Criticar de qual forma ?
Se a crítica sadia não for aceita como indicativo para revisão comportamental então não estamos preparados para a coletividade.
Ao longo dos últimos tempos tenho feito várias observações sobre a atuação do campo progressista.
A política, como sempre, é um terreno fértil onde se reproduz oportunidades para os mais diversos modos de operar. Seja na religião, no futebol ou na esfera de poder. Nunca desvincula se direta ou indiretamente da política.
Para os que as9sumem mandatos eletivos sob a batuta de um partido progressista, estes sim precisam atentar para que seus atos não sejam destoando dos interesses coletivos, éticos e morais. Óbvio.
É neste sentido que tecemos nossas críticas e pelejamos para que sejamos minimamente compreendidos. Infelizmente temos visto eleitos no PSB, PDT e PT atuando de forma antagônica aos programas de seus partidos. Quando questionados sobre a postura logo partem para o vitimismo, imprimem discursos de contra ataque sem contudo buscar o que fundamenta as críticas.
Nos embates dentro de cada partido, sempre brota no rescaldo, a certeza de que a filosofia de resistência, a convicção ideológica e as práticas socialistas são os melhores ingredientes para o crescimento e a construção permanente. O respeito às diferentes formas de ver servem para ajustar, com clareza, exatamente onde estamos e para onde queremos ir.
Quando se levanta o muro da razão absoluta é porque não está seguro da própria verdade. A soma de ideias é o propósito do crescimento, da construção coletiva.
Cá entre nós…
O 17⁰ encontro estadual do PT/RO, espaço onde, teoricamente, seriam debatidos os diversos temas relativos à política nacional e estadual, limitou-se a discursos evasivos e subterfúgios, consumindo o sentimento de grandeza.
O vitimismo exacerbado, a falta de ética no ataque e a tese aprovada por votos (em dois turnos) refletiu o sentimento da militância de contracheque.
2026. Como será?
Ora, especialmente o PT que, em razão dos efeitos das políticas de Lula, deveria estar pilotando o movimento CAMINHADA ESPERANÇA, na verdade, guarda apenas a condição de coadjuvante!
Não terá forças para indicar nada além das chapas proporcionais…
Eu particularmente, fui ao encontro dia 06.09, com o espírito propositivo, de instituir grupos de trabalhos para atender aos interesses políticos para 2026.
Uma comissão mista abordando todos os pontos de um plano mínimo de governo.
Educação, saúde, infraestrutura, agricultura familiar e principalmente a pauta ambiental. É óbvio que uma composição com o senador Confúcio Moura vai precisar de muita força para superar os ataques anti ambientalistas que a direita prepara, eles abordarão a criação das reservas pelo então governador colocando os invasores como vítimas.
Precisamos fazer prevalecer a ideia de que a pauta ambiental não seja uma pauta de esquerda apenas. É sim, uma pauta do planeta, de sobrevivência da humanidade…
Precisamos mostrar a diferença entre os progressistas e os conservadores sobre política sociais. Especialmente naquilo que são pilares de uma reformulação social.
Saúde.
A BR 364 não pode continuar como corredor hospitalar onde toda semana temos profissionais e pacientes vitimados por acidentes graves. Havemos de propor soluções imediatas descentralizando as especialidades de média e alta complexidade no atendimento à população. Educação.
Precisamos refutar a ideia da militarização escolar. As unidades com este caráter nem sempre apresentam o melhor IDEB. Enquanto estado, precisamos investir em mais escolas técnicas (estilo Abaitará) melhorando o nível profissional como alternativa ao meio produtivo.
Quem sabe transformar o CENTRER/EMATER em uma universidade ou faculdade agrícola estadual, essa mesma instituição pode formar profissionais e prestar serviços de assistência técnica e pesquisa junto ao setor produtivo simultaneamente. Elevando a instituição em uma unidades de serviços e formação de mão de obras especializadas acabando com o ‘cabide eleitoreiro’ e a politicagem que consome grande parte do orçamento da SEAGRI.
A agricultura familiar carece de atenção especial. O alto volume de produtos que chegam à mesa do consumidor ainda vem de outros estados.
A transformação de produtos da agricultura precisa ser vista como coadjuvante ao progresso do estado. Vamos deixar de ser apenas produtores de matéria prima.
Também não basta distribuir equipamentos sem um programa efetivo que assegure o avanço do setor agrícola.
Não basta distribuir sementes sem garantir a transformação e mercado de seus derivados…
Como exemplo, as organizações rurais esforçam-se para implantar unidades de processamento de lácteos, no entanto os agentes do estado apresentam ‘N’ dificuldades a cada visita técnica e, acaba desestimulando os produtores. Então, enquanto o estado aperta o cerco contra pequenas iniciativas, utilizando questões sanitárias e etc… há uma complacência fiscal que isenta os grandes laticínios de impostos.
Pensar não é pecado…
O próximo governo (se for do campo progressista) deverá atender a linha programática. Ser pragmático e calçar-se pela eficiência. O programa de governos deve ser o principal instrumento para induzir o desenvolvimento. Portanto os auxiliares do governador não devem ser nomeados por amizades, por interesses partidários ou por compromissos alheios ao proposto.
A agenda de desenvolvimento precisa ser aberta e aprimorada sempre.
Quanto a isso, espero que os companheiros e companheiras que estiveram no 17⁰ encontro do PT/RO, percebam a dimensão de nossa tarefa, preocupando-se com o desenvolvimento de Rondônia e que, doravante, entendam qual a nossa real preocupação.
Olhar o passado pelo retrovisor…
Sim, como algo que nos ensina como devemos ou não fazer.
Exercitar a democracia Interna em um processo eleitoral é tarefa de todos nós. O desgaste pessoal, as infâmias, agressões verbais e ofensas, muitas sem provas devidas, só mostram o despreparo daqueles que buscam a qualquer custo editar seus objetivos.
Então como militante, no palacete ou na casinha de sapê sempre prezando pelo bom relacionamento, com respeito e dignidade, independente da corrente ou filosofia expressa.
Vejo com tristeza quando alguém tenta desqualificar o debate utilizando se de inverdades, fazendo apologia ao vitimismo. Tenho minha consciência tranquila e jamais me abateria diante de verbetes articulados por quem milita sem olhar para a grandeza das causas pelas quais nos fez estar aqui.
Construir o PT é tarefa cotidiana…
Os dirigentes dos movimentos sociais, lideranças, enfim, não há nenhum mais ou menos responsável, cada um em sua tarefa, de construir sempre os partidos do campo progressista como imaginária força de resistência. A mágica da utopia.
Se em algum momento necessitar o sacrifício da vida, se for pela causa, não exitarei. Afinal, para quem já chegou até aqui, já suportei tantas agruras… carimbar o passaporte para outras lutas é uma questão de honra.
O salário do obscurantismo é a tirania…
O calor da consciência constrói e tempera as asas da resistência …
Abraço.
Por:
Ciro Andrade.
Colaboração:
Joaquim Loureiro
Urupá-RO, 07.09,25