para sediar a COP30, mas agora estava entregando a infraestrutura necessária. (UOL)
Vacinação
O número de bebês e crianças menores de cinco anos que morreram por doenças evitáveis pela vacinação teve um novo salto no Brasil em 2024, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Ministério da Saúde. No ano passado foram 48 óbitos classificados nessa categoria, um crescimento pelo terceiro ano consecutivo. Em comparação a 2021, quando foram registradas 15 mortes nessa mesma faixa etária, houve uma alta de 220% — o que coincide com um período de queda das coberturas vacinais. Houve uma recente recuperação desses índices, mas ainda abaixo das metas. Detalhe: em 2020 e 2021, por causa do uso de máscaras e isolamento social, todas as doenças de transmissão respiratória registraram queda de casos e mortes. A principal responsável pelas mortes infantis foi a coqueluche, doença que não matava crianças desde 2021, e que pode ser prevenida com a vacinação. As demais doenças também possuem vacinas gratuitas disponibilizadas nos postos de saúde do Brasil. Aqui o calendário completo do SUS. (UOL)
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio
Informações para a coluna: rk@ademocracia.com.br



                                    