O nome do presidente nacional do União Brasil, o advogado Antonio Rueda, apareceu nas apurações da Operação Tank, deflagrada pela Polícia Federal como desdobramento da Operação Carbono Oculto. A investigação mira infiltrações em setores estratégicos da economia, incluindo combustíveis, finanças e transporte aéreo.
Fontes do Blog Entrelinhas explicaram que Rueda teria comprado três dos cinco aviões da TAP em nome de um político de Rondônia. A Polícia Federal apura se o financiamento das aeronaves está sendo paga com dinheiro do PCC. O político de Rondônia, que pode ser considerado um político profissional, nunca mexeu com pó nem com crime organizado. Ele teria emprestado o nome para Rueda financiar os aviões em troca de poder político.
Segundo depoimento prestado pelo piloto Mauro Caputti Mattosinho, que trabalhou na empresa Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), Rueda seria sócio oculto da companhia, usada em diversas ocasiões por figuras envolvidas nas operações investigadas. O piloto afirmou que o dono da TAP, Epaminondas Chenu, mencionava que o dirigente partidário liderava um grupo “com muito dinheiro que precisava gastar” na compra de aeronaves.
Aviões avaliados em mais de R$ 60 milhões
De acordo com registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ao menos quatro aeronaves estariam vinculadas a Rueda, embora registradas em nome de terceiros. Juntas, elas somam valor superior a R$ 60,4 milhões.
Estrutura empresarial e supostos laranjas
Os documentos revelam que parte das aeronaves passou por empresas ligadas a Bruno Queiroz, contador de 37 anos, natural de Fortaleza e residente em São Paulo. Ele figura como dirigente de companhias como a Magic Aviation, a Bariloche Participações S.A. (com capital social de R$ 110 milhões) e a Rovaniemi Participações S.A.
Todas as aeronaves atribuídas a Rueda são operadas pela Transportes Aéreos Piracicaba (TAP), empresa também usada por Roberto Augusto Leme, conhecido como Beto Louco, investigado em operações ligadas a organizações criminosas.
Uso político e suspeitas de financiamento
O Blog Entrelinhas revelou que Rueda teria adquirido três das cinco aeronaves da TAP em nome de políticos de Rondônia, que teriam “emprestado o nome” para formalizar a compra em troca de influência política. A Polícia Federal investiga se o financiamento das aeronaves foi realizado com recursos de origem suspeita.
A suspeita se intensificou após dois chefes da facção investigada terem escapado em aviões da TAP, e também por indícios de que empresas de transporte terrestre em Rondônia poderiam estar sendo usadas para movimentações financeiras suspeitas.
Defesa
Antonio Rueda negou qualquer envolvimento com o caso. Em nota, declarou:
“Meu nome foi suscitado em um contexto absolutamente infundado. Estou sendo vítima de uma campanha difamatória.”
O presidente do União Brasil afirmou ainda que tomará medidas judiciais para resguardar sua imagem.
Próximos passos
Até o momento, a única referência direta a Rueda consta no depoimento do piloto Mattosinho. A PF avalia se abrirá uma nova frente de investigação contra o dirigente partidário, caso surjam evidências adicionais sobre sua participação nas operações societárias e financeiras relacionadas ao transporte aéreo.
Fonte: Rondoniaovivo.com e Blog Entrelinhas