terça-feira, agosto 26, 2025
spot_img

Rodrigo Rollemberg poderá voltar à Câmara Federal

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para permitir que os candidatos prejudicados pelas regras das sobras partidárias em vigor nas eleições de 2022 possam assumir o mandato imediatamente. É o caso de Rodrigo Rollemberg (foto). Ele questionou a constitucionalidade da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a partilha dos cargos de deputados federais.

O PSB, partido de Rollemberg, e o Podemos apontam que todas as legendas e seus candidatos devem participar da distribuição das cadeiras remanescentes, independentemente de terem alcançado a exigência dos 80% e 20% do quociente eleitoral, respectivamente. Em julgamento há quatro meses, o STF entendeu que esses partidos tinham razão. Porém, determinou que a regra só entre em vigor nas próximas eleições municipais. Para maioria dos ministros, quem foi eleito para a Câmara deve permanecer.

Ocorre que o PSB alega que a modulação dos efeitos da decisão — que define quando a regra deve entrar em vigor — exige quórum qualificado de dois terços dos votos, e a decisão foi proclamada com maioria simples. Ao apreciar os embargos de declaração, em julgamento virtual, seis ministros concordaram com a tese. São eles: Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Nunes Marques, Dias Toffoli e Cristiano Zanin. A relatora, ministra Carmen Lúcia, rejeitou os embargos. Mas, se ninguém mudar de opinião, teremos mudanças na Câmara dos Deputados.

Trabalho em dobro

O ex-governador Rodrigo Rollemberg, que hoje exerce o cargo de secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), está otimista. O mandato está quase pela metade, mas ele acredita que vai assumir. “Terei que trabalhar em dobro”, afirma. Se ele estiver certo, o deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF) terá de deixar o cargo para que Rollemberg tome posse.

Destaque para o plenário

O ministro André Mendonça (ao lado) pediu destaque para que o caso das sobras partidárias, em julgamento virtual, seja levado ao plenário. Essa medida pode atrasar uma decisão final.

Fonte: Correioweb

Foto: MARCELO FERREIRA/CB/D.A PRESS

Compartilhe

Related Articles

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisement -spot_img

Colunas

Tarcísio tenta aprovar PL que entrega terras públicas a latifundiários com até 90% de desconto

Tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) o Projeto de Lei nº 410 de 2025, enviado pelo governador...

Coluna Zona Franca

Eduardo Bolsonaro é um traidor O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elevou o tom contra o clã Bolsonaro nesta terça-feira (26), ao afirmar que...

O erro de priorizar apenas as redes sociais na comunicação de um político

Por Alessandro Lubiana (*)   Comunicação pública exige estratégia multicanal, presença real e conexão com diferentes públicos Num cenário cada vez mais dominado pelas redes sociais, é...

AGU pede à PF investigação sobre fake news contra Banco do Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou à Polícia Federal (PF) pedido de abertura de investigação para apurar a divulgação de fake news envolvendo o...

Independência e soberania: PT convoca mobilização popular para 7 de setembro

A militância e dirigentes do Partido dos Trabalhadores estarão juntos com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de centrais sindicais, partidos...