Por Vinício Carrilho Martinez
O que mais admiro no Casa Grande é a inteligência, com a qual ele define os demais jogadores e que é chamada de “inteligência futebolística”, de leitura e de aplicação tática.
Talvez, só talvez, o que o PCB (o histórico, o fundador, em 1922) traduzia como tática e estratégia.
Em suma, tudo o que não temos para análise de conjuntura (como rola o jogo) e o que fazer com a bola e, o principal, como jogar sem a bola.
Futebol é cultura e política, sempre foi. Da fundação do Fluminese na luta contra o racismo (a história do pó de arroz), passando pela copa de 1970 (a seleção dirigida primeiramente por um comuna de carteirinha), até a Democracia Corinthiana – na qual o Casão foi pioneiro, junto com o mago Sócrates (um médico nas horas vagas).
Dá pra sacar o nível dos caras, né não?
Além disso, esse recorte nos dá uma boa base para avaliarmos a infeliz “cultura neymala” atual.
Há uma ofensa cognitiva, se olharmos do passado ao presente.
E o tanto de história que jogamos fora, por sermos determinados como um “povo sem memória” (sem educação, sem noção, sem conhecimento).
Temos talento, disso ninguém duvida.




