A última pesquisa Datafolha revelou um cenário preocupante para a Prefeitura de São Paulo: o coach Pablo Farçal (PRTB), cuja ficha policial é tenebrosa, bem como de membros de seu partido, ganhou força expressiva e empatou na liderança com o deputado Guilherme Boulos (PSOL), com 24%, e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 19%.
O delinquente Farçal, que saltou de 14% para 21% nas intenções de voto, representa uma extrema direita populista e demagógica, que, se consolidada no segundo turno, poderia resultar em um desastre para a cidade e o país.
Diante desse panorama, o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que caiu de 14% para 10%, e a deputada Tabata Amaral (PSB), com 8%, emergem como figuras cruciais para a manutenção da democracia. A ascensão de Farçal reflete uma tendência que vimos crescer globalmente, em que influenciadores digitais e figuras carismáticas e truculentas ganham espaço na política, com consequências catastróficas.
Na França, a extrema-direita foi derrotada porque houve o “processo das desistências”, como definiu a cientista política francesa Florence Poznanski. Para evitar que o partido Reunião Nacional, da fascista Marine Le Pen, ocupasse mais cadeiras no parlamento, mais de 200 candidatos de centro e de esquerda se retiraram da disputa para concentrar os votos nos bem colocados.
Assim, em distritos eleitorais onde havia três candidatos, ficaram apenas dois. Os eleitores contrários ao fascismo concentraram seus votos em uma única opção. “Foi inclusive por isso que a coligação de Macron teve um resultado muito melhor do que no primeiro turno. Porque a esquerda desistiu em vários distritos”, diz Florence.
Se Farçal chegar ao segundo turno, a eleição se transformará em um embate entre a racionalidade e o extremismo, entre a manutenção da política versus uma agenda ultraconservadora, retrógrada e bandida.
Tabata Amaral não tem chance diante desse quadro. Guilherme Boulos, por outro lado, tem se consolidado como uma liderança capaz de unir diversas forças progressistas em torno de um projeto comum para São Paulo.
Seu compromisso com a justiça social, a moradia digna e os direitos humanos o torna a escolha natural para enfrentar os desafios que a cidade enfrenta. Ao apoiar Boulos, Tabata pode não apenas ajudar a evitar um segundo turno desastroso, mas também garantir que a civilização prevaleça — além de ajudar sua própria sobrevivência política.
Eu deixo o povo se fera opção e responsabilidade é de quem votar