domingo, dezembro 7, 2025
spot_img
spot_img

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Benjamin Netanyahu

Premiê de Israel é acusado de promover de crimes contra a humanidade e crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusados de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Gaza, incluindo privação de alimentos, água e medicamentos à população civil.

O TPI também emitiu um mandado de prisão contra o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, informou a Sputnik.

“A Câmara emitiu mandados de prisão contra dois indivíduos, o Sr. Benjamin Netanyahu e o Sr. Yoav Gallant, por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos desde, pelo menos, 8 de outubro de 2023 até, pelo menos, 20 de maio de 2024, data em que a Procuradoria apresentou os pedidos de mandados de prisão”, afirma um comunicado à imprensa no site do TPI.

Leia a íntegra da decisão “Situação no Estado da Palestina: Câmara Pré-Julgamento I do TPI rejeita desafios de jurisdição apresentados pelo Estado de Israel e emite mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant”.

TPI emite mandados de prisão
Hoje, 21 de novembro de 2024, a Câmara Pré-Julgamento I do Tribunal Penal Internacional (TPI), em sua composição para tratar da situação no Estado da Palestina, decidiu, por unanimidade, rejeitar dois desafios apresentados pelo Estado de Israel com base nos artigos 18 e 19 do Estatuto de Roma. Além disso, foram emitidos mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant.

Decisões sobre os pedidos de Israel
A Câmara analisou dois pedidos submetidos por Israel em 26 de setembro de 2024. No primeiro, Israel contestava a jurisdição do TPI sobre a situação na Palestina e sobre cidadãos israelenses, com base no artigo 19(2) do Estatuto. No segundo, Israel solicitava que a Procuradoria notificasse novamente o início da investigação, conforme o artigo 18(1), além de pedir a suspensão de quaisquer procedimentos relacionados à situação, incluindo os mandados de prisão de Netanyahu e Gallant.

Sobre o primeiro desafio, a Câmara reafirmou que a jurisdição do TPI se baseia no território da Palestina e que a aceitação de Israel não é necessária. Constatou também que os Estados não podem contestar a jurisdição do Tribunal antes da emissão de mandados de prisão. Em relação ao segundo pedido, a Câmara destacou que Israel foi notificado sobre a investigação em 2021 e que nenhuma nova notificação era necessária, pois os parâmetros da investigação permanecem os mesmos.

Mandados de prisão
Foram emitidos mandados de prisão contra Benjamin Netanyahu, nascido em 21 de outubro de 1949, então Primeiro-Ministro de Israel, e Yoav Gallant, nascido em 8 de novembro de 1958, então Ministro da Defesa. Ambos são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo assassinato, perseguição e atos desumanos, além de privar intencionalmente a população de Gaza de bens essenciais, como alimentos, água, eletricidade e medicamentos, entre outubro de 2023 e maio de 2024.

 

Brasil 247

Compartilhe

Related Articles

- Advertisement -spot_img

Colunas

Sem tempo

@viniciocarrilhomartinez  Sem o tempo não há dúvidas. Sem o tempo, o vagar (no reino da pressa, na rotina das "múltiplas tarefas"), vivemos consumindo o imediato.  Meditar sobre...

Entre estar e pertencer

Ester Dias da Silva Batista  Dizem que a arte imita a vida e, às vezes, é justamente em filmes e séries que encontramos verdades que...

Veja na RKTV-Luciana Bauer, ex-juíza acusa Sergio Moro: mafioso e agressor

Ex-juíza federal Luciana Bauer supera medos e traumas numa entrevista-bomba a Joaquim de Carvalho no Brasil 247, e enfim revela crimes da 13ª Vara...

Acessibilidade

Vinício Carrilho Martinez Pelo senso comum, pela definição provinda das coisas muito óbvias, a acessibilidade é uma das regras básicas da democracia. Sem acessibilidade, é...

Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê (*) Dallagnol paga indenização a Lula O ex-procurador da República e deputado federal cassado Deltan Dallagnol quitou o valor de R$ 146.847,13 referente...