Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê

 

Goela abaixo

Pode ser uma imagem de textoAs feições do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), durante a apresentação (imposição) do seu pré-candidato a vice, eram de alguém desesperado, assustado e preocupado. O nome escolhido foi empurrado goela abaixo. Era visível o constrangimento. O ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), Ricardo Mello Araújo (PL), 53 anos, será o candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes. A ilustração é do Miguel Paiva.

Goela abaixo 2

Quem está sorrindo de orelha a orelha é o coach Pablo Marçal (PRTB), que se beneficia desta nefasta indicação. As pesquisas indicam que Pablo Marçal tira votos de Nunes e não de Guilherme Boulos (PSOL). As próximas pesquisas devem confirmar que a cara de enterro de Nunes na apresentação do ex-comandante da Rota para vice, tinha razão de ser.

Boulos é a esperança da esuerda

A candidatura para a prefeitura de São Paulo de Guilherme Boulos (PSOL) deve “abrir novos caminhos” para a esquerda na América Latina e na Europa, avalia o argentino Gerardo Pisarello, vice-prefeito de Barcelona, na Espanha, durante a gestão de Ada Colau (2015 – 2023). Todas as pesquisas indicam o favoritismo de Boulos.

Lei Alexandre Correa

Alexandre Correa, ex-marido da apresentadora da Record Ana Hickmann, anunciou nas redes sociais a pré-candidatura a vereador na cidade de São Paulo (SP) pelo Avante. Sua plataforma de campanha é surreal. Segundo o empresário de 51 anos, ele quer “dar atenção à violência contra os homens”. Correa diz que “muitos homens sofrem de vergonha e estigmatização ao tentar denunciar os abusos, e que, além disso, há um aumento substancial de retaliação por parte dos agressores”.

Lei Alexandre Correa 2

Na bio do Instagram, o empresário apresenta as principais pautas: “Lutando contra a falsa denúncia e alienação parental”.  Alienação parental é a manipulação psicológica de uma criança por um dos pais, com o objetivo de distanciar e prejudicar o relacionamento com o outro genitor. Isso pode incluir ações como fazer falsas acusações, manchar a imagem do pai/mãe ou impedir o contato entre a criança e o outro progenitor. Esse comportamento pode causar danos emocionais significativos à criança e ao relacionamento familiar. Nesta sexta-feira (21), ele publicou um vídeo falando sobre violência contra homens. “É um problema real, mas muitas vezes subnotificado. É crucial trazer mais visibilidade e apoio para todos que enfrentam essa realidade”, escreveu na legenda. Ele também se colocou à disposição para ajudar homens vítimas de agressão. Alexandre é acusado de violência doméstica pela apresentadora e ex-mulher, Ana Hickmann. Ele nega as acusações e diz que tudo foi armado pela ex-esposa.

Rachadinha

Após o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) nas próximas semanas como um dos líderes da organização criminosa que furtou e vendeu joias do acervo da Presidência da República nos Estados Unidos, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro deve entrar na mira da Polícia Federal (PF). O foco é o pagamento por meio do cartão corporativo da Presidência de despesas pessoais da ex-primeira-dama. Segundo a PF, há provas de que Michelle usou o cartão da Presidência para pagar contas pessoais e até procedimentos estéticos, além de quitar contas de parentes com o cartão. Em 2023, uma série de denúncias foi feita sobre o uso do cartão corporativo por Michelle, que usava também um esquema similar aos casos de corrupção das “rachadinhas” – investigados nos gabinetes de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Alerj e de Carlos Bolsonaro (PL-RJ, na Câmara Municipal do Rio. O pente-fino feito nas contas mostra que a esposa de Bolsonaro teria usado o cartão corporativo até mesmo para colocar novos implantes nos seios.

Bravata

O deputado republicano Chris Smith, dos Estados Unidos, resolveu intimar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após ter tido acesso a “relatos alarmantes” advindos de parlamentares bolsonaristas que visitaram seu país recentemente. Ele enviou cartas ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal intimando Moraes a “prestar esclarecimentos em até 10 dias”, em Washington DC. A carta de Smith chegou nos gabinetes dos presidentes das casas: Luís Roberto Barroso (STF), Cármen Lúcia (TSE), Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado). 

Bravata 2

Alexandre de Moraes, obviamente, ignorou a bravata. Mas nas redes sociais, figuras ligadas ao lavajatismo e ao bolsonarismo aproveitaram a deixa para ganhar uns ‘likes’. Uma dessas figuras foi o ex-procurador federal e ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) que no X, antigo Twitter, reproduziu as informações sobre o caso divulgadas por Lauro Jardim, no jornal O Globo. A publicação fez sucesso entre os seguidores. Foram quase 300 mil visualizações até a noite desta sexta-feira (21), além de milhares de comentários e interações.

Bravata 3

 Dallagnol simplesmente ignora questões básicas de diplomacia e direito internacional e alega que, mesmo sem haver jurisdição, os EUA teriam poder para impor sanções ao governo brasileiro e a Alexandre de Moraes. Entre essas sanções estariam o bloqueio de contas bancárias e a proibição da realização de viagens. Acontece que a realidade é um pouco mais complicada do que o desejo ideológico. Na prática, não há qualquer jurisdição para um congressista dos EUA intimar um juiz da Suprema Corte de outro país. Os próprios EUA não possuem qualquer jurisdição legal em território brasileiro.

Bravata 4

O Estado brasileiro, caso realmente viole direitos humanos, pode ser processado em tribunais internacionais, como o famoso Tribunal de Haia, na Holanda – o Tribunal Penal Internacional. Assim como os EUA e qualquer outro Estado nacional. Os EUA, enquanto Estado nacional, não fazem parte de nenhuma instância dessa natureza e seu papel de “sherife do mundo” é mera retórica ideológica, sem respaldo em leis e tratados internacionais. Em outras palavras, uma eventual sanção contra Moraes seria interpretada pela comunidade internacional como um ato arbitrário e abusivo dos próprios EUA. (Revista Fórum).

 

                                              São João de Maceió

Programação do São João de Maceió 2024 é lançada — Foto: Secom MaceióUm dos maiores djs do mundo, o brasileiro Alok, vai estar hoje no São João de Maceió, ao lado da dupla Victor e Leo. O rico São João de Maceió terá também dia 23 de junho (domingo) Gusttavo Lima e Belo; 24 de junho (segunda-feira) Jorge e Mateus e Zezé Di Camargo & Luciano; 25 de junho (terça-feira) Elba Ramalho, Ana Castela, Léo Santana, Leonardo e Zé Vaqueiro; 26 de junho (quarta-feira) Flávio José, Simone Mendes, Calcinha Preta e Luan Santana;  27 de junho (quinta-feira) Bruno & Marrone e Wesley Safadão; 28 de junho (sexta-feira) Nattanzinho, Bell Marques, Mano Walter, Limão com Mel e César Menotti e Fabiano. E domingo encerra com João Gomes. É mole ou quer mais? Antes de Maceió, o São João de Campina Grande (PB) detinha o título de maior festa junina do país.

  São João de Maceió 2

Foi por isso que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), liberou todos os parlamentares para votar à distância durante a semana de São João. Anteriormente, ele havia permitido somente os deputados do Nordeste de se ausentar presencialmente das decisões na Casa legislativa. A dispensa de comparecimento à Câmara se dá todos os anos, porque os deputados participam das tradicionais festas de São João em seus Estados.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

A coluna é diária e conta com informações do G1, Globo, R7, CNN, Folha de S. Paulo, Brasil 247, Revista Fórum, Veja, Folha, Metrópoles, DCM, Brasil de Fato, dentre outros.

Informações para a coluna:  rkuppe@gmail.com

 

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