Acusado de relação com PCC, Marçal chama integrantes de seu partido de “bandidos” e PCC de empreendedores

O PCC está na campanha de Pablo Marçal. Coach condenado por integrar quadrilha de fraudes a banco, que vive um crescimento explosivo na corrida pela Prefeitura de SP, reagiu ao principal assunto do dia envolvendo seu nome

O coach Pablo Marçal (PRTB), um condenado pela Justiça a cinco anos e quatro meses de prisão por integrar uma quadrilha de fraudes a banco, e que é candidato a prefeito de São Paulo, resolveu reagir ao principal assunto do dia envolvendo seu nome: as acusações de que mantém relações estreitas com o PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior organização criminosa do Brasil e que opera em pelo menos 24 países. No entanto, o forasteiro goiano que quer comandar a maior cidade brasileira o fez de forma um pouco incomum e complicada.

Durante uma sabatina da Record TV, Marçal chamou os aliados de seu partido, muitos deles próximos e que bancaram sua candidatura, de “bandidos”, porque a polícia e o Ministério Público vêm descobrindo elo deles com o PCC.

“Como eu já fui investigado, fiquem à vontade. Pau nesses bandidos… Todos do meu partido que tiverem qualquer ligação com quem quer que seja, pau nesses bandidos”, disse o coach, com sua habitual informalidade oral.

Para tentar se desvencilhar da acusação, Marçal colocou a culpa na existência de partidos políticos, que são obrigatórios na legislação brasileira para que alguém lance seu nome na disputa por um mandato. “Partido é aquela coisa que mais atrapalha”, começou dizendo.

“Eu sonho é com o Brasil, meu partido é o Brasil. Eu sonho com o brasileiro podendo se candidatar sem partido político. O PCC está infiltrado em quase tudo. Eles fizeram virar uma megaoperação de empreendedorismo. Eu não tenho nada com esses caras”, acrescentou Marçal, nitidamente irritado com o questionamento.

Ele ainda insistiu que as acusações são por mera estratégia política de seus adversários, que tentam “manchar” seu nome. Na manhã desta sexta (23), Tabata Amaral (PSB), também candidata à Prefeitura de São Paulo, veiculou uma propaganda eleitoral na qual mostra um complexo organograma em que Marçal supostamente seria uma figura central na estrutura do PCC.

“Todo mundo quer me associar com qualquer tipo de coisa. Não me curvo para bandido, para crime. Cada um que se lasque”, falou ainda o candidato.

Revista Fórum

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