sábado, setembro 6, 2025
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Rússia afirma que acordo entre EUA e UE pode levar à desindustrialização europeia

Washington e Bruxelas chegaram a um acordo para diminuir as tarifas das exportações europeias

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, criticou, na última segunda-feira (28), o acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE). De acordo com ele, a Europa está ameaçada pelo aumento dos preços da energia e pela saída de investimentos para a indústria e a agricultura.

O chanceler russo alertou que o custo do fornecimento de energia dos EUA será significativamente maior do que o dos recursos russos, gerando consequências graves para a produção europeia.

“É evidente que tal abordagem levará a uma maior desindustrialização da Europa e à saída de investimentos da Europa para os Estados Unidos. Isso será um golpe muito forte, em primeiro lugar, para os preços da energia e para a saída de investimentos, para a indústria e a agricultura europeias”, afirmou Lavrov.

Anteriormente, os EUA e a UE anunciaram um acordo comercial para diminuir de 30% para 15% as tarifas da maioria das exportações europeias para os EUA. Além disso, os europeus concordaram em comprar recursos energéticos dos americanos por US$ 750 bilhões e investir outros US$ 600 bilhões em sua economia.

De acordo com a declaração de Donald Trump, Bruxelas também comprará uma “quantidade massiva” de equipamentos militares de Washington. Ao mesmo tempo, a Europa abrirá seus mercados às exportações americanas com alíquota zero.

Ao comentar as declarações dos líderes de vários países europeus sobre a necessidade de um cessar-fogo imediato na Ucrânia, Lavrov observou que, dessa forma, a Europa quer ganhar tempo para incrementar o envio de armas à Ucrânia.

“Essas pessoas agora nos pedem, exigem que cessemos fogo imediatamente e deixemos tudo como está, para que possam novamente obter um alívio para seus clientes em Kiev e continuar a fortalecê-los”, disse Lavrov.

Quem também se manifestou sobre o novo arranjo comercial entre UE e EUA foi o ex-presidente e atual vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev. Segundo ele, o acordo comercial EUA-UE possui um caráter “antirrusso por natureza” devido à recusa dos europeus em aceitar o fornecimento de combustível russo.

“Devemos admitir que, apesar de sua extrema inconsistência em declarações e ações, ele é muito consistente em uma coisa: Trump está pressionando duramente os interesses econômicos de seu país”, escreveu Medvedev em seu canal do Telegram.

As movimentações dos EUA acontecem em meio à recente declaração de Donald Trump de que poderia reduzir o prazo para aplicação de “tarifas secundárias” de 100% à Rússia e seus parceiros comerciais, caso não houvesse avanço nas tratativas de paz com a Ucrânia em 50 dias. Nesta terça-feira (29), o presidente estadunidense decretou o início do prazo de 10 dias .

Brasil de Fato

MEMORIAL DE DEFESA DE TESE – CONCURSO DE TITULARIDADE EDUCAÇÃO PARA ALÉM DA EXCEÇÃO

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(Vinício Carrilho Martinez – 30/07/2025)
(https://www.youtube.com/live/LTTzeX_TfWw)

Dedico esse momento, esse trabalho que vem concluindo
minha paixão pela academia, ao meu irmão, Wagner, por
sempre ter sido meu maior amigo. Onde estiver, tem meu
coração.

Filho de Ogum, filho de Saturnino e Dalva, não poderia faltar
energia e perseverança. Aos meus pais, onde estiverem.

À Fátima, do amor que vai e volta, e que sempre fica.

E que este trabalho seja claro como um espanhol, firme no
calor do meio dia, com veredas e enlaces, mas sem que reste
uma única sombra de dúvidas do que almejei.

Dedico esse texto final a todas e todos que fizeram e fazem
parte do meu crescimento nas certezas aqui defendidas.

Boa tarde a nós aqui presentes. Que sejam momentos de grande aproveitamento e
aprendizagem. Aliás, devo dizer que minha ansiedade, anterior a este momento, é ainda
mais respeitosa pela pronta aceitação de vocês para uma melhore, apreciação deste
trabalho a ser agora avaliado.
Neste breve início gostaria de ressaltar a grandeza que emprestam à minha sessão
pública de defesa do concurso para a titularidade. O conhecimento que vocês sempre
propuseram, podem apostar, está contido nesta tese.
Assim, agradeço, nominalmente, aos professores:

● José Carlos Rothen (presidente da banca)
● Ingo Wolfgang Sarlet
● Marco Antonio Domingues Teixeira
● Abili Lázaro Castro de Lima
● Sebastião Pinto

Lembrando que esta tese é em Educação, e não propriamente em Direito, mMinha
tarefa á é apresentar e resumir a tese proposta, de uma plauossível Educação para além
da exceção – como contribuição à melhor edificação da dignidade humana, em garantia e
aprofundamento da consagração dos direitos humanos fundamentais, com destaque ao
direito à Educação, e em conformidade aos melhores e maiores ideários que provém da
emancipação humana. Que assim seja…
No entanto, podemos dizer que 2025 tem sido um dos anos de maior desafio para
a superação ou, ao menos, oposição aos fatos, efeitos e consequências do que
denominamos de exceção ou “normalização da exceção” – na prática, equivale a dizer
que a exceção se consubstancia como regra, na base conceitual, cultural, epistemológica
do senso comum.
Os conflitos ressaltados na tese ainda se manifestam ou até mesmo se
agudizaram:, a aceitação com normalidade da exceção se vê quase como senso comum
– no pior sentido, sem que se destaque nenhum Bom Senso.
Nesse contexto, aA tese objetiva apontar elementos de uma Educação para além
da exceção e, neste sentido, destaca-se uma Educação anticapitalista (antirracista), em
que não se promova o sionismo de Estado e muito menos o antissemitismo, bem como se
avolume uma educação democrática, apontada para a autonomia e a emancipação, pois,
afinal, trata-se de uma Luta pelo direito – especialmente se observarmos a Constituição
Federal de 1988 e os equipamentos trazidos como aprofundamento do discrímen (aqui,
apresentado como sinônimo de “excepcionalidade” e, portanto, antítese da exceção) –
porquee, como sabemos, toda luta política ocorre em meio à luta de classes.
Portanto, a antítese desta tese tanto é a sociedade envolta em mecanismos de
exceção e de exclusão, tanto quanto será o discrímen – uma vez que, sempre que este
for acionado, será em resposta a alguma injustiça, iniquidade, abuso de poder ou desídia.

É certo que o discrímen combate resultados da exceção, mas seu uso nos indica que a
exceção (a exclusão da injustiça social) se prefigurou como regra e, assim, embora seja o
equipamento político-jurídico disponível (como políticas públicas ou Políticas de Estado),
seu acionamento já nos esclarece sobre a ação da desigualdade e a negação da
equidade. Com este objetivo maior foi que organizamos a tese em oito capítulos – os
apêndices ou reforçam o argumento ou atualizam um ou outro aspecto. Os capítulos são
os seguintes:
1. Capítulo 1 – Educação Para Além dDo Capital
2. Capítulo 2 – Sociologia Política da Educação
3. Capítulo 3 – Consciência é a Consciência da Consciência Política
4. Capítulo 4 – Educação Para Além dDa Exceção – Técnicas dDe Estado
(exceptio e dominus)
5. Capítulo 5 – Mutações Estatais E e SistêmicaaSistêmicas
6. Capítulo 6 – A Excepcionalidade como Normalidade. Do Homo Sacer ao
Homem Médio
7. Capítulo 7 – Estado de Exceção no Século XXI
8. Capítulo 8 – O Qque Fazer

No quadro geral, podemos inferir que, conceitualmente, o objeto da Educação para
além da exceção é a “normalização da exceção” – sendo que esta se define pela
interiorização por meio dae aceitação acrítica das formas mais sutis ou mais agressivas
dos meios e mecanismos de exceção – exclusão. Basicamente, utilizamos a dedução e a
intuição, no que entendemos ser a revisitação ao objeto, às produções anteriores, mas
com avaliação crítica e liberdade criativa a fim de reposicionarmos alguns dos principais
elementos no atual contexto de 2025. Dessa forma, Aa fim de visualizarmos em maior
profundidade este objeto, confeccionamos enlaces entre os capítulos anunciados, como
veremos.
No capítulo um recuperamos um clássico contemporâneo, que é a Educação para
além do capital, de Mészáros. Não se trata, evidentemente, de apontar toda a crítica ao
capital – nem é nosso propósito na tese – mas, sim, de trazer ao debate pelo menos um
ponto que julgamos essencial: entender que a injustiça social, a desigualdade, a opressão
de classe, são a matriz da regra capitalista e não sua exceção.

Daí o emprego do discrímen, não como solução, porém, enquanto remédio jurídico
e social.
A “Lei do mais forte” imposta no mundo do trabalho, com estofo no Princípio da
Hierarquia, não é um princípio do coronelismo, insumo do assédio laboral ou qualquer
desvio moral, porquanto traz como disciplina os regulamentos da produção capitalista:
mesmo a melhor empresa do mundo para se trabalhar, a mais organizada, sem desvios
de conduta, ainda terá a vigência da “Lei do mais forte” – qual seja, a exploração da força
de trabalho, a obtenção de mais-valia – seja por meio dno trabalho vivo (intelectual), seja
na exploração do trabalho morto (aportado nos serviços, produtos e mercadorias).
Dessa forma, a “Lei do mais forte” não é, em si, uma exceção capitalista – é o seu
cerne. O que implica em dizer que, a fim de se manter enquanto regra mandante do
capital, a “Lei do mais forte” faz uso recorrente de meios e mecanismos de exceção, como
vemos na imposição de leis injustas, nos golpes efetivados, na imposição de
excrescências políticas, econômicas, jurídicas, na “naturalização do negacionismo” ou da
abstenção complacente diante do próprio cenário de injustiça que se alimenta da principal
regra capitalista. O direito à propriedade é a regra de um direito formal na sociedade
capitalista, mas seu uso e gozo, efetivamente, são a exceção para os descapitalizados.
Assim, vemos que o capital se impõe por meio de uma regra, todavia, faz isso –
faticamente – por meio de uma ação excludente a todos os indivíduos que são alijados do
mesmo direito de ter e de possuir. E assim temos que a regra do capital é o melhor
exemplo da principal condicionante da exceção – que é a exclusão. Portanto, ainda que
conceitualmente, a Educação anticapitalista se impõe porque atuaria no combate ao miolo
da exceção: (a exclusão dos descapitalizados, sob na vigência da ordem excludente dnda
sociedade capitalista).
O queIsto justificaria, conceitualmente, o primeiro capítulo, decom o prisma de um
objetivo mais amplo – e que é a Educação para além da exceção (vale dizer, para além
da exclusão social, funcional, econômica, política, institucional). Posto que, na prática, a
“Lei do mais forte” (do princípio que hierarquiza o capital) é afirmada como regra,
enquanto tipifica a exclusão social, econômica, política, institucional e assim se institui na
forma de exceção para os despossuídos, expropriados, explorados, porque não a
alcançam em usufruto.

No capítulo dois, ainda que sob um grande desafio ou otimismo exagerado em
pensarmos na proposição de uma Sociologia política da educação, listamos correlações
que essa propostaição mantém com o objeto da pesquisa exposto na tese , que é (o
combate à “normalização da exceção”), e o seu entranhamento no senso comum,
impedindo qualquer desenlace que viesse a se posicionar mais no caminho do Bom
Senso – ou do senso crítico, como baluarte da perspectiva de transformação e mudança
da realidade que nos infere o seguimento da regra de exceção, afirmando-se em
exclusão.
Luta-se aqui, mais precisamente, a fim de que a prescrição social, institucional, das
injustiças, desigualdades, iniquidades, seja ela mesma proscrita, banida, da realidade
social brasileira. Se a regra imposta pela “Lei do mais forte” é a prescrição de que a
imensa maioria seja alijada, excluída, das possibilidades de afirmação na sociedade
capitalista, cabe a quem milita como profissional da educação não apenas seu anúncio ou
denúncia; contudo, traz isso a obrigação de se posicionar de forma consciente., Oou seja,
sob esse olhar, a Educação para além da exceção deve ser propositiva e conjugar uma
outra tese, emancipadora que venha a fortalecercombater a antítese do status quo –
estea que se pronuncia pela “Lei do mais forte”.
Para nós, toda tese em direitos humanos é uma antítese, mormente se
observarmos a realidade negadora dos mesmos direitos humanos fundamentais. Também
não é o objetivo deste trabalho, entretanto, não seria exagero afirmar que os capítulos
dois, três e quatro se alinham ao que denominamos de Direito à consciência, na linhagem
de direito fundamental em que se acoplam a cultura, a educação, o Processo Civilizatório
(tal como está presente no artigo 215 da Constituição Federal de 1988). E, é claro, atuaria
como marco de um conjunto de civilidade, inclusão, participação com vistas à
emancipação da cidadã e do cidadão.
O que nos cabe no propósito de uma Educação para além da exceção – que
combata o racismo recalcitrante, normalizado, espraiado, bem como toda forma de crime
contra as mulheres, a homofobia – é pensar numa articulação societal (sistêmica: política,
institucional, educacional, cultural, social, econômica) reflexiva e ativa (como práxis),
dirigida como “proscrição da prescrição” que avilte a dignidade humana, os princípios
humanistas, os direitos fundamentais.

A consciência sobre nós, cada um de si, de seu entorno, sobre o que está mais
longe, mas que nos alcança, é um fundamento não só da vida social (Interação Social),
uma vez que condiciona nossas próprias condições de existência, de ação, requisição de
mais condições de vida, expectativas, propósitos, progressões, prosperidade. É dessa
consciência acerca da dignidade humana não adstrita aos limites unitários que também
trata a consciência ambiental, e ter ou não essa perspectiva é indicativo da consciência
política.

No capítulo três recuperamos uma assertiva inaugural de Paulo Freire (), que é a
obrigatoriedade da “consciência (política) que sabe da urgência em ser consciente de sua
própria consciência” sob pena de se instituir, aprimorar ou prolongar o negacionismo ou o
sectarismo: ele próprio fora foi vítima após a publicação de Pedagogia do Oprimido. Essa
matriz conceitual é genuinamente de Paulo Freire, com fundamento filosófico.
De nossa parte, procuramos acrescentar contribuições de Gramsci, especialmente
as de cunho sociológicoprocuramos os acréscimos de Gramsci e mais propriamente
sociológicos. É neste curso, neste momento em especial, que não se separa
conhecimento e política (não resumida ao partidarismo, porém, claramente direcionada ao
zoom politikón), em que novamente se apresenta a inevitável junção entre o “saber-fazer”
e o “fazer-se política”, pois isso é revelador da condição humana, emancipadora.
Há autonomia sem emancipação (de quem troca de celular como se troca de
roupa), contudo, a emancipação cobra um preço muito maior de cada um de nós: apesar
do juiz poder antecipá-la, a emancipação será uma condicionante coletiva, como esforço
propriamente hercúleo que exige o preço da “proscrição da prescrição” (a delimitação
social sem emancipação) – e quem não tem autonomia econômica, por óbvio, não
encontra as melhores diretrizes para fixar os campos possíveis de sua emancipação.
Isso também é Educação política e nos inclina a observar muito atentamente,
seriamente, a condição do povo pobre, negro, oprimido, dos idosos, das mulheres, dos
jovens em busca de qualificação a fim de entrarem no mundo do trabalho. E está aqui
também a possibilidade/necessidade de realinharmos a “expectativa do direito”, o
conhecimento, a técnica, a ética, a política, a socialidade, o mundo do trabalho.

No capítulo quatro trouxemos o que poderia ser considerado o miolo da tese e a
retomada ou fixação de seu objeto, que é precisamente a Educação para além da
exceção, especialmente no sentido de que uma das principais tarefas dos profissionais da
educação estaria no enlace entre a denúncia (a antítese trazida pela exceção) e a
proposição crítica – ou, em outras palavras, entre a reflexão e a ação: (a práxis
transformadora do senso comum em senso crítico).
Trata-se de repor a Educação para além da exceção porquanto não é só denúncia,
entretanto, conscientemente, como ainda se propõe umaonha ação diretiva em contraste
e em confronto às formas de sujeição, subjugação, subordinação na miserabilidade.
Trata-se de recompor a Educação para além da exceção na forma de reflexão e ação
passível de transformação e de afirmação de regras propriamente garantidoras da
condição humana, afirmativas de nossa capacidade ética e técnica e que até hoje nos
garantiram perpassar pelo processo dea hominização.
Isso está em jogo não apenas em face de uma inteligência artificial descontrolada,
sem formulação ética e humana, afinal, se prosperam ideologias extremistas, sectárias,
propriamente fascistas (em lembrança aos piores momentos da Segunda Guerra
Mundial), profundamente desumanas, e com crescente apoio popular – as democracias
diminuem assustadoramente, ao passo que regimes autoritários e totalitários aumentam
–, nos parece ser uma obrigação humana interpor uma reflexão que nos leve para além
da “normalização da exceção”.
É óbvio que, sendo antirracista, por derivação lógica, deverá ser uma reflexão
distante do sionismo de Estado, tanto quanto deve denunciar er agir contra o
antissemitismo.

No capítulo cinco temos uma clara interposição do primeiro capítulo, pois o
Estado rentista com suas contradições, notadamente com o aprofundamento da
insegurança jurídica no mundo trabalho – pejotização, uberização, terceirização –, pondo-
se com quase pretensão de regularidade e normalização, efetivamente essa forma-
Estado atuam para a “normalização da exceção”, que, lembrando aqui, nada mais é do
que tornar parte integrante do senso comum a transformação da exceção em regra.
Este é um dos mais complexos capítulos da tese, efetivamente porque procuramos
diagnosticar o rentismo na soleira da democracia, bem como uma revisitação de alguns

traços de Marx, sobretudo ao criticar o Estado Moderno do século XIX. Algo de lá para cá
pode/deve ser visto, mas há muito que ser revisto – afinal, os tempos passaram até
mesmo para o conceito. E nossa obrigação ao propormos a construção do conhecimento
é observar minimamente este andamento.
O Estado em rede não é a tese, no entanto, a ideia de rede também alinhouava
nosso método de aproximar a intuição do objeto móvel da exceção em suas aparições
neste século XXI. Não apenas as tarifas destravadas pelos EUA misturaram, trouxeram
confusões gigantescas no cenário internacional – com abalos, talvez, irreversíveis ao
chamado Capitalismo Gglobalizado – como, no Brasil (um meio de atacarem o BRICs) –,
a soberania nacional pôs-se à prova.
Dentro e fora do país, como ricocheteio do 8 de janeiro de 2023, as ameaças à
soberania são graves, em afronta ao povo, ao país, à Nação (o Estado-Nação, clássico na
Teoria Geral do Estado), à Constituição Federal de 1988.
Se vivemos entre passado e presente, com a sobeja imposição do que apelidamos
de Pensamento escravista (racismo + trabalho análogo à escravidão), agora o futuro outra
vez bate à porta – e nosagora, cabe perguntar: será um futuro sem soberania, de afronta
às instituições, aos poderes constituídos, à democracia, à República nacional, ao Estado
de Direito?
Afinal, estão em jogo a própria divisão e segurança dos poderes, os direitos
fundamentais, o Império da Lei Cconstitucional. Portanto, mediante a infeliz adesão
popular a todas essas formas de desconstituição de regularidade, previsibilidade,
normalidade de nossas instituições democráticas e republicanas, sempre, nos parece,
será bem posta uma Educação para além da exceção.
Temos que conviver entre passado e futuro (prometido, mas não garantido), num
canto do imaginárioestágio em que a norma democrática é uma excepcionalidade, e, na
outra ponta, ocorre uma luta política pelos direitos fundamentais que, teimam em não se
fixarempondo como regra. Temos garantias constitucionais à democracia (no Código
Penal também), entretanto, a cultura política ainda nos exige muito mais, pois, entre o
rentismo e a democracia, ainda vigora o salve-se quem puder. Predomina o chamado
(cCapitalismo de dados: substituindo-se o famoso acrônimo de Marx – a regra D/M/D’ foi
inerente ao industrialismo – por um simples enriquecimento sem produção: hoje

resumindo-se em – D/D’, – dinheiro que gera dinheiro, mas sem nenhuma produção) e a
democracia, ainda vigora o salve-se quem puder.
Entretanto, mudar a consciência acerca dessa submissão às exceções também é
parte de nossa proposição.

No capítulo seis, a mixagem entre o Hhomem médio em sua vida comum e aquela
figura jurídica romana desconstituinte de qualquer possibilidade de dignidade humana –
que era o Hhomo sacer –, nos coloca a realidade deste século XXI, uma vez que o “servo
voluntário” (todos nós que alimentamos as redes sociais ou, mais precisamente, redes
antissociais) é o mote, a válvula de regulagem e vantagem do capitalismo de dados, tanto
quanto é a linha mestra do rentismo improdutivo.
Vemos, a partir deste exemplo (e que, se pode dizer, nos acompanha pelo celular)
que a exceção não se reduz ao aparelhamento estatal, uma vez que encontra resultados
em todas as dimensões da vida moderna. A diferença é a percepção que temos (ou não)
do quanto somos subjugados pela tecnologia seletiva e excludente interposta nodo dia a
dia.
Nós aqui, certamente, temos a clareza total acerca da “consciência que é a
consciência da consciência”, mas, quantos de nossos alunos e alunas têm esta vantagem
intelectual como premissa? Nosso esforço, na tese, também se inclina a esta forma de
divulgação, popularização de mecanismos (poucas vezes) sutis em que se mantém e
retroalimenta a “naturalização da exceção”.
Trazer ou levar este formato de consciência política (por definição) é já se colocar
em favor de uma Educação política e, com isto, fazer avançar as excepcionalidades (o
avesso das exceções). Mas, agora, como regra e não aquela excepcionalidade
(discrímen)ção que se aciona apenas em casos graves de exclusão ou de violação dose
direitos fundamentais.

No capítulo sete temos a figura político-jurídica, institucional do próprio Estado de
exceção – que não é o objeto desta tese, por mais que tenha sido como já fora no
passado –, alçado aqui em destaque comno capítulo porque se tornou praticamente uma
“moda política pós-moderna” e, com isto, queremos dizer que a moda virou modelagem
política e institucional, sem distinção de fronteiras ou de soberanias.

Aliás, o nosso citado exemplo do citado 8 de janeiro de 2023 é uma recordação em
curso de julgamento final no Supremo Tribunal Federal (STF).
Como anunciamos desde o início desta apresentação, o apego praticamente
irresistível à exceção, a interior e extrema normalização, que nos conduz a uma
verdadeira moda política pós-moderna impositiva de regimes de exceção, avança em
todos os quadrantes do planeta: da Argentina a El Salvador, do Equador à Israel e à Síria
(ou Afeganistão). Isto é, o Estado de Exceção nunca foi tão atual. Todavia, ao contrário do
que professou Agamben, acusando o blackout da pandemia de 2018, o Estado de
exceção é um vigor político, e não se reduz por óbvio a qualquer teoria da conspiração.
A realidade está aí, e a própria participação política não está na fase de melhor
encantamento popular. Em ironia, ou não, o “desencantamento do mundo” (de Weber)
parece ter-se virado contra seu objetivo: o desencantamento do mundo não trouxe
racionalidade, as adorações a mitos, religiosidades negacionistas, seitas, crescem na
velocidade das redes antissociais, tanto quanto a dominação racional-legal chegou aos
estertores da “normalização da exceção”. A dominação legal – esta que deveria ter-se
afirmado como dominação racional-democrática, no entanto, se vê envolta por formas
avançadas de algum tipo de dominus: o looping da exceção é uma clara demonstração
desse uso continuado do dominus, em oposição à própria racionalidade democrática.
As mutações das previsibilidades dos séculos XIX e XX trouxeram um implacável
recrudescimento da forma política do Estado de exceção, que só progride, logicamente,
em razão da “normalização da exceção”. Basta-nos olhar quantos países na África estão
enfurnados em golpes, contragolpes, quarteladas, Estados de Sítio e outras formas de
exceção. Com este recorte passaremos ao último capítulo do trabalho.

No capítulo oito tivemos a intenção de nos reposicionar não apenas quanto ao
objeto, mas, sobretudo, com dizeres que nos remetessem ao “que fazer”, àa possível
Utopia que poderia/deveria guiar a prática política e educativa – a práxis que deveria nos
fazer pensar, continuamente, conscientemente, na junção entre o homo faber e o homo
sapiens – esse contínuo saber-fazer que, por seu turno, irremediavelmente nos obriga a
repensar a lógica impositiva de Paulo Freire, quando nos ensina que “consciência é a
consciência da consciência”.

Neste propósito final recuperamos a Educação pública, seja sob a forma do Direito
a ter direitos seja enquanto luta política pela salvaguarda e avanço do direito à educação
– sob a fórmula da qualidade, inclusão e, explicitamente, emancipação. Como vimos,
enquanto não apontamos para a emancipação, nada de fato será constituído em prol de
uma Educação para além da exceção.
E este último capítulo tem isso como principal objetivo, trazer uma reflexão em
torno da segurança, garantia, fruição, expansão, da educação que nos enleveexpanda
para além dos horizontes massacrantes do cotidiano (do Homem médio em sua vida
comum) e nos faça melhores anunciadores e comunicadores de uma Utopia possível:
aquela que refaça a união entre técnica e ética, conhecimento e política, em que não
prosperem apenas as injustiças, mas sim a isonomia e a equidade.
Ao final das contas, esse conjunto de perspectivas, proposições, reflexões e ações,
havidas desde (ao menos) o mestrado em educação concluído em 19963 (na
UNESP/Marília), tem sido nosso guia na vida pessoal e pública, no trabalho e na
produção acadêmica.
Os trabalhos acadêmicos e também de popularização do conhecimento científico
(das Ciências Sociais), anteriores a este momento de defesa pública do concurso de
titularidade, foram eivados da mesma intenção: acusar o Estado de exceção e sua
“normalização da exceção” nos escaninhos do poder ou no cotidiano da cidadania
comum, sempre mitigada pelo anúncio do retorno do Homo sacer: aquele, aquela, a quem
a emancipação é sempre negada, posto que a regressão da “normalização da exceção”, a
par dos mais eloquentes momentos históricos, ainda é uma promessa.
E, pPor fim, cabe-me destacar que a Educação para além da exceção tem este
propósito maior: tornar eloquente também a luta contra as formas de exceção que aviltam
sobremaneira o ideário da emancipação.
E se ainda pudesse destacar um resumo do resumo, como conclusão conceitual,
diria que:
É fato que a consciência é a consciência da consciência, porém, só será um vetor
de hominização quando, na forma plena de consciência política, conduzir à proscrição de
toda forma de prescrição desumanizadora. Esse é o maior objetivo de uma Educação
para além da exceção, atuar em virtude de uma reflexão aprimorada de todos os meios

inclusivos e emancipatórios, ao mesmo tempo em que esses meios, recursos, também
sejam dissolutivos da negação da dignidade humana.
Mais uma vez gostaria de agradecer, com o convencimento da gratidão, a pronta
aceitação ao convite para participarem desta banca, neste que é oo momento derradeiro
na construção de minha vida acadêmica.
Espero que descontem os erros, unicamente atribuídos a mim, porque, apesar de
inúmeras leituras e revisões até profissionais, os erros pessoais nos acompanham.
Contudo, gostaria de frisar que o empenho foi o maiorelhor possível, fomos até
onde nosso alcance e energia permitirãopermitiram.
Por derradeiro, cComo última métrica, da prosa à poesia, concluiria assim, com
uma previsão pessoal::

PREVISÃO
Nem sempre somos previstos
– mas que não sejamos proscritos,
(da licença de almejar, educar e amar)

Que não sejamos prescritos,
– sem direitos, sem educar para almejar

Se nossa ciência é convicção
– que assim seja, com a consciência por mediação
– como intuição humana
– sem formas desumanas

Não somos frascos, lampejos
– não somos fracos,
– aqui não há recipiente
(esse meu lampejo, eu almejo)

Consciente em andar, construir
– um edifício há que se erguer

– só temos que prever

Quando me emancipo
– sem exceção,
– minha excepcionalidade quero afirmar
(ao me emancipar)

Não somos frascos, recipientes, fracos
– somos como nossa gente
– com a força que nunca é ausente

Esses são os nossos traços
– eficientes
– conscientes

Da luta viemos,
– à luta iremos

Isso é fundamento
– são direitos
(em andamento)

Não somos fracos
– somos gente

Espero ter contribuído com esta tese em Educação, pois, mesmo que empregasse
elementos da Teoria Política, do Direito, da nossa Constituição Federal de 1988, da
Sociologia e da Filosofia, ainda assim se propôs enquanto uma tese em Educação – mais
especificamente, uma Educação para além da exceção.
Mais uma vez muito obrigado.

Iuhhhhuu: Carla Zambelli é presa na Itália

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após ser localizada por autoridades italianas. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil. A notícia foi publicada inicialmente pelo portal G1, que destacou que a prisão ocorreu após a colaboração do deputado italiano Angelo Bonelli, responsável por informar à polícia o paradeiro da ex-parlamentar.

“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli em sua conta na rede X (antigo Twitter), na noite desta segunda-feira (28). Zambelli era considerada foragida desde que teve seu mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão. Ela é acusada de participar de uma organização criminosa digital responsável pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Condenação e fuga

A decisão do STF se deu no âmbito de investigações que apontaram a participação de Zambelli em um esquema de ataques cibernéticos ao Poder Judiciário. Após a condenação, a ex-deputada deixou o Brasil e passou a residir na Itália, país no qual possui cidadania.

Com a fuga, seu nome foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permite sua prisão em qualquer país signatário do tratado internacional. O Ministério da Justiça brasileiro já havia encaminhado às autoridades italianas o pedido formal de extradição, que agora deverá ser analisado pelo governo local.

Expectativa por extradição

A detenção de Zambelli reacende o debate sobre a cooperação internacional em matéria penal, especialmente diante do uso da cidadania italiana por investigados ou condenados que tentam escapar do sistema judicial brasileiro. A expectativa é de que o governo italiano se manifeste nos próximos dias sobre o andamento do pedido de extradição apresentado por Brasília.

A defesa da ex-parlamentar ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão. A operação contou com o apoio da Interpol e da polícia italiana, e as circunstâncias da detenção indicam que a articulação internacional pode acelerar o retorno de Zambelli ao Brasil para o cumprimento da pena.

Zambelli, que foi uma das aliadas mais próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro, vinha sendo investigada desde o fim de seu mandato, quando se intensificaram as denúncias contra sua atuação em redes de disseminação de ataques virtuais contra instituições democráticas.

A prisão marca mais um capítulo no cerco judicial a integrantes da extrema-direita envolvidos em práticas ilegais durante e após os mandatos parlamentares.

Do Brasil 247

Líderes deveriam seguir reação de Lula a Trump, diz Nobel de economia

Joseph Eugene Stiglitz, norte-americano vencedor do prêmio Nobel de Economia de 2001, redigiu um artigo no qual exalta a postura do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o tarifaço de 50% que o presidente dos EUA, Doland Trump, quer impor sobre produtos brasileiros. Stiglitz afirma que líderes políticos devem ter uma postura semelhante e não se intimidar diante de ameaças. O material foi publicado nessa segunda-feira (28/7), no site Project Syndicate.

“Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil optou por reafirmar seu compromisso com o Estado de Direito, mesmo com os Estados Unidos aparentemente renunciando à sua própria Constituição. Espera-se que outros líderes políticos demonstrem coragem semelhante diante da intimidação do país mais poderoso do mundo”, escreveu o economista.

No texto “A corajosa posição do Brasil contra Trump”, Stiglitz, que foi conselheiro no governo do ex-presidente americano Bill Clinton e economista chefe do Banco Mundial, explica a tese de como Trump feriu a democracia durante o passar dos anos e remete isso ao tarifaço de 50% imposto ao Brasil, o que, segundo ele, aconteceu devido ao processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por um suposto golpe de Estado.

Stiglitz afirma que o presidente norte-americano não pode impor sanções como instrumento de ameaça para que os países obedeçam suas ordens políticas. Ele alega que Trump ignora a Constituição dos EUA, que concede ao Congresso a autoridade exclusiva para impor taxas.

“Aqui estava Trump violando o Estado de Direito ao insistir que o Brasil, que aderiu a todas as etapas do devido processo legal ao processar Bolsonaro, fez o mesmo. Trump não poderia citar nenhuma lei que lhe desse sequer uma desculpa para suas ações inconstitucionais”, destacou o economista.

No que diz respeito ao pensamento ideológico de Trump, o professor universitário afirma que há demagogos ao redor do mundo dispostos a adotar fórmula de “atropelar as instituições democráticas e repudiar os valores que as sustentam”. Stiglitz faz alusão ao atentado dia 8 de janeiro e afirma que Bolsonaro tentou imitar o ataque ao Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro, quando trumpistas tentaram impedir a eleição de Biden.

Bolsonaro é réu na ação que apura suposta trama golpista contra a última eleição de Lula e está sob medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente é investigado por suspeita de colaborar com a atuação política de seu filho Eduardo nos Estados Unidos com o objetivo de impor sanções contra autoridades brasileiras.

O economista fecha o artigo alegando que Lula defendeu a soberania não apenas no âmbito comercial, mas também na regulamentação das plataformas tecnológicas controladas pelos EUA.

“Os oligarcas da tecnologia dos EUA usam seu dinheiro e influência em todo o mundo para tentar forçar os países a lhes darem carta branca para perseguir suas estratégias de maximização de lucro, o que inevitavelmente causa enormes prejuízos, inclusive servindo como um canal de desinformação e informação enganosa”, finaliza.

Do Metrópoles

Trump acelera relação Brasil-China

A política externa será reconfigurada a partir dos interesses concretos da soberania e da sobrevivência econômica

Por César Fonseca

Sob pressão do presidente Donald Trump, que impõe um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos a partir da próxima sexta-feira, o presidente Lula endurece o discurso: “o pobre tem que estar no orçamento e o rico no imposto de renda”. Lula sabe que os impactos da medida recairão sobre os mais vulneráveis — com desemprego, fome e miséria.

A ofensiva de Trump empurra o Brasil para a salvaguarda chinesa. O presidente Xi Jinping já se manifestou: a China está pronta para ajudar o Brasil e a América Latina diante da agressiva política tarifária norte-americana.

Mas quem vai consumir o excedente que não será mais exportado aos EUA se o pobre está fora do orçamento e o Estado, limitado pelo arcabouço fiscal neoliberal, não pode investir no social, pois deve garantir o superávit dos rentistas?

O tarifaço trumpista aprofunda a crise social imposta pelo modelo neoliberal — metas inflacionárias rígidas, câmbio flutuante, superávit primário — que restringe o crescimento da economia brasileira.

Trump, com sua agressividade, acaba fortalecendo a tese de Lula: gasto social não é despesa, é investimento. É preciso investir para gerar emprego, renda, consumo, produção e arrecadação. É assim que o capitalismo gira, acumulando capital de forma contínua.

Às vésperas da medida que alarma os mercados e agrava a tensão social, o governo terá que agir com rapidez para atender a uma demanda social crescente. A confusão, como diria Machado de Assis, é geral.

Nova geopolítica global

A China, assim, desponta como esperança concreta no horizonte. Aproveita a oportunidade aberta pela escalada imperial de Trump para intensificar sua aproximação com o Brasil, disposto a absorver parte do excedente que não será mais exportado aos EUA.

Desenha-se uma nova estratégia geopolítica para o desenvolvimento brasileiro: menos dependência da demanda americana e mais integração com a China — hoje, a economia mais robusta do planeta.

A urgência é imposta por Trump. O Brasil não vai se submeter passivamente ao bloqueio do novo imperador americano. Ao contrário: acelera o estreitamento das relações com Pequim e redesenha sua política externa.

Se o líder do Ocidente rompe laços econômicos com o Brasil por motivações políticas e imperialistas, o país se volta naturalmente para o Oriente. Lá está o maior mercado global, segundo o poder de paridade de compra, com capacidade real de desafiar a hegemonia do dólar.

O rumo oriental se impõe. A pressão do desemprego, da fome e da retração econômica — consequências diretas do tarifário trumpista — não deixam ao governo Lula outra alternativa.

Lula e Putin no mesmo barco

Diante do risco de acúmulo de excedente não exportável aos EUA, a classe produtiva brasileira pressionará o governo por soluções imediatas. Isso criará o ambiente para ações emergenciais fora do programa original, com foco na ampliação da parceria com a China e a Ásia.

Algo semelhante ocorreu com a Rússia. Após as sanções comerciais impostas pelos EUA e a OTAN na guerra da Ucrânia, Moscou redirecionou suas exportações para a China e outros países asiáticos, além de estreitar os laços diplomáticos com Pequim.

Putin, acuado pelas sanções e pelo confisco de reservas financeiras em bancos ocidentais, buscou a salvação no Oriente. E encontrou. A partir desse realinhamento, a Rússia passou a defender com vigor o fim da hegemonia do dólar e a adoção de moedas locais nas trocas comerciais dos BRICS.

Agora, Lula segue trilha semelhante. O tarifaço de Trump acelera o realinhamento brasileiro. A política externa será reconfigurada a partir dos interesses concretos da soberania e da sobrevivência econômica.

Grito de guerra

O tarifaço trumpista é, na prática, um grito de guerra dos EUA contra o Brasil — justamente contra um de seus principais fornecedores de bens manufaturados.

Ao mesmo tempo, Trump revela seu interesse por minerais estratégicos do subsolo brasileiro, sem os quais seu projeto de vanguarda tecnológica não se sustenta. Grita com força, mas expõe sua fraqueza: não tem as matérias-primas que o capitalismo de alta tecnologia exige.

O excedente não exportável funciona como um bloqueio comercial. Suas consequências: mais desemprego, maior crise social, instabilidade política. Para enfrentá-las, Lula responde com geopolítica — e aproximação da China.

César Fonseca é repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

Do Brasil 247

Trump quer neutralizar o B de Brics

O golpe tentado e frustrado em 8 de janeiro de 2023 ainda está em andamento. Agora, além dos “malucos” bolsonaristas, o golpe conta agora com um reforço de peso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Indignado com o crescimento do BRICS, Trump pegou carona com os golpistas brasileiros e vai tentar tirar Lula do poder, através de um impeachment ou coisa pior como um atentado. O objetivo é derrubar o governo Lula e eleger um presidente alinhado aos Estados Unidos que vai tirar a letra B do BRICS.

Trump uniu o útil com o desagradável. Juntou a ambição expansionista do governo dele com a vontade dos derrotados pelas urnas em 2022, voltar ao poder na marra, nem que para isso tenham que destruir a economia brasileira gerar desemprego e fome.

Neste momento, enviados oficiais estão em Washington, para “negociar” a taxação de Trump contra o agronegócio brasileiro, mas, sequer foram recebidos por autoridades competentes. Trump só negocia se “entregar” o prisioneiro Jair Bolsonaro, chefe de um grupo criminoso que tentou um golpe de estado, além de tentar assassinar o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT).

A revista britânica The Economist classificou, em matéria publicada nesta quinta-feira (24), como uma “chocante agressão” o pacote de sanções adotado pelos Estados Unidos contra o Brasil, sob a liderança do presidente Donald Trump. As medidas incluem a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras e a suspensão dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a publicação, trata-se de uma das ações mais intrusivas de Washington na América Latina desde o fim da Guerra Fria. “Raramente desde o fim da Guerra Fria os Estados Unidos interferiram tão profundamente em um país latino-americano”, destaca o periódico.

A revista observa que Donald Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são “inimigos ideológicos”, destacando ainda que os aliados do republicano criticam de forma recorrente as investigações conduzidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre desinformação nas redes sociais. No entanto, a revista sustenta que o estopim para a ofensiva teria sido a cúpula do BRICS, realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro. “O gatilho para o ataque de Trump parece ter sido a cúpula do BRICS, um grupo de países emergentes, que o Brasil sediou”, apontou.

Um outro ponto destacado pela revista é o fato de Donald Trump ser um aliado de jair Bolsonaro (PL). O presente dos EUA condenou o que chama de “caça às bruxas” contra o ex-mandatário brasileiro, que responde a uma ação penal no STF por participar de um suposto plano de golpe de Estado. Nesta semana, o STF adotou medidas rigorosas contra Jair Bolsonaro, incluindo o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica e restrição de acesso às redes sociais. Para a revista, tais reações também foram “agressivas”.

A The Economist sustenta que a estratégia de Trump está tendo um efeito contrário ao desejado. “Se atrair a ira de Trump deveria fortalecer a direita brasileira antes das eleições gerais do ano que vem, o plano está saindo pela culatra”, diz o texto. Segundo a publicação, a aprovação de Lula, que vinha em declínio, voltou a subir, e o presidente agora lidera com folga entre os potenciais candidatos para a disputa de 2026. “Brasileiros de todos os tipos estão apoiando Lula”, afirma a revista.

A matéria também relata que o Congresso brasileiro, sob maioria conservadora, teria se alinhado ao Planalto diante da crise diplomática e discute a aplicação de tarifas retaliatórias contra os Estados Unidos.

O impacto econômico das sanções deve recair, segundo a reportagem, principalmente sobre setores exportadores localizados em redutos bolsonaristas, como os produtores de café, carne e suco de laranja. “O impacto provavelmente recairá desproporcionalmente sobre empresas sediadas em regiões que são redutos de Bolsonaro”, avaliou.

A revista também chama atenção para a reação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), tradicionalmente aliada de Bolsonaro, que condenou o caráter político das tarifas impostas pelos EUA. Em tom defensivo, o ex-presidente brasileiro teria tentado se desvincular da ação do governo Trump, afirmando que as tarifas “não têm nada a ver conosco”.

A ofensiva de Trump inclui ainda ataques diretos ao Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central. A The Economist destaca o impacto positivo da ferramenta na democratização do acesso a serviços financeiros no Brasil e aponta o desconforto gerado nas gigantes americanas do setor.

Embora reconheça que parte das críticas americanas às práticas comerciais brasileiras “têm mérito”, a revista pondera que essa não seria a real motivação de Trump. “O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo, com forte apoio estatal à sua indústria”, admite. No entanto, o texto revela que desde maio o governo Lula tenta abrir diálogo com a Casa Branca para discutir um possível acordo comercial — sem sucesso até agora.

Com informações do Brasil 247

Gleisi: ‘estamos dispostos a negociar com os EUA, mas não recuaremos na defesa da soberania’

Ministra reafirma disposição do governo Lula para dialogar, mas avisa: soberania, democracia e independência são inegociáveis

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo Lula (PT) está disposto a negociar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, que entram em vigor na próxima sexta (1º). Em entrevista à CNN Brasil, Gleisi confirmou que o país está aberto ao diálogo, mas não vai recuar na defesa da soberania nacional após os ataques feitos por Donald Trump à instituições brasileiras.

“Estamos dispostos a negociar comercialmente, mas não recuaremos na defesa da nossa soberania, da nossa democracia e na independência dos poderes”, afirmou. A ministra disse ainda que o posicionamento do presidente Lula é de manter uma atuação “com firmeza e sobriedade” e que o governo aguarda com cautela os desdobramentos nos próximos dias.

O chanceler Mauro Vieira viajou aos Estados Unidos para tratar do assunto e se colocou à disposição do governo de Donald Trump para buscar alternativas à taxação de produtos brasileiros. O presidente americano condicionou as tarifas a um recuo nas investigações contra Jair Bolsonaro (PL), prestes a ser condenado por liderar uma tentativa de golpe no Brasil.

No fim de semana, o presidente Donald Trump anunciou um acerto comercial com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O acordo reduziu a tarifa geral aplicada a produtos europeus de 30% para 15%. Em troca, o bloco europeu se comprometeu a comprar US$ 750 bilhões em energia dos EUA e a investir US$ 600 bilhões adicionais em equipamentos militares americanos. Apesar de beneficiar os produtos europeus, o pacto pode afetar a competitividade da União Europeia e atingir setores que hoje têm tarifa zero de importação.

Do Brasil 247

Piada pronta: Walter Delgatti planeja lançar plataforma de bets com Robinho após saída da prisão

Hacker e ex-jogador, presos em Tremembé, discutem criação de empresa que uniria tecnologia e fama no ramo das bets

O hacker Walter Delgatti Netto e o ex-jogador Robinho estariam planejando abrir uma empresa de apostas esportivas assim que deixarem a prisão. A informação foi divulgada pelo jornaO Globo nesta segunda-feira (28). Ambos estão detidos no Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, onde cumprem penas por diferentes crimes — Delgatti por invasões a sistemas do Judiciário e Robinho por estupro, com condenação definitiva na Justiça italiana.

Segundo funcionários da penitenciária e o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, o hacker tem comentado com frequência sobre a ideia de criar uma bet com Robinho. De acordo com ele, a proposta teria partido do ex-atacante do Santos, e o plano é unir a notoriedade do ex-atleta à experiência de Delgatti em tecnologia para lançar a empresa assim que ambos tiverem progressão de regime.

Atualmente, Robinho tenta migrar para o regime semiaberto, mas enfrenta obstáculos judiciais. Seus recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com os quais buscava reverter a sentença italiana, já foram rejeitados. O ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por participação em estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, em 2013. A defesa do atleta não respondeu aos pedidos de comentário sobre o plano de negócios nem sobre o atual estado emocional do ex-jogador.

Delgatti voltou às manchetes ao falsificar um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob orientação da deputada federal Carla Zambelli (PL-DF). Ambos foram condenados no caso — ela, atualmente, encontra-se foragida na Itália.Embora ocupem celas separadas, Delgatti e Robinho se encontram regularmente no banho de sol no pátio da penitenciária. Lá, segundo relatos, conversam sobre os planos de negócios e também sobre a rotina dentro da prisão.

Nas últimas semanas, Robinho tem demonstrado sinais de fragilidade emocional. De acordo com funcionários da unidade, ele já não participa das partidas de futebol no pavilhão, das quais era líder, e passa mais tempo recluso. O ex-jogador conseguiu recentemente autorização para receber visitas de seu pastor particular no espaço ecumênico da penitenciária.

Segundo relatos, a saudade do filho mais velho, Robson Júnior, de 17 anos, tem abalado o ex-jogador. O jovem estreou recentemente no time profissional do Santos, repetindo os passos do pai. Quando o filho o visita em Tremembé, Robinho se mostra visivelmente emocionado: caminha com ele pelo pátio, sorri e o apresenta orgulhosamente a outros detentos.

Por ora, não há qualquer registro formal do plano de negócios junto a órgãos comerciais ou registros públicos. O anúncio, até o momento, parte exclusivamente dos relatos do hacker a interlocutores dentro da penitenciária.

Do Brasil 247

Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*)

Jeffrey Epstein

Acossado pelas revelações de seu envolvimento com Jeffrey Epstein, bilionário que foi condenado por pedofilia e se matou na prisão em 2019, Donald Trump partiu para uma manobra diversionista. O Departamento de Justiça (DoJ) anunciou a abertura de uma investigação por traição contra o ex-presidente Barack Obama por uso de supostos dados falsos indicando que a Rússia influenciou a primeira eleição de Trump, em 2016. A investigação foi anunciada um dia depois de o Wall Street Journal revelar que o próprio DoJ alertou o presidente em maio que seu nome era citado nas investigações sobre Epstein. Os apoiadores de Trump cobram a divulgação desses documentos. (Guardian)

Estado da Palestina

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira que seu país vai reconhecer o Estado da Palestina em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU. Será o primeiro país do G7 a fazê-lo. Em publicação no X, Macron pediu um imediato cessar-fogo na faixa de Gaza, a entrada de ajuda humanitária e a desmilitarização do Hamas. Segundo o Unicef, as mortes de crianças por desnutrição no território palestino subiram 54% desde maio. O governo israelense criticou duramente a iniciativa do presidente francês. (CNN)

Tarifaço de Trump

Pode ser uma imagem de ‎texto que diz "‎75 ا veja N Citura 50% い झम AI DOER. E MUITO 0 dificil esforço diplomático em curso para tentar evitar pior com as as novas absurdas tarifas de de Trump‎"‎A partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros que entrarem nos Estados Unidos passarão a ser sobretaxados em 50% — a não ser, é claro, que um improvável acordo de última hora entre Brasília e Washington. A impressão que dá é que o setor produtivo preferiu suportar prejuízos bilionários do que deixar Lula se reeleger em 2026. Burrice. O governo Lula é o único a melhorar a economia do país, proporcionando emprego e renda para milhões. Os políticos de direita a gente entende: é no governo Lula que está sendo moralizada a destinação de emendas parlamentares. Até isso acontecer graças ao ministro Flávio Dino, o destino das emendas secretas era incerto. A maioria ia parar no ralo da corrupção.

                          EUA querem minerais do Brasil

Além da impunidade de Jair Bolsonaro e da ausência de regras para as big techs, os Estados Unidos estão interessados nas reservas brasileiras de terras raras e outros minerais críticos para a transição energética. Em reunião com empresários brasileiros do setor de mineração, o encarregado de negócios da embaixada americana no Brasil, Gabriel Escobar, afirmou que os EUA têm interesse no potencial de exploração desses minerais no país. Escobar também disse que seu país acompanha atentamente a elaboração da Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, sob a responsabilidade do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silva. Embora Escobar não tenha condicionado explicitamente o interesse americano nos minerais estratégicos à retirada das tarifas, empresários brasileiros entenderam que o tema pode ser relevante para a retomada das negociações. (Globo)

EUA querem minerais do Brasil 2

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu e afirmou que “ninguém põe a mão” nos minerais estratégicos brasileiros. “Temos todos os minerais ricos que vocês querem proteger. Este país é do povo brasileiro”, disse o presidente, em discurso durante um evento no Vale do Jequitinhonha, novo polo de produção de lítio no país. (g1)

EUA querem minerais do Brasil 3

Pode ser uma imagem de texto que diz "Comitiva aos EUA tentará reabrir diálogo Marcelo Martinez viemos NeGOCIAR em Nome DO BRaSiL e... eDUaRDO, Não Puxa o TapeTe! 神九ミ 한미주"Já o vice-presidente Geraldo Alckmin manteve conversas reservadas com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, nos últimos dias, em uma primeira sinalização de que o governo americano pode estar disposto a negociar o tarifaço imposto por Donald Trump. Segundo Alckmin, foi a primeira vez que o diálogo saiu do “perde-perde” e passou para um cenário de “ganha-ganha”. De acordo com o vice-presidente, os dois discutiram a ampliação das relações comerciais e a possibilidade de um acordo de bitributação entre Brasil e EUA. No entanto, Alckmin evitou comentar se as reservas brasileiras de terras raras foram incluídas na conversa. (Estadão)

Fernando Haddad

Enquanto o acordo não chega, o Brasil se prepara para a entrada em vigor do tarifaço americano. Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe técnica do governo já finalizou o plano de contingência para lidar com os impactos das tarifas. Haddad não revelou detalhes sobre o conteúdo do plano, mas disse que a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Folha)

Lula sobe

Duas pesquisas divulgadas na quinta-feira pelo Ipespe confirmam o efeito positivo do tarifaço sobre a imagem do governo brasileiro. Entre maio e julho, a aprovação de Lula subiu de 40% para 43%, e a reprovação caiu de 54% para 51%, além da margem de erro de 2 pontos. Já a ação dos EUA é reprovada por 61% e aprovada por 35%, com a aprovação concentrada (81%) entre os entrevistados que se declaram de direita. (Meio)

Lula lidera em Alagoas

O presidente Lula (PT) é o favorito nas eleições de 2026 em Alagoas. É o que registra mais uma pesquisa realizada em todo o estado. Mesmo em um cenário onde a pesquisa inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível de acordo com o TSE, Lula abre uma boa margem à frente de todos os seus adversários.

Os números são os seguintes:

Lula (PT) – 45%
Bolsonaro (PL) – 25,5%
Ciro Gomes (PDT) – 4,5%
Tarcísio de Freitas (Rep) – 3%
Kassab (PSD) – 0,25%
Nenhum deles – 11,5%
Não sabe/Não respondeu – 10,25%-(7 Segundos)

Renan Filho e CazéTV

O ministro Renan Filho saiu em defesa da Cazé TVO ministro dos Transportes, Renan Filho, saiu em defesa da CazéTV após o canal ser alvo de uma campanha de boicote promovida por bolsonaristas nas redes sociais. O movimento começou depois de piadas feitas pelo humorista Marcelo Adnet sobre restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Jair Bolsonaro. Renan Filho criticou a reação da direita e apontou interesses internacionais por trás das tentativas de boicote. (ojornalextra).

Punhal Verde e Amarelo

O general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, confessou ter sido o autor do plano que pretendia assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Batizado de operação “Punhal Verde e Amarelo”, o plano previa que soldados das forças especiais do Exército, conhecidos como “Kids Pretos”, executassem a missão. A Polícia Federal descobriu que alguns agentes chegaram a ir a campo decididos a executar a operação, que acabou sendo abortada. (CNN Brasil)

Punhal Verde e Amarelo 2

Pode ser uma imagem de texto que diz "BRASIL ACIMA DE TUDO"Mário Fernandes fez a confissão em depoimento ao STF nesta quinta-feira. O general confirmou que imprimiu o plano, mas afirmou que fez isso apenas por costume pessoal, já que não gosta de ler textos em telas. De acordo com ele, após ser impresso, o plano não foi compartilhado com ninguém. Fernandes disse que destruiu a impressão sem mostrá-la a ninguém e classificou sua elaboração como “pensamentos digitalizados”. (g1)

Punhal Verde e Amarelo 3

A investigação da Polícia Federal apontou que ao menos três cópias do plano foram impressas no Palácio do Planalto e que, logo em seguida, Mário Fernandes teria ido para o Palácio da Alvorada, a residência oficial do presidente da República. O general confirmou que usou uma impressora em seu gabinete, mas negou ter compartilhado as cópias com qualquer pessoa. “Eu acredito que não seja o único funcionário público que faça isso eventualmente. Imprimi porque estava ali”, disse ele. (Estadão)

Trump X Alexandre de Moraes

Enquanto no campo econômico aparecem os primeiros sinais de distensão nas relações entre Estados Unidos e Brasil, na esfera política as tensões só fazem crescer. Na quinta-feira, o subsecretário de Donald Trump, Darren Beattie, fez críticas duras ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o principal alvo dos americanos neste momento. Em uma publicação no X, o antigo Twitter, Beattie disse que Moraes é o “coração pulsante do complexo de perseguição e censura a Jair Bolsonaro”. A publicação foi traduzida para o português e republicada pela Embaixada americana no Brasil. (Globo)

Trump X Alexandre de Moraes 2

A publicação de Beattie veio após o ministro Alexandre de Moraes descartar a prisão de Jair Bolsonaro, mas lembrar ao ex-presidente que, se ele descumprir a medida cautelar mais uma vez, será encarcerado. Moraes aceitou a alegação da defesa de Bolsonaro de que ele não sabia que não poderia dar entrevistas e de que o ex-presidente está respeitando as restrições impostas pelo STF. (Metrópoles)

4,67 bilhões para favelas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anuncia nesta sexta-feira (25), em cerimônia no Jardim Rochdale, em Osasco (SP), um novo pacote de investimentos no valor de R$ 4,67 bilhões para obras de urbanização em favelas de todo o país. A medida integra a seleção de 2025 do programa “Novo PAC Periferia Viva – Urbanização de Favelas”.

Preta Gil 

O velório da cantora Preta Gil, que faleceu aos 50 anos no último domingo (20), é realizado na manhã desta sexta-feira (25) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O momento emociona familiares, amigos e milhares de fãs que comparecem para prestar a última homenagem à artista, que morreu nos Estados Unidos, onde fazia um tratamento experimental contra um câncer de intestino diagnosticado em janeiro de 2023.

Preta Gil 2

Segundo a revista Quem, atendendo a um desejo expresso por Preta Gil, o velório foi aberto ao público. Ainda durante a madrugada, fãs já aguardavam na fila para o início da cerimônia. Soraya Rocha, maquiadora e amiga pessoal da cantora, foi uma das primeiras a chegar ao local. Também estiveram presentes o empresário Danilo Faro, o ator e cantor Tiago Abravanel, além de artistas como Taís Araújo e Luís Miranda, que se despediram da amiga com emoção visível.

Lula em Rondônia?

Segundo informações, o presidente Lula visitaria Rondônia, entre 1 e 8 de agosto. Visitaria, no futuro condicional porque tudo vai depender da temperatura após o dia 1 de agosto, data da vigência do tarifaço de Trump. Caso seja concretizada a ameaça de Trump, Lula deverá se ocupar a discutir soluções para a crise. Caso seja adiado o início da taxação, a agenda do presidente será mantida.

Mineração no território Cinta Larga

O Ministério Público Federal (MPF) participou de reuniões técnicas promovidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Porto Velho (RO), na terça e na quarta-feira (22 e 23), a respeito da possibilidade de mineração no entorno da Terra Indígena Cinta Larga. Também estavam presentes indígenas representantes de aldeias da etnia em Rondônia e Mato Grosso. As reuniões serviram como preparação para realização de uma escuta aos indígenas nas suas aldeias, uma ação inédita no STF. Pela primeira vez, povos originários serão ouvidos em seu próprio território no curso de um processo judicial no Supremo. A data da escuta ainda não está definida, mas a previsão é que ocorra em setembro deste ano.

Mineração no território Cinta Larga 2

A determinação de realizar as reuniões partiu do ministro Flávio Dino, relator do Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1425370. A disputa judicial começou em 2005, quando o MPF ingressou com ação pedindo o cancelamento das permissões de lavras de recursos minerais dentro e no entorno da Terra Indígena Roosevelt. No processo, a Agência Nacional de Mineração (ANM) questiona decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que cancelou as permissões de lavras de recursos minerais e impediu a concessão de novas permissões no entorno das terras indígenas Cinta Larga.

Mineração no território Cinta Larga 3

O procurador da República Reginaldo Trindade relatou as violências contra o povo Cinta Larga na região, cometidas há pelo menos 50 anos, resultado da “incompetência e desídia” do Estado brasileiro. “Vi garimpeiro casando com indígena adolescente ou anciã só para ter acesso ao garimpo. Isso fora entrada de armas, droga, álcool, falsos pastores”, afirmou. “Tudo que não presta e que é terrível tem acontecido ali, e a única instituição que lucra com isso é o crime organizado”. Trindade foi o autor da ação civil pública ajuizada em 2005 que deu origem à disputa judicial discutida agora pelo Supremo.

 

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

Informações  para a coluna: rkuppe@gmail.com

Trama golpista: General Mario Fernandes admite autoria de plano para matar Lula e Moraes

O general da reserva Mario Fernandes admitiu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi o autor do “Punhal Verde e Amarelo”, plano que visava o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. A confissão foi feita nesta quinta-feira (24), durante seu interrogatório no processo que apura a tentativa de golpe de Estado orquestrada por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.

Fernandes afirmou que o plano era apenas um “pensamento” que acabou sendo digitalizado. Ele confirmou que chegou a imprimir o documento, mas negou ter compartilhado o conteúdo com qualquer outra pessoa.

O general é um dos réus do chamado núcleo 2, considerado pela Procuradoria-Geral da República como responsável pelo gerenciamento das ações golpistas.

Os interrogatórios desta quinta-feira fazem parte da Ação Penal 2668, e foram retomados por volta das 9h com transmissão ao vivo autorizada pelo STF.

Além de Fernandes, também prestaram depoimento outros acusados ligados à segurança e inteligência do governo anterior, incluindo o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, também foi ouvido. Ele está entre os investigados do núcleo 2 e responde por seu suposto envolvimento nas articulações para impedir a posse de Lula. A PGR considera que esse núcleo era composto por pessoas próximas ao ex-presidente, com cargos estratégicos durante o governo.

Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Já o núcleo 4, também envolvido no processo, é acusado de espalhar desinformação contra o sistema eleitoral. Entre os nomes ouvidos nesta quinta estão o ex-major Ailton Barros, o tenente-coronel Guilherme Almeida e o coronel Reginaldo Abreu, além de Carlos Moretzsohn Rocha, do Instituto Voto Legal, apontado como um dos articuladores das ações ilegais.

Senadores partem nesta sexta-feira em busca de solução para tarifaço

Na busca de uma solução para o chamado tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos adquiridos do Brasil, senadores viajam aos EUA a partir desta sexta-feira (25). As reuniões na capital norte-americana, Washington, devem começar na segunda-feira (28) e se estender até quarta (30). A expectativa dos senadores é dialogar para ajudar a reverter a taxação de 50% imposta às exportações brasileiras, com início previsto para 1° de agosto.

— Não temos outra opção a não ser tentar voltar ao que era anteriormente. Muitos setores estão sendo prejudicados — indústria, Embraer, o agro, [as vendas de] suco de laranja e carne. Isso realmente vai afetar a geração de emprego no Brasil, há muitas demissões previstas. Mas nós estamos otimistas de que possamos reverter isso — disse o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), à Rádio Senado.

O senador também é presidente da comissão temporária externa criada para tratar do tema. A negociação de tarifas é uma atribuição do Poder Executivo. Mas Nelsinho disse que a viagem cumpre o papel constitucional do Senado de dialogar em defesa dos interesses nacionais.

A expectativa é de que os senadores se reúnam primeiro com empresários dos dois países. No segundo dia da missão, os encontros devem ser com parlamentares norte-americanos.

Tarifas

Nenhuma descrição de foto disponível.O anúncio das novas tarifas foi feito por Donald Trump por meio de suas redes sociais no dia 9 de julho. Na publicação, o presidente norte-americano atribuiu a cobrança, não só à balança comercial, que [apesar de favorecer os EUA, com um superávit de US$ 1,7 bilhão no primeiro semestre deste ano, conforme a edição do ”Monitor do Comércio Brasil-EUA”, da Câmara Americana de Comércio para o Brasil ] disse ser injusta com o seu país, mas também à postura do Supremo Tribunal Federal (STF) com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Para Nelsinho, uma relação entre países não é apenas entre os governos da vez e deve ser tratada com visão de longo prazo e disposição para construir soluções.

— O comércio internacional não é e nem pode ser tratado como um campo de batalha ideológica ou partidária. É uma agenda de Estado, é uma agenda nacional e deve ser guiada pelo pragmatismo e pela responsabilidade, sempre com foco no que realmente importa: gerar emprego, renda e oportunidades para a população brasileira — disse Nelsinho durante audiência pública sobre a escalada das tensões comerciais.

A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que integra a comitiva, avalia que é preciso intensificar as negociações para derrubar o tarifaço.

— Acho que o governo brasileiro precisa levar uma proposta firme e esgotar todos os esforços dentro da mesa de negociação, do diálogo, mostrando nossos pontos e os Estados Unidos colocando os deles. Só assim vamos conseguir avançar nesse tema, agora eu acho que mandar uma carta é muito pouco. Alguém deveria estar levando essa carta — ponderou a senadora à Rádio Senado.

Além deles, integram a comitiva aos EUA: os senadores Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, Fernando Farias (MDB-AL), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Esperidião Amin (PP-SC) Rogério Carvalho (PT-SE) e Carlos Viana (Podemos-MG).

Reunião

Em reunião virtual nesta quarta-feira (23), os integrantes da comitiva de senadores conversaram com o chanceler Mauro Vieira, a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, e integrantes do governo. Durante o encontro, o chanceler detalhou os esforços recentes do governo brasileiro para dialogar com o setor privado norte-americano e com autoridades do Tesouro dos Estados Unidos, em articulação conduzida por diferentes ministérios.

Um dos pontos destacados na reunião foi o fato de haver supérávit na balança comercial para os Estados Unidos ou seja: o Brasil compra mais do que vende para os norte-americanos. Nos últimos 15 anos, de acordo com o chanceler, a vantagem americana com relação ao Brasil foi em média de US$ 410 milhões  (o que atualmente equivale a mais de R$ 2,2 bilhões).

Reciprocidade

O anúncio da taxação feito por Donald Trump repercutiu entre os senadores e gerou críticas durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).  Também em reação ao anúncio, os presidentes da Camara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, publicaram uma nota conjunta em que citaram a Lei de Reciprocidade Econômica  aprovada pelo Congresso em abril. O texto prevê medidas de retaliação a barreiras comerciais impostas por outros países a produtos brasileiros.

— Temos a compreensão, Câmara e Senado, de que vamos defender a soberania nacional, os empregos dos brasileiros, os empresários brasileiros, que geram riqueza para o Brasil. Tenho convicção de que esse processo deve ser liderado pelo Poder Executivo — disse Davi após reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann na última semana.

O primeiro anúncio de taxação feito por Donald Trump havia sido feito em abril. Na ocasião, foi anunciado aumento de taxas para produtos de vários países, mas o tarifaço não se concretizou. Muitos dos países já negociaram acordos comerciais com taxas menores, inclusive a China, que, após um dos anúncios, chegou a ser taxada em quase 150%.

Fonte: Agência Senado

Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*)

Sem chance, no way

Trump quer que Lula abra as celas e ponha nas ruas terroristas que tentaram um golpe de estado em janeiro de 2023, além de habilitar Bolsonaro às eleições de 2026. Não há chance alguma disso acontecer. A justiça brasileira é blindada contra interferências externas, incluindo os Estados Unidos. Se houvesse cedência às ameaças o Brasil estaria inexoravelmente desmoralizado mundialmente. Capaz até do impeachment contra Lula ser acelerado por fraqueza do presidente. Portanto, melhor cair lutando do que morrer cedendo. Por aqui, o único lambe botas de Trump é Bolsonaro.

2ª tentativa de golpe 

Lula e um ato contra Donald Trump e Jair BolsonaroAgentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em alerta diante de indícios de que ações recentes do bolsonarismo não são apenas iniciativas isoladas de grupos extremistas nacionais, mas parte de um plano articulado com apoio direto do governo dos Estados Unidos. Segundo Jamil Chade, do Vero Notícias, cresce a convicção dentro da inteligência brasileira de que a estratégia para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com envolvimento da CIA e aval da Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump. (Do Brasil 247)

2ª tentativa de golpe  2

O sinal mais evidente dessa ofensiva seria o chamado “tarifaço” imposto ao Brasil por Trump, acompanhado de uma retórica agressiva contra o governo brasileiro e do fechamento de canais diplomáticos. Para analistas, essas medidas seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, com raízes no serviço secreto norte-americano e execução via personagens-chave do bolsonarismo.

Deputado de Rondônia é denunciado

O deputado estadual bolsonarista e mussolinista coronel Chrisostomo (PL-RO), saudoso da ditadura militar, vai experimentar as duras penas da lei. Ele virou alvo de denúncia no Ministério Público Federal nesta terça-feira (22), após declarações polêmicas feitas em frente ao Congresso Nacional. Em meio à repercussão das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar rondoniense foi gravado fazendo supostos apelos por uma intervenção militar no país aos moldes do golpe de 1964, que, segundo ele, é motivo de “orgulho”.

Deputado de Rondônia é denunciado 2

A representação foi protocolada por Leonardo Carvalho Bastos, que solicitou ao MPF uma investigação criminal e eleitoral contra o deputado, além do seu depoimento no inquérito 4921/DF, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Vídeos e áudios anexados à denúncia mostram Chrisóstomo exaltando o regime militar e inflamando apoiadores com discursos que, segundo o denunciante, atentam contra a ordem democrática. A fala incendiária acontece em um momento de forte tensão política, colocando novamente em xeque os limites do discurso de autoridades eleitas. Ele também é um dos parlamentares que apoiam o tarifaço de Trump, que está prejudicando o agronegócio e gerando desemprego.

Deputado de Rondônia é denunciado 3

O deputado informou que comparecerá ao Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara dos Deputados, hoje, quinta-feira (24), às 11h, para registrar boletim de ocorrência contra o autor da denúncia, identificado como um militante petista, por crime de denunciação caluniosa.

Rejeição a Trump e Bolsonaro avança 

Trump e Bolsonaro na Flórida, EUA - 07/03/2020
A rejeição ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump, registrou um novo aumento no Brasil, segundo pesquisa Pulso Brasil/Ipespe realizada entre os dias 19 e 22 de julho. O levantamento, divulgado pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, mostra que a desaprovação de Trump subiu de 55% em maio para 61% em julho, após o anúncio de tarifas contra produtos brasileiros. A aprovação caiu de 39% para 33% no mesmo período. A pesquisa ouviu 2.500 pessoas em todo o país e revela ainda que a proximidade com Trump pode ser um fardo para candidatos à Presidência em 2026: 53% dos entrevistados acreditam que a associação com o líder americano prejudicará as campanhas.

Rejeição a Trump e Bolsonaro avança  2

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é desaprovado por 60% dos brasileiros em sua reação à crise com os EUA (ante 32% de aprovação), o governo Lula tem avaliação mais equilibrada: 50% aprovam sua postura, contra 45% que a criticam. A decisão de Trump de revogar os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como pressão para encerrar o processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe também é rejeitada pela maioria: 57% discordam da medida, enquanto 37% a apoiam. (Do Brasil 247)

Tiros de mísseis nos pés

O prrsidente chinês recebe os líderes da União Europeia Antonio Costa e Ursula von der LeyenÉ impressionante a burrice da extrema direita no Brasil e nos Estados Unidos. Ao atacar o Brasil prá salvar Bolsonaro, Trump jogou o agronegócio aos pés de Lula. E, ao taxar a Comunidade Europeia, Trump jogou essa região no colo da China, ou seja, do Brics. Os líderes da União Europeia reúnem-se com altos funcionários chineses em Pequim, esta quinta-feira, para uma cimeira de um dia destinada a abordar os desequilíbrios comerciais e o tarifaço de Trump.

Brasil na OMC

featured imageDepois de tentar de forma insistente abrir canais de negociação com os Estados Unidos, o Brasil decidiu levar o tarifaço de 50% aplicado aos produtos brasileiros por Donald Trump para a enfraquecida Organização Mundial do Comércio. Com o apoio de cerca de 40 Estados-membros da OMC, incluindo União Europeia, China, Rússia, Índia e Canadá, o governo brasileiro afirmou que as tarifas estão sendo usadas para interferir em assuntos domésticos brasileiros. Por não se tratar de uma resolução, os países apenas endossaram a posição brasileira, sem a necessidade de votação. (CNN Brasil)

Brasil na OMC 2

O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Phillip Fox-Drummond Gough, não citou nominalmente os Estados Unidos em sua fala na reunião do Conselho Geral da Organização. Mas todo o discurso apresentado por ele não deixava dúvidas de que o alvo das críticas brasileiras estava direcionado a Washington. “Tarifas arbitrárias” anunciadas e implementadas de forma caótica, estão interrompendo as cadeias de valor globais e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, disse ele. (g1)

Brasil na OMC 3

Apesar de não citar os Estados Unidos em seu posicionamento na OMC, a delegação americana entendeu o recado. De maneira burocrática, os representantes dos EUA disseram que estavam “tomando nota” da posição brasileira para fazer um resumo ao presidente Donald Trump. A delegação ainda afirmou que os Estados Unidos estão “preocupados com o fato de os trabalhadores e as empresas norte-americanas serem forçados a competir em condições desiguais com os países que não estão seguindo as regras”. Apesar do apoio de mais de 40 países, a delegação argentina preferiu se abster de apoiar o Brasil e não se manifestou durante a sessão. (Valor)

Improvável negociação

O governo brasileiro já considera improvável a possibilidade de negociações com os Estados Unidos para discutir as tarifas de 50% sobre produtos nacionais, ou mesmo um adiamento da data estipulada para que elas entrem em vigor, no dia 1º de agosto. No núcleo duro do governo, estuda-se o envio de uma missão oficial, com autoridades do Executivo, numa última tentativa de retomar o diálogo com a Casa Branca. Até agora, no entanto, não há uma decisão tomada a respeito disso. Apesar do silêncio americano às cartas enviadas por Brasília, representantes do governo americano e do governo brasileiro estão dialogando de maneira informal e reservada. Os americanos dizem que, sem uma autorização direta de Trump, não haverá abertura de diálogo. (Folha)

 

                                  Neta de Lula entra em cena

Bia Lula, neta do presidente Lula (PT), entrou em cena contra a ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em conjunto com o clã Bolsonaro, para defender a soberania nacional e o Brasil contra as ameaças da extrema direita. Nas redes sociais, Bia publicou um vídeo em que desmente as declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o Pix e reafirma a defesa do governo Lula pelo sistema que vem sendo atacado por TrumpBia destaca que Trump declarou uma guerra econômica contra o país para defender os interesses da extrema direita em transformar o Brasil novamente em uma nação que se curva aos Estados Unidos. Ela ainda acrescenta que essa guerra afeta principalmente o trabalhador brasileira, que vai sentir o impacto do preço dos alimentos subir com as tarifas impostas por Trump.

Emendas de R$ 53 milhões

Nenhuma descrição de foto disponível.Puro suco de bolsonarismo. Parlamentares da extrema direita fazendo caixa para as eleições de 2026 com dinheiro público. A Associação Moriá, indicada por parlamentares do Distrito Federal para receber emendas de R$ 53 milhões, declarou ao Ministério do Esporte que executaria a maior parte da verba em parceria com a Secretaria de Educação do DF, mas a pasta nega ter aprovado qualquer proposta da ONG. O maior programa da Associação Moriá é um projeto gamer que ensina jovens a jogar games como Free Fire e LoL. Deputados e senador do DF enviaram R$ 37,9 milhões em emenda de bancada para essa finalidade.

Veja quem enviou emenda para o projeto:

  • deputado federal Fred Linhares (Republicanos): R$ 27,6 milhões;
  • senador Izalci Lucas (PL): R$ 15,5 milhões;
  • deputada federal Bia Kicis (PL): R$ 1,5 milhão;
  • deputado federal Julio Cesar (Republicanos): R$ 800 mil; e
  • deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania): R$ 500 mil.
  • Fonte: Metropoles

Em campanha

O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), já está em plena campanha. Tem aparecido em dezenas de entrevistas. Postado diariamente nas redes sociais e presente em grupos de WhatsApp. Para quem tinha dúvidas de que ele não iria à reeleição após assumir o governo em abril de 2026, esses movimentos são inequívocos.

Hildon Chaves

Da mesma forma, o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), também está percorrendo os caminhos para chegar ao governo. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perilo, confirmou para o próximo dia 7 de agosto, em Porto Velho, um grande evento político para anunciar oficialmente a pré-candidatura do ex-prefeito Hildon Chaves ao Governo de Rondônia em 2026.

Concurso prefeitura de Porto Velho

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "ATENÇÃO 25 CONCURSEIROS"Por falar em Hildon Chaves, o atual prefeito de Porto Velho está fazendo tudo o que o antecessor não fez. Principalmente um baita concurso, com salários de até R$ 22 mil, o maior já realizado na capital de Rondônia. O anúncio foi feito por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), em publicação oficial no portal do município, e também pelo prefeito Léo Moraes (Podemos) em suas redes sociais.

Concurso prefeitura de Porto Velho 2

O certame faz parte do compromisso feito durante a campanha do atual prefeito. De acordo com a Secom, o planejamento já foi iniciado. Ao que tudo indica, serão lançados vários editais para suprir demandas em diversas áreas de atuação. Segundo Moraes, alguns setores estão há cerca de 20 anos sem reposição de pessoal. Isso significa que existem órgãos em grande déficit de servidores, visto que aposentadorias são formalizadas todos os anos.

Podemos

Nessa pisada, não há articulista político que não veja um cenário na sucessão estadual sem a força do Podemos, partido do prefeito Léo Moraes. Há quem crave que o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), cerre fileiras no Podemos e seja o candidato do prefeito ao governo de Rondônia em 2026.

Sucessão estadual e Senado

Hildon Chaves (PSDB), Sérgio Gonçalves (União Brasil), Fernando Máximo (União Brasil) e Confúcio Moura (MDB-RO) são os principais nomes à sucessão estadual em Rondônia. Já para o Senado, Marcos Rogério (PL-RO), Bruno SCheid (PL) e Acir Gurgacz (PDT), são os mais cotados.

                       Câmara Federal e Assembleia Legislativa

Pode ser uma imagem de 3 pessoasPara a Câmara Federal, despontam nomes como o do ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (Progressistas), que figura nas pesquisas como favorito. Já para a Assembleia Legislativa de Rondônia, o nome do jornalista e vereador Everaldo Fogaça (Republicanos), está nos primeiros lugares. Ao lado dele, desponta o advogado petista Ramon Cujui. Sim, Ramon Cujui, do PT, será candidato a deputado estadual.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna:  rkuppe@gmail.com

MPF faz avançar processo de regularização fundiária para milhares de pessoas em Porto Velho (RO)

A atuação do Ministério Público Federal (MPF) ajudou a garantir um importante consenso entre a União e a prefeitura de Porto Velho, na retomada e conclusão da regularização fundiária em importantes áreas urbanas da capital rondoniense. A medida beneficiará milhares de famílias que residem na região conhecida como “Figura A”, um conjunto de bairros próximos à orla do Rio Madeira que inclui Panair, Pedrinhas, Olaria, Arigolândia, Baixa da União, Triângulo, Centro e Areal.

Desde o início da década de 1980, a região da “Figura A” foi marcada por uma polêmica sobre a dominialidade da terra – se pertencia ao estado ou à União –, um impasse que impediu a regularização fundiária até os dias atuais.

O MPF vem acompanhando o caso por meio de procedimento administrativo instaurado em 2023, que visa monitorar a destinação e regularização de áreas urbanas, e cobrado soluções O trabalho se estende desde um inquérito civil que já havia impulsionado acordos anteriores para repasse de áreas.

Apesar de avanços iniciais, a falta de consenso sobre áreas remanescentes da “Figura A” manteve pendências, levando o MPF a intensificar as cobranças. Recentemente, a Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária, Habitação e Urbanismo (SEMUR) informaram ao MPF a conclusão das negociações.

O consenso estabelece que algumas áreas da “Figura A”, até então não repassadas, serão cedidas pela União ao município, permitindo que a prefeitura avance com a regularização fundiária. A gestão municipal aceitou uma nova proposta de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) baseada na Lei nº 13.465/2017, abrangendo cinco áreas, entre elas o Lote Terra Prometida e partes de bairros tradicionais da “Figura A”.

O processo agora aguarda a formalização das assinaturas.

Líder dos caminhoneiros nega paralisação de Bolsonaro e o agro após proibições de Moraes

Wallace Landim, conhecido como Chorão e presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), negou qualquer paralisação dos caminhoneiros em apoio a Jair Bolsonaro (PL).

A declaração veio após especulações de que a categoria poderia se mobilizar politicamente em reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu Bolsonaro de conceder entrevistas. “Eu não vou deixar usarem a categoria como massa de manobra”, afirmou Chorão.

A oposição no Congresso criou uma Comissão Temporária de Mobilização Externa para apoiar o ex-chefe de Estado, liderada pelos deputados Zé Trovão e Rodolfo Nogueira. Ambos têm histórico de articulação com o setor agropecuário e com lideranças dos caminhoneiros, o que intensificou os rumores sobre uma possível movimentação nacional.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, não descartou uma paralisação em apoio ao ex-presidente durante entrevista na segunda-feira (21). Segundo ele, o movimento pode ser construído com apoio de parlamentares da oposição. Apesar disso, nenhuma convocação formal foi feita até o momento por entidades representativas dos caminhoneiros.

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante – Foto: Reprodução

Separadamente, representantes da categoria discutem a possibilidade de uma paralisação contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, conforme anunciado pelo governo de Donald Trump.

Esse debate, no entanto, é tratado como pauta econômica, e não política. “Como brasileiro, eu estaria nas ruas, mas como líder da categoria, não posso tomar uma decisão política”, reforçou Chorão.

Diario do Centro do Mundo.

Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê (*) 

O orgulho da estupidez

Não basta ser estúpido. Tem que se orgulhar. Essa é a imagem de parlamentares bolsonaristas que, além de apresentarem distúrbios cognitivos, fazem questão de demonstra-los para que não se tenha dúvidas. Assim como no 8 de janeiro quando fizeram questão de se filmar e divulgar os crimes que estavam praticando, deputados da bancada do Trump fizeram questão de mostrar que estão a favor da taxação de 50% ou mais. Milhões de dólares de prejuízos, desemprego que estão atingindo o agronegócio, pouco importam para esses parlamentares. O destaque é para o rondoniense Chrisostomo, que dia sim, dia também, vive passando recibo de traidor da Pátria. Nem na ditadura tão festejada por Chrisostomo, foi produzido uma cena semelhante. Os ditadores eram cruéis, mas nacionalistas.

                            O orgulho da estupidez 2

Pode ser uma imagem de 8 pessoas, sala de redação e texto que diz "TUDIOS TUDIO! ERUM AMERICAGRE GRE AMERIC CA onews Estúdioi i 22 JUL 13:54 MES OPOSIÇÃO TENTA DRIBLAR RECESSO, MAS MOTTA PROÍBE REUNIÕE Aliados de Bolsonaro planejavam votar moções de apoio ao ex- -presidente COMO ESQUEMA DO TRAFICO DESVIAVA MILHÕES DO FARMACIA FARMACIAPOPULAR POPULAR g1"Essa imagem foi bastante criticada pela imprensa, empresários e até por parlamentares da direita, que não concordaram com a exibição antipatriotica. O ato, que durou poucos segundos, foi interpretado como um gesto de protesto contra o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia vetado sessões de homenagem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A exibição foi rapidamente interrompida pelo líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), que interveio ao perceber a cena.

Bolsonaro vai ficar em silêncio

O dia seguinte à ameaça de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes foi de expectativa para uns e apreensão para outros. Moraes afirmou, no despacho em que pedia explicações aos advogados de Bolsonaro, que o ex-presidente havia descumprido as medidas cautelares impostas pelo Supremo na sexta-feira, que o proibiam de acessar as redes sociais. Na segunda-feira, Moraes reiterou a decisão e afirmou que Bolsonaro não poderia sequer dar entrevistas, sob o risco de que elas fossem transmitidas nas redes, o que caracterizaria um uso indireto das plataformas digitais. Pouco antes do prazo de 24 horas estipulado por Moraes, os advogados de Bolsonaro apresentaram as explicações requeridas pelo ministro. Alegaram que o ex-presidente não sabia que estava proibido de conceder entrevistas e garantiram que ele se manteria calado dali em diante. (UOL)

Fux e dois pesos

Pode ser uma imagem de texto que diz "O GLOBO PLANTÃO ECONOMIA Fux derruba decisão de Lewandowski e veta entrevista de Lula ao jornal Folha de S.Paulo f POR REUTERS 29/09/18- 11h04 SÃO PAULO (Reuters)- o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetou a entrevista que O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva daria ao jornal Folha de S.Paulo, proibindo a divulgação do conteúdo caso qualquer declaração já tenha sido realizada."A atuação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), volta a expor uma profunda incoerência. Em 2018, Fux censurou o ex-presidente Lula da Silva e proibiu que a imprensa divulgasse entrevista com ele na prisão. A decisão, inclusive, cassou uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski que autorizou uma entrevista à Folha de S.Paulo. Fux justificou a medida com o argumento de que um discurso de Lula, mesmo inelegível, poderia “desinformar” os candidatos e “influenciar o processo eleitoral” que culminou com a eleição de Bolsonaro.

 

2018 – Fux censura Lula e a imprensa:

“Determino que o requerido Luiz Inácio Lula da Silva se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação […]. Determinar, ainda, caso qualquer entrevista ou declaração já tenha sido realizada […], a exclusão da divulgação do seu conteúdo […], sob pena da configuração de crime de desobediência.” “A liberdade de imprensa deve ser ponderada em face da liberdade de voto.” Sete anos depois, Fux  se opôs ao julgar medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe de Estado.

2025 – Fux protege Bolsonaro:

“A amplitude das medidas impostas restringe desproporcionalmente os direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão e comunicação […], sem demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares.” “Parte das medidas cautelares impostas, consistente no impedimento prévio e abstrato de utilização dos meios de comunicação […], confronta se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão.”

Pode decretar a prisão hoje

Moraes deve analisar hoje as alegações da defesa de Bolsonaro. Segundo analistas, o ministro tem duas alternativas: encaminhar o caso à Procuradoria-Geral da República para que emita um parecer ou decidir sozinho. Caso avalie que as respostas não são suficientes, ele pode decretar a prisão do ex-presidente. (g1)

Pode decretar a prisão hoje 2

Bolsonaro parece ter entendido o recado de Alexandre de Moraes. Nesta terça-feira, o ex-presidente não apareceu publicamente. Pela manhã, cancelou uma ida à Câmara dos Deputados para se encontrar com parlamentares aliados. Depois, foi para a sede do PL, onde passou todo o dia em reunião com seus interlocutores mais próximos e com seu filho caçula, o vereador por Balneário Camboriú (SC), Jair Renan. (Globo)

Eduardo Bolsonaro

Enquanto o pai se vê ameaçado de prisão, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) segue em busca de uma saída para não perder o mandato, enquanto continua nos Estados Unidos fazendo lobby contra o governo brasileiro. Nesta terça-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), indicou que poderia nomear Eduardo para uma secretaria estadual, o que justificaria sua ausência no Congresso. (Valor)

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Ato contínuo, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), entrou com um pedido no STF para que o ministro Alexandre de Moraes conceda uma medida cautelar que impeça Eduardo Bolsonaro de assumir uma secretaria estadual no Rio. Lindbergh argumenta que a nomeação teria como único objetivo a manutenção do mandato de Eduardo e a garantia de sua permanência nos Estados Unidos. (CNN Brasil)

Jabuti Acadêmico

Em meio às polêmicas envolvendo sua atuação contra Jair Bolsonaro, o ministro do STF Alexandre de Moraes recebeu uma boa notícia nesta terça-feira. Seu livro “Democracia e redes sociais: o desafio de combater o populismo digital” foi indicado como um dos finalistas do Jabuti Acadêmico, prêmio da Câmara Brasileira do Livro (CBL) que contempla obras científicas. Concorrem com Moraes a historiadora Lilia Schwarcz, a crítica literária Eurídice Figueiredo, o economista e ex-ministro da Fazenda Carlos Bresser-Pereira e o físico Marcelo Gleiser. (Globo)

Silêncio ensurdecedor

Não se fala mais no roubo do INSS, nos desvios bilionários do pix. A pauta da semana é a esdrúxula taxação de Trump e a iminente prisão de Bolsonaro. O mês de julho está quente, mas, pelo andar da carruagem, agosto promete ser um mês tenebroso.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna:  rkuppe@gmail.com