Pelo 25º ano seguido, PT lidera a lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso

São 16 deputados e deputadas e 5 senadores petistas. Os “Cabeças” do Congresso Nacional são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de suas qualidades e habilidades no dia a dia do Parlamento. Os líderes do PT na Câmara, Odair Cunha, do governo, deputado José Guimarães e a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann estão entre mais influentes.

Mais uma vez o Partido dos Trabalhadores na Câmara e no Senado lidera a lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional em 2024. São 16 deputados e deputadas e 5 senadores petistas. A constatação é do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que há 31 anos faz o levantamento dos parlamentares que se diferenciam dos demais e protagonizam o processo legislativo. Os líderes do PT na Câmara, deputado Odair Cunha (MG), do governo, deputado José Guimarães (CE) e a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) estão entre mais influentes.

Os senadores Beto Faro (PA), líder do PT no Senado, e Jaques Wagner (BA), líder do governo, além do senador Randolfe Rodrigues (AP- sem partido), líder do governo no Congresso, também estão na elite do Legislativo, segundo a pesquisa do Diap, divulgada nesta sexta-feira (28/6).

Também fazem parte dos mais influentes do Parlamento os (as) deputados (as) petistas, por ordem alfabética: Alencar Santana (SP), Arlindo Chinaglia (SP), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP)Erika Kokay (DF), Lindbergh Farias (RJ), Maria do Rosário (RS), Reginaldo Lopes (MG), Rogério Correia (MG), Rubens Pereira Jr. (MA), Rui Falcão (SP)Zé Neto (BA) e Zeca Dirceu (PR).

E pelo Senado,  estão entre os protagonistas os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Paim (RS) – o único que participou de todas as 31 edições da publicação, tanto quando foi deputado quanto senador – e Rogério Carvalho (SE).

Cabeças dos Congresso

Na avaliação do Diap, os “Cabeças” do Congresso Nacional são aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de suas qualidades e habilidades no dia a dia do Parlamento. Entre esses atributos destacam-se a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, além de articular e formular propostas.

Entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso Nacional em 2024, 69 são deputados e 31 senadores. Desses, 24% são novos em relação aos “Cabeças” de 2023. Dos 24 novos, 17 são deputados e 7 senadores.

Parlamentares do PT protagonizam o processo legislativo – Foto: Gabriel Paiva

Ranking  

No ranking do Diap, o PT, partido do chefe do Poder Executivo federal, possui a maior representação entre os “Cabeças” do Congresso Nacional 2024, mesmo sendo a 2ª maior bancada na Câmara dos Deputados. “O partido sempre exerceu muita influência na agenda legislativa, mesmo quando estava na oposição”, observa o Diap, na sua publicação. Nesta edição, conta com 21dos 100 “Cabeças” – 16 deputados e deputadas e 5 senadores.

O PL, na oposição a partir de 2023, mesmo sendo a maior bancada no Congresso Nacional, ocupa a 2ª posição entre os parlamentares mais influentes, com 12 representantes: 7 deputados – menos da metade do PT, e 5 senadores.

O PSD ficou com a terceira posição, com 5 deputados e 6 senadores, em seguida vem: PP com 5 deputados e 3 senadores; União Brasil com 4 deputados e 3 senadores; MDB com 3 deputados e 4 senadores; PSB, com 3 deputados e 1 senador, PCdoB com 4 deputados; Republicanos com 3 e 1 senador; PSol com 4 deputados; Podemos com 3 deputados e 1 senador; PDT com 3 deputados e 1 senador; Solidariedade com 3 deputados e PSDB com 2 deputados.

Já os partidos Rede, Cidadania, Novo e PV estão na lista com um deputado cada. E dos 20 partidos, apenas dois, (Avante e PRD) não possuem representantes na elite parlamentar.

Mulheres

O PT, com 4 deputadas, Benedita da Silva, Erika Kokay, Gleisi Hoffmann e Maria do Rosário também lidera a lista da presença feminina na “elite do Parlamento. Segundo o Diap, a participação de deputadas e senadoras dentre os “Cabeças” do Congresso, em termos proporcionais, é pequena em relação ao total de mulheres no Legislativo federal. Das 90 deputadas federais e 15 senadoras da 57ª Legislatura, apenas 16 são mulheres – 12 deputadas e 4 senadoras – que integram o seleto grupo dos “Cabeças” do Congresso Nacional 2024.

As 12 deputadas federais na “elite” do Parlamento representam 13,33% da bancada feminina da Câmara dos Deputados. E, as 4 senadoras “Cabeças” 2024, representam pouco mais de 26,66% da bancada feminina do Senado Federal. Considerando a composição da Câmara dos Deputados, as 12 deputadas federais “Cabeças” do Congresso Nacional 2024 representam 2,34% da Casa. E, em relação à composição do Senado Federal, as 4 senadoras “Cabeças” do Congresso Nacional 2024 representam 4,94%.

Acrescentando-se neste seleto grupo as 12 parlamentares mulheres que estão em “ascensão” em 2024, a presença feminina seria de 28 mulheres. Pelo PT, estão em ascensão as deputadas Luizianne Lins (CE) e Natália Bonavides (RN).

Em “ascensão”

Além dos 100 “Cabeças”, desde a 7ª edição da série, o Diap divulga levantamento, que inclui mais 50 parlamentares. São os deputados e senadores, que na compreensão do Diap, estão em “ascensão”, e que, mesmo não fazendo parte do seleto grupo dos 100 mais influentes, têm recebido missões partidárias, podendo, mantida a trajetória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar.

Dos 50 parlamentares em ascensão, 10 são do PT: São eles (por ordem alfabética): deputado Airton Faleiro (PA); deputado Bohn Gass (RS); deputado Dr. Francisco (PI); deputado João Daniel (SE); deputada Luizianne Lins, deputada Natália Bonavides, deputado Paulo Guedes (MG); deputado Pedro Uczai (SC), deputado Tadeu Veneri (PR) e deputado Valmir Assunção (BA).

Licenciados

A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estão (estavam) no efetivo exercício do mandato no período de avaliação, que considera o desempenho parlamentar desde a posse, especialmente o 1º trimestre de 2024.

Pelo PT estão licenciados porque ocupam cargo de ministro de Estado os deputados Alexandre Padilha (SP), Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) e os senadores Wellington Dias (PI) e Camilo Santana (CE).  O deputado Afonso Florence (BA) também se licenciou para assumir o cargo de secretário de Estado no governo Jerônimo Rodrigues.

Confira o resumo do estudo do Diap:

https://www.diap.org.br/images/stories/cabecas_2024_resumo_imprensa_diap.pdf

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