Ficha Limpa
Só temos tres dias para impedir que a Ficha Limpa seja destruída! O presidente Lula tem apenas até segunda-feira para vetar ou sancionar o texto. Não podemos permitir esse absurdo! O Projeto que pode antecipar a volta de corruptos ao poder foi aprovado no Senado. Agora, a decisão está com o presidente Lula. Temos poucos dias e precisamos pressionar o presidente agora pedindo que ele honre o legado da Lei da Ficha Limpa e vete integralmente esse absurdo. Veta, Lula. A Ficha Limpa foi uma das maiores conquistas do povo brasileiro: 2 milhões de nós fizemos a nossa voz valer contra a corrupção e outros crimes cometidos por políticos. Não podemos deixar que esse mal que nos ronda ameace a nossa democracia mais uma vez. Juntos, podemos dar um recado claro ao Congresso e aos oportunistas.
Ficha Limpa 2
Os nossos parlamentares estão perdendo qualquer vergonha na cara. O Senado aprovou o projeto que pode alterar a Lei da Ficha Limpa, fazendo com que políticos condenados por corrupção, envolvimento com crime organizado e até golpes de Estado possam voltar ao poder mais rápido. Parlamentares fizeram uma verdadeira campanha pela aprovação deste projeto, provavelmente pensando em se beneficiarem no futuro. Mas se agirmos rápido e formos muitos, demonstraremos ao presidente Lula que ele tem o apoio popular de que precisa para vetar esse atraso. No último final de semana, nós, brasileiros, fomos em massa às ruas contra a bandidagem. Agora, vamos continuar mostrando que estamos do lado da justiça e da transparência.
Chantagem
Melhor exemplo de chantagem não há. O relator do projeto da anistia, Paulinho da Força (SSD-SP) , afirmou que se a proposta de perdão aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro não for votada na próxima terça-feira (30), o texto que amplia a isenção do Imposto de Renda corre risco de não ser votado na quarta-feira (1º). A manifestação ocorreu após reunião com a bancada do PT na Câmara. “Ainda tenho uma série de conversas, ainda vou acertar isso com o presidente Hugo Motta de votação. Mas tudo levar a crer que o texto será votado na terça. Acho, inclusive, que se não votar não votamos IR”, disse a jornalistas.
Senado enterra PEC da Blindagem
Ainda sob o impacto das manifestações populares que tomaram as principais capitais do país no domingo, o Senado Federal enterrou de vez a chamada PEC da Blindagem. O texto, aprovado com folga na Câmara dos Deputados há uma semana, foi rejeitado por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ainda havia a expectativa de que a proposta fosse ao plenário para votação, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), descartou essa possibilidade, afirmando que o regimento da Casa não permitia tal situação e poderia abrir precedentes perigosos. Com isso, Alcolumbre simplesmente arquivou o projeto e frustrou, ao menos por enquanto, o desejo dos muitos parlamentares que apoiaram a PEC em ter a prerrogativa de permitir ou não que o STF investigue deputados e senadores acusados de ações criminosas. “Cumprimos o que manda o regimento, sem atropelos, sem disse me disse, sem invenções”, disse o presidente do Senado. Ao final, a proposta, para lá de polêmica, morreu no colo da Câmara e, em especial, do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e de seu padrinho no cargo, Arthur Lira (PP-AL). (g1)
Senado enterra PEC da Blindagem 2
Com a derrota praticamente decretada de véspera, senadores do PL ainda tentaram encontrar um jeitinho para salvar algum ponto da PEC. Sérgio Moro (PL-PR) apresentou uma proposta de substituição do texto original, mas foi derrotado. Ao final, todos os senadores do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro deram o braço a torcer e votaram para que a PEC fosse rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, derrubando assim a proposta apoiada pelos 83 deputados do partido na Câmara que haviam aprovado o texto. (UOL)
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Na Câmara, conta Vera Magalhães, há um clima de revolta, com Alcolumbre sendo acusado de traição. Segundo deputados, o senador participou das costurar para aprovar PEC vinculada à transformação da anistia aos golpistas condenados pelo STF em redução das penas. Agora, dizem, deixa o ônus das medidas impopulares com a Câmara, que promete “dar o troco” em projetos que chegarem do Senado. (Globo)
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Sem velório, a PEC da Bandidagem foi enterrada ontem. E um dos vencedores foi o senador Confúcio Moura. Ele foi o único parlamentar de Rondônia a se posicionar contra, sendo criticado por bolsonaristas rondonienses. Sem medo de ser alvo de ataques, Confúcio Moura manteve firme e venceu. “Hoje foi um dia histórico no Senado: sepultamos de vez a proposta que tentava aumentar privilégios e dificultar a ação da Justiça contra parlamentares. Defendi desde o início que a política precisa de transparência e responsabilidade, não de blindagem. Vitória da democracia, vitória do povo brasileiro“.
Tarcísio apoia anistia de Bolsonaro
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esperou a chamada PEC da Blindagem estar morta para criticar a proposta, que teve como um dos principais artífices na Câmara deputados de seu próprio partido. Tarcísio afirmou que a PEC era uma “distorção” e que as manifestações de domingo eram reflexo da desconexão do Congresso com a população. O governador, no entanto, evitou apontar o projeto de lei que prevê a anistia do ex-presidente Bolsonaro como fonte de insatisfação popular. “Sempre acreditei que o projeto de lei (da anistia) pode representar aquilo que a gente espera: uma paz dialogada”, disse ele. (Valor)
Tarcísio ou Michelle?
Tarcísio segue trabalhando para ser o candidato da oposição nas eleições de 2026 e espera ser ungido como o sucessor de Bolsonaro, mesmo diante dos conflitos internos no clã. De acordo com interlocutores do ex-presidente e do governador, líderes do PP e do União Brasil teriam fechado um acordo para que Bolsonaro declare apoio a Tarcísio na corrida presidencial. A tarefa, porém, não é simples. Nesta terça-feira, Eduardo Bolsonaro se declarou candidato à Presidência caso seu pai não possa concorrer no ano que vem. Horas depois, a esposa do ex-presidente, Michelle, concedeu uma entrevista ao jornal inglês The Telegraph, dizendo que, “se for a vontade de Deus”, ela pode ser a candidata conservadora contra o presidente Lula em 2026. (Metrópoles e The Telegraph)
Presidente EAD
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro quer ser o primeiro presidente EAD da história do Brasil. Dudu ainda acha que tem salvação. Não tem. Será condenado e preso por atentar no exterior contra as instituições brasileiras. Se colocar os pés no Brasil será preso.
A terra é redonda
Uma prova de que os filósofos estavam certos e os bolsonaristas errados. A terra é mesmo redonda. E em filmes e novelas, tudo é possível, mas na política a ficção fica no chinelo. Há sete anos Lula estava preso, Sérgio Moro era o juiz e o advogado de defesa, era Cristiano Zanin. Agora Lula é presidente e Zanin é o ministro quem vai julgar Sérgio Moro.
A terra é redonda 2
A 1ª Turma do STF vai julgar, a partir de 3 de outubro, os embargos de declaração apresentados pelo senador Sergio Moro em ação penal por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes. A relatora do caso, ministra Cármen Lúcia, marcou o início do julgamento em sessão virtual. O colegiado é presidido atualmente pelo ministro Cristiano Zanin, ex-advogado do presidente Lula que defendeu o petista em processos nos quais Moro atuou como juiz durante a Operação Lava Jato. Dois dias antes do início do julgamento, Zanin passará a presidência da 1ª Turma para o ministro Flávio Dino, ex-ministro da Justiça de Lula, que também já teve embates com Moro no passado. (Metropoles)
Lula e Trump
Em meio a tensões diplomáticas com Washington, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende se reunir o mais breve possível com o presidente americano Donald Trump para tentar encerrar o mal-estar entre Brasil e Estados Unidos. O petista destacou que, como as duas maiores economias do continente, é preciso encontrar uma pacificação e disse estar “otimista” quanto a uma aproximação com o presidente dos EUA. “Se somos as duas maiores economias e os dois maiores países do continente, não há por que viver em conflito”, disse Lula em uma entrevista coletiva na sede da ONU. Foi a primeira manifestação do presidente brasileiro desde o encontro que teve com Trump na véspera, nos bastidores da Assembleia Geral. Lula disse ter concordado com o presidente americano sobre os dois terem tido uma boa química quando se abraçaram. “Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu. Fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química boa entre nós.” Lula afirmou esperar uma conversa “civilizada”, sem espaço para brincadeiras, e garantiu que tratará Trump com o respeito que merece como presidente dos Estados Unidos, na expectativa de receber o mesmo tratamento. Ele também disse estar disposto a discutir qualquer tema colocado pelo republicano: “Não tem limite a nossa conversa. Vamos colocar na mesa tudo o que precisar ser discutido.” (CNN Brasil)
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Na melhor das hipóteses para Bolsonaro, Trump conversará com Lula e nada acontecerá. Porque piorar, não vai piorar. Mesmo que os americanos imponham mais sanções, isso já estava na conta de todo mundo. Agora, se Trump melhorar só um pouquinho a relação com o Brasil, Bolsonaro se ferra muito. Porque, hoje, o único aliado real que o ex-presidente tem é Donald Trump. Se perdê-lo, acabou. A análise é de Pedro Doria. (YouTube)
O bode na sala
Muitos estão criticando Lula por já não ter aproveitado e conversado de vez com Trump nos Estados Unidos. Calma, calabreso. Quem colocou o bode na sala foi Trump. A pressa é dele. Foram os Estados Unidos os mais prejudicados com a taxação. Ele que tire o bode da sala. Lula está a cavaleiro nesse imbróglio.
Lula e Zelensky
Lula usou o dia para finalmente se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em um muito adiado encontro entre os dois presidentes. Zelensky saiu da reunião animado e afirmou que Lula demonstrou disposição de “fazer tudo ao seu alcance” para aproximar Kiev de um cessar-fogo. “É bom que haja sinais do Brasil, do presidente e de sua equipe, de que apoiam, antes de tudo, a paz para o povo ucraniano”, disse o presidente da Ucrânia. O aceno ocorre um dia depois de Lula reiterar na ONU que não há saída militar para o conflito e defender a diplomacia como caminho para a paz entre Rússia e Ucrânia. (Globo)
Eduardo Bolsonaro sendo cobrado
Enquanto tenta minimizar a aproximação entre os presidentes Donald Trump e Lula, Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) está sendo cobrado pela Câmara dos Deputados por quatro faltas injustificadas em março deste ano, quando ele já estava nos Estados Unidos. Ao todo, Eduardo deve R$ 13,9 mil porque faltou às sessões antes de pedir a licença sem remuneração. Como não pagou, a Câmara iniciou os procedimentos para incluir o parlamentar no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). Segundo a Câmara, ele também poderá ser inscrito posteriormente na Dívida Ativa da União. (g1)
Paracetamol e Tylenol
Donald Trump resolveu transformar o paracetamol no novo vilão da vez. Ao associar o uso do Tylenol na gravidez ao aumento do autismo — sem provas científicas —, espalhou pânico entre gestantes e alimentou grupos negacionistas. Antes a culpa era da vacina, agora é do analgésico mais seguro indicado por médicos no mundo todo. O resultado? Mulheres assombradas pela dor e pelo medo, enquanto políticos fazem da ciência um palanque. Confira a opinião de Mariliz Pereira Jorge no programa De Tédio a Gente Não Morre. (YouTube)
Consumo de álcool entre adolescentes
Uma pesquisa da Unifesp, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, indica um crescimento no consumo de álcool entre adolescentes e do número de brasileiros que enfrentam um transtorno por uso abusivo. Após cair quase pela metade o percentual de adolescentes com algum transtorno alcoólico, chegando a 4,6% em 2012, o índice voltou a subir em 2023, atingindo 5,7%. A cerveja é a bebida mais associada a consumo de risco e transtorno por uso de álcool. Na população em geral, a queda no consumo foi de 5,2 pontos percentuais. O levantamento foi feito com 16.608 participantes de 14 anos ou mais de todas as regiões do país. (g1)
Celulares nas escolas
Após a proibição dos celulares nas escolas, 78% dos alunos relataram maior interação presencial com amigos e 75% disseram sentir menor pressão para estarem online, segundo uma pesquisa realizada por um centro de estudos de Stanford. O levantamento mostra ainda que 41% perceberam menos brigas ou mensagens maldosas na internet entre alunos. Os professores também notaram diferença, sendo que 63% deles relatam melhora no comportamento dos alunos e 74% dizem que os jovens têm prestado mais atenção nas aulas. Mas a implementação ainda é um desafio no Ensino Médio, no qual 55% disseram usar o telefone escondido e 47% afirmam que ignoram o banimento. (Globo)
Quem é o político de Rondônia?
A pergunta que não quer calar. Quem é o parlamentar federal de Rondônia (temos 11) que está envolvido com a Rueda Linhas Aéreas? O nome do presidente nacional do União Brasil, o advogado Antonio Rueda, apareceu nas apurações da Operação Tank, deflagrada pela Polícia Federal como desdobramento da Operação Carbono Oculto. A investigação mira infiltrações em setores estratégicos da economia, incluindo combustíveis, finanças e transporte aéreo. Fontes do Blog Entrelinhas contaram que Rueda teria comprado três dos cinco aviões da TAP em nome de um político de Rondônia. A Polícia Federal apura se o financiamento das aeronaves está sendo paga com dinheiro do PCC. Um político de Rondônia teria emprestado o nome para Rueda financiar os aviões em troca de poder político.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político, com informações do Canal Meio
Informações para a coluna: rk@ademocracia.com.br




