quinta-feira, agosto 21, 2025
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Coluna Zona Franca

Roberto Kuppê (*)

Aprovação de Lula cresce

E a briga com os EUA e a percepção de queda na inflação de alimentos têm se mostrado positivas para o governo do presidente Lula. Em uma nova pesquisa, a Genial+Quaest mostra que o índice de desaprovação do governo voltou a cair, embora ainda siga em patamares altos. Em maio, 57% dos brasileiros reprovavam a gestão de Lula, enquanto apenas 40% a aprovavam. A boca do jacaré fechou. Agora, o índice de desaprovação caiu para 51% e o de aprovação subiu para 46%. (Meio)

Aprovação de Lula cresce 2

Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, o desempenho mais positivo está ligado a dois fatores principais: a percepção de queda nos preços dos alimentos e a resposta firme de Lula diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “A melhora na aprovação do governo Lula em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos. De um lado, a percepção de queda no preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Do outro, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais”, destacou.

Aprovação de Lula cresce 3

A diferença entre aprovação e desaprovação, que chegou a 17 pontos em maio (57% contra 40%), caiu para apenas 5 pontos. A avaliação positiva do governo Lula cresceu especialmente no Nordeste, onde subiu de 53% para 60%. No Centro-Oeste e Norte, o índice passou de 40% para 44%. Já no Sudeste, embora tenha havido melhora, a desaprovação ainda supera a aprovação: 55% contra 42%. No Sul, a desaprovação segue em 61%, enquanto a aprovação oscilou de 35% para 38%. (Do Brasil 247)

Eduardo Bolsonaro defende interesses próprios 

Pesquisa Geinal/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20/8) revela que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), têm as condutas, diante do tarifaço, com maior reprovação do que as do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  48% dos brasileiros acreditam que o presidente Lula e o PT “estão fazendo o que é mais certo” no embate com os Estados Unidos após o tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros. Para 69% dos entrevistados, o deputado federal Eduardo Bolsonaro defende interesses próprios e da família Bolsonaro em sua atuação nos Estados Unidos.

 

A decisão de Flávio Dino

Foto: Fellipe Sampaio/STF, Evaristo Sá/AFPA decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino de determinar que ordens de governos estrangeiros não podem ser aplicadas no Brasil sem homologação da Justiça e, em alguns casos, do Supremo, causou alvoroço na Faria Lima e dividiu a própria Corte. Na prática, Dino antecipou a avaliação dos efeitos da Lei Magnitsky, que estava sendo preparada pelo ministro Cristiano Zanin, relator da única ação sobre o tema no STF. Zanin havia dito a interlocutores no mercado financeiro e no Supremo que só trataria do caso depois de ouvir os bancos e demais envolvidos no imbróglio. Parte dos magistrados já demonstrou preferência pela cautela e a decisão de Dino foi vista como mais um passo em direção ao confronto. Outra ala entende que os bancos brasileiros não demonstraram firmeza suficiente para lidar com a questão ao sugerirem aos ministros do STF a abertura de contas em cooperativas de crédito para continuarem realizando operações financeiras no país. (Folha)

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No mercado financeiro, o dia foi de derretimento. As ações dos principais bancos públicos e privados brasileiros despencaram na Bolsa de São Paulo. Ao todo, os bancos perderam R$ 41 bilhões em valor de mercado. Só o Itaú Unibanco perdeu mais de R$ 15 bilhões, enquanto o Banco do Brasil e o BTG Pactual amargaram quedas de R$ 7 bilhões cada. (Valor)

A decisão de Flávio Dino 3

“A maior preocupação não é com a decisão em si — já que, em tese, Dino choveu no molhado ao dizer que decisões estrangeiras não têm valor no Brasil se não forem corroboradas pela nossa Justiça. A questão, como resumiu um banqueiro, é que as sanções da Lei Magnitsky não são um problema jurisdicional e sim contratual. (…) Os grandes bancos brasileiros têm contratos com contrapartes estrangeiras que podem ser encerrados ou render pesadas multas caso não cumpram determinações como as da Magnitsky. Eles podem decidir não cumpri-las, mas se o fizerem vão perder negócios e muitos bilhões mais”. (Malu Gaspar-Globo)

A decisão de Flávio Dino 4

O despacho de Flávio Dino veio menos de uma semana depois de o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Paulo Figueiredo se encontrarem com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, em Washington. Segundo Figueiredo relatou ao UOL, a dupla reclamou que os bancos brasileiros não estavam aplicando a Lei Magnitsky com toda a sua força contra Alexandre de Moraes. (UOL)

Avião misterioso

Um avião do governo dos Estados Unidos e sem identificação pousou em Porto Alegre na tarde desta terça-feira e, à noite, foi para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Esse Boeing é conhecido por participar de missões especiais e já foi associado a operações da CIA. Ainda não há confirmação oficial sobre o motivo do pouso no Brasil. (CNN Brasil)

Boa notícia da Casa Branca

Em meio ao embate cada vez mais acirrado entre o STF e Washington, o governo brasileiro recebeu, enfim, uma boa notícia vinda da Casa Branca. Os Estados Unidos aceitaram oficialmente o pedido de consultas feito pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC). Apesar de ser um passo burocrático, o gesto foi visto com bons olhos por Brasília. (Globo)

Ousadia e criatividade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ousadia e criatividade na comunicação do Partido dos Trabalhadores, com ênfase especial em atrair a atenção das novas gerações. A informação foi publicada pelo Painel da Folha de S.Paulo. O recado foi dado diretamente ao dirigente baiano Éden Valadares, cotado para assumir a Secretaria Nacional de Comunicação da legenda. Valadares se reuniu com Lula na semana passada para tratar de prioridades estratégicas. A escolha de seu nome ainda precisa ser referendada pelo diretório nacional, que deve se reunir no próximo fim de semana.

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Segundo a publicação, Lula orientou que a comunicação do partido utilize linguagens e estéticas mais arrojadas, com ênfase em formatos capazes de dialogar diretamente com o público jovem. O objetivo é intensificar uma linha que já vinha sendo explorada, marcada por peças criativas e irreverentes.

União Brasil e PP

Um jantar na casa do presidente da recém-nascida federação entre União Brasil e PP, Antonio Rueda, reuniu quase todos os políticos relevantes da direita brasileira e serviu para que a oposição ao presidente Lula debatesse suas estratégias para 2026. Compareceram ao encontro 12 governadores e presidentes nacionais de seis partidos (União, PP, PL, PSD, MDB e Republicanos). Em um caminho, cada um dos seis partidos lança um nome próprio para concorrer ao Planalto e, no segundo turno, todos apoiam quem passar para enfrentar, potencialmente, o presidente Lula. Em outro, a direita se une já no primeiro turno para lançar um candidato só, que pode ser o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). (Poder360)

Adultização de crianças

Enquanto isso, apesar da oposição dos bolsonaristas, que ameaçam obstruir a pauta, a Câmara aprovou a urgência do projeto de lei que trata da adultização de crianças e adolescentes na internet. O projeto, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), deve ser votado hoje. (g1)

CPMI do INSS

Será instalada hoje numa sessão do Congresso Nacional a CPMI do INSS, que será presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) que já avisou: a comissão não se limitará a períodos específicos de governo. Focará em identificar responsáveis por prejuízos causados a aposentados e pensionistas. Segundo Aziz, o objetivo não é condenar instituições inteiras, mas sim identificar indivíduos que, ocupando posições de poder, agiram contra o interesse público. “A população brasileira está cheia de narrativas, ela quer justiça”, destacou. Ou seja, será mais um tiro nos pés dos bolsonaristas.

Cursos de Medicina

Foto meramente ilustrativa

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que os cursos de graduação em Medicina que forem mal avaliados no Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) estarão sujeitos a penalidades como a proibição de entrada de novos estudantes a partir de 2026. Segundo ele, as instituições que tiverem conceito 1 ou 2 no exame poderão ser proibidas de aumentar número de vagas, ter novos contratos do Fies suspensos ou perder a participação no Prouni. Essas graduações vão ficar sob supervisão até a aplicação do Enamed seguinte. Caso o desempenho permaneça baixo, o curso pode ser fechado. (g1)

União Progressista

União Brasil e Progressistas firmaram a federação partidária União Progressista (UPb), em cerimônia com a presença de integrantes dos dois partidos, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A convenção instalou a Federação União Progressista com a ratificação do seu Estatuto, do programa e a composição do órgão nacional por aclamação.

União Progressista 2

A UPb soma 109 deputados federais e 15 senadores. É a maior bancada da Câmara dos Deputados e, também a maior do Senado Federal. De Rondônia, além do governador Marcos Rocha e do vice, Sérgio Gonçalves, o UPr tem quatro deputados federais, Fernando Máximo, Maurício Carvalho, Cristiane Lopes e Silvia Cristina. E, como se vê, dois pré-candidatos ao governo de Rondônia, Sérgio Gonçalves e Fernando Máximo.

União Progressista 3

O co-presidente do UPr, Antônio Rueda, anunciou, na ocasião, o nome de Sérgio Gonçalves ao governo de Rondônia. Ocorre que o mesmo UPr abriga Fernando Máximo, já em pré-campanha. Ao assumir o governo de Rondônia em abril de 2026, Sérgio Gonçalves seguramente disputará reeleição.

Pesquisas

Fernando Máximo lidera as primeiras pesquisas eleitorais ao governo de Rondônia. O levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira,18, porém, acendeu um alerta no ninho tucano, haja vista o desempenho pífio do ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB). Embora tenha feito uma boa administração, o nome dele parece não ultrapassar os limites da capital. Talvez na cidade dormitório Candeias do Jamari tenha alguns votinhos de eleitores que votam em Porto Velho.

Pesquisas 2

Quem está em terceiro lugar, encostado nos líderes, é o senador Confúcio Moura (MDB). O nome dele é constante em todos os cenários. Com nove partidos apoiando o senador, é muito possível ele passar para o segundo turno caso aceite disputar novamente o governo de Rondônia. É o mais atuante da bancada federal e único parceiro do governo Lula. A prisão de Bolsonaro e a melhoria da avaliação do presidente nas pesquisas podem beneficiar Confúcio Moura.

Com quem será?

O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), será um nome decisivo para eleger o próximo governador de Rondônia. Sem a possibilidade de, no momento, lançar candidato próprio, o Podemos poderá apoiar Fernando Máximo, Sérgio Gonçalves ou até mesmo Confúcio Moura. Tudo vai depender do andar da carruagem. Confúcio é o que mais atende a capital com recursos, mas o prefeito está mais ligado aos pré-candidatos mais à direita.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

Informações para a coluna:  rk@ademocracia.com.br

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