Solicitação foi feita pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais
Representantes da extrema direita na Câmara, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), federal, e Bruno Engler (PL-MG), estadual, podem perder seus direitos políticos. A solicitação foi feita pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais (MPE-MG).
A motivação do pedido foram ataques feitos pelos parlamentares ao então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD-MG), em 2024. Ambos são acusados de difamação.
Além da perda dos direitos políticos, a denúncia pede indenização por danos morais à família de Fuada Noman, que morreu aos 77 anos, em março de 2025.17:29 08/07/2025
Conforme o MP, os denunciados propagaram, de forma intencional, informações falsas para prejudicar a candidatura do então prefeito e beneficiar seu adversário no segundo turno do pleito.
Foi utilizado, inclusive, um trecho descontextualizado do livro “Cobiça”, escrito por Fuad, o associando falsamente a uma suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio, durante festival de quadrinhos promovido pela prefeitura.
O caso teve origem na divulgação de vídeos em que Nikolas e Engler criticavam a obra de ficção. O MP afirmou que os deputados agiram com “difamação” ao vincular o conteúdo do livro, que inclui uma cena de violência sexual fictícia, à gestão do então prefeito.
“Leviano e injusto”
“De forma leviana e injusta, conectou a obra de ficção a um evento real”, destacou o MP a respeito das declarações de Nikolas, que classificou o livro como “pornográfico” e afirmou que “o problema é quando a ficção vira a realidade”.
A denúncia apontou que Nikolas descumpriu ordem judicial para remover o vídeo original de suas redes sociais, em outubro de 2024, e, também, “passou a debochar publicamente da decisão”, ao postar novo conteúdo repetindo as acusações.
Além de Nikolas e Engler, mais duas pessoas foram denunciadas pelo MP. Coronel Cláudia (PL), candidata a vice-prefeita na chapa de Bruno Engler, e a deputada estadual Delegada Sheila (PL).