quarta-feira, dezembro 31, 2025
spot_img
spot_img

STF forma maioria para tornar réus deputados do PL por corrupção com emendas

A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Josimar Maranhãozinho (PL-MA) era o líder do grupo

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus dois deputados e um suplente do PL, partido de Jair Bolsonaro, por corrupção passiva e organização criminosa, informou o jornalista Fabio Serapião, do portal Metrópoles, neste sábado (8).

O julgamento ocorre na Primeira Turma do STF, em plenário virtual, com votos favoráveis já registrados dos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia. Também fazem parte da Primeira Turma os ministros Luiz Fux e Flávio Dino. Eles deve registrar seus votos até 11 de março.

“Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, diz trecho do voto do ministro-relator, Zanin.

A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), aponta que Josimar Maranhãozinho (PL-MA), líder do grupo, Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) solicitaram propina de R$ 1,6 milhão ao prefeito de São José do Ribamar (MA) para liberar R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares a serem destinadas à saúde pública. A PGR afirma que Maranhãozinho liderava um esquema de desvio de recursos e chegou a ser flagrado com maços de dinheiro em outra investigação.

A investigação começou em novembro de 2020. Além dos parlamentares, o grupo contava com a participação de lobistas e de um agiota. Maranhãozinho, em outra apuração, chegou a ser flagrado com maços de dinheiro, segundo a PGR.

O esquema operava da seguinte maneira: agiotas realizavam empréstimos a parlamentares, que, em troca, indicavam emendas orçamentárias para prefeituras. Posteriormente, os agiotas cobravam dos prefeitos o reembolso dos valores emprestados, fechando assim o ciclo de desvio de recursos públicos.

Brasil 247

Compartilhe

Related Articles

- Advertisement -spot_img

Colunas

A estupidez inacreditável de comparar Watergate ao que faz Malu Gaspar

Malu Gaspar não apresentou uma única prova contra Alexandre de Moraes. O que existe são seis relatos em off e um contrato firmado entre...

⁠Efeito Lula: otimismo cresce e 69% esperam melhora pessoal em 2026, diz Datafolha

Uma pesquisa do Datafolha aponta crescimento do otimismo dos brasileiros para 2026, com 69% dos entrevistados afirmando que esperam melhora na situação pessoal em...

A jornalista e o juiz

Justiça não aceita “off” Por Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial) Minha colega de profissão, Malu Gaspar,...

CAPITALISMO DIGITAL – Mais valia onírica

@viniciocarrilhomartinez É bem provável que muitas outras abordagens, em linhas diversas desta aqui, tenham adotado esse título ou assemelhado, a fim de esboçar essa pretensão...

Indulto de Natal

Quando chega essa época, penso em algumas coisas: 1. Aprendi quando criança que o espiritualismo tem o princípio de que não há pena perpétua: todos...