Senador liga o modo pânico após operação da PF de busca e apreensão contra o seu pai, que teve celular, pendrive e 14 mil dólares em espécie apreendidos
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou em desespero após a operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) contra o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta sexta-feira (18).
A operação foi deflagrada, a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar que Bolsonaro fuja do país antes do julgamento a que será submetido por tentativa de golpe de Estado. O magistrado impôs medidas restritivas ao ex-presidente como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se comunicar com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos para articular retaliações ao Brasil, proibição de se aproximar de embaixadas, entre outras.
Durante a operação, policiais federais apreenderam o celular de Bolsonaro, 14 mil dólares em espécie e um pendrive que estava escondido no banheiro de sua casa.
Com o cerco se fechando, Flávio Bolsonaro ligou o “modo pânico” e passou a pedir para que o presidente dos EUA, Donald Trump, suspenda a tarifa de 50% que impôs às exportações brasileiras como represália ao julgamento do ex-presidente.
“O justo seria Trump suspender a taxa de 50% sobre importações brasileiras e meter sanção individual em quem persegue cidadãos e empresas americanas, viola liberdades, usa o cargo público para violar direitos humanos e implodir a democracia de um país para satisfazer seu próprio ego”, escreveu Flávio.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador para saber o motivo da exclusão, e a resposta foi que ele “achou melhor tirar; como já tinha uma primeira publicação, achou que era suficiente”.
Em outra postagem, o senador deixou ainda mais claro o seu desespero ao comparar Bolsonaro com Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul e líder de um campo político que é exatamente o oposto ao de seu pai.
“Fica firme, pai, não vão nos calar! A proposital humilhação deixará cicatrizes nas nossas almas, mas servirão de motivação para continuarmos lutando pelo nosso Brasil livre de déspotas (…) O ardil é tanto, que faz exatamente no início do recesso parlamentar, quando Brasília está vazia. Mas seu cálculo certamente esqueceu de levar em conta que hoje, 18/Jul, é o Mandela Day. Dia em que o mundo celebra o símbolo de resistência e luta pela liberdade! Não é uma coincidência apenas!”, disparou o senador.
Revista Forum