quinta-feira, outubro 16, 2025
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Coluna Zona Franca

Lula tem razão

 

Horas após o presidente Lula dizer que o atual Congresso Nacional é um dos piores eleito nas últimas eleições, a Câmara Federal aprova a suspensão do processo contra o pior deputado da casa, Gustavo Geyer (PL-GO), acusado de diversos crimes.

Brasil, China e o SUS

Pode ser uma imagem de hospital e textoO governo brasileiro firmou, em Pequim, na terça-feira (14), um Memorando de Entendimento (MoU) com a biofarmacêutica chinesa Gan & Lee Pharmaceuticals e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para desenvolver pesquisas e ampliar a oferta de tratamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme relatado pela Agência Gov, o foco está em terapias para câncer, obesidade, diabetes e doenças autoimunes. O MoU foi assinado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que enfatizou a importância da iniciativa.

Brasil, China e o SUS 2

Beijing, 14/10/2025 - Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, conhece hospital inteligente de Beijing. O ministro cumpre missão oficial para tratar de parcerias estratégicas entre os países, como a criação de hospitais inteligentes no SUS. Brasil possui acordos bilaterais sobre vacinas, medicamentos e equipamentos com a China. Foto: Beijing Tiantan Hospital/DivulgaçãoA saúde na China é diferente de tudo que se já viu! Padilha ficou encantado com a tecnologia no seu último grau empregada nos hospitais chineses. Alexandre Padilha visitou o hospital inteligente universitário Tiantan, localizado em Beijing. Ohospital inteligente caracteriza-se por acompanhar e oferecer assistência ao paciente após internação ou consulta, com uso de tecnologias avançadas.

Brasil, China e o SUS 3

No Brasil, oInstituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil) tem um projeto de instalar uma unidade em São Paulo, com previsão de funcionar a partir do final de 2027. A expectativa é o primeiro hospital público inteligente do Brasil oferecer 800 leitos para casos de emergência de adultos e crianças nas áreas de neurologia, neurocirurgia, cardiologia, terapia intensiva e outras urgências. O governo solicitou financiamento ao Banco de Desenvolvimento dos Brics para a construção do hospital semelhante aos modelos da China e da Índia. A instituição deve retornar sobre o pedido até o fim deste ano.

Trump autoriza ações contra Maduro

Os Estados Unidos parecem estar cada vez mais próximos de realizar uma intervenção militar na Venezuela para derrubar o presidente Nicolás Maduro e o regime chavista que controla o país há 26 anos. De acordo com o New York Times, a CIA recebeu autorização formal do presidente Donald Trump para preparar e realizar ações secretas na Venezuela com o objetivo de promover uma mudança de regime no país. Isso inclui assassinar quem a Casa Branca considere inimigo, como o próprio Maduro. As ações podem ocorrer com o apoio das Forças Armadas. Cerca de 10 mil soldados americanos foram deslocados para a região e estão embarcados em oito navios de guerra e um submarino nuclear estacionados nos limites das águas territoriais venezuelanas. (New York Times)

Trump autoriza ações contra Maduro 2

Horas após a CIA receber a autorização da Casa Branca, Trump afirmou que os ataques contra alvos venezuelanos podem passar a ser terrestres. Até o momento, os Estados Unidos têm tido como alvo pequenas embarcações que Trump acusa, sem oferecer provas, de estarem transportando drogas. Cinco barcos foram destruídos, matando cerca de 30 pessoas. “Nós estamos claramente agora olhando para o continente, porque o mar já está sob controle”, disse o presidente americano em conversa com repórteres na Casa Branca. (Politico)

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A presença militar americana na costa venezuelana é a maior desde que o país invadiu o Panamá, em 1989, para depor o presidente Daniel Ortega, na época também acusado pelos EUA de ser um narcotraficante. Além das nove embarcações que circundam a costa venezuelana, desta vez os Estados Unidos também enviaram caças de ataque F-35B, aviões de transporte como o C-17, além de drones Reaper, que ficaram conhecidos por seus ataques letais no Afeganistão e no Iraque. (Wall Street Journal)

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Vencedora do Prêmio Nobel da Paz, a venezuelana María Corina Machado elogiou a política americana para seu país em entrevista à âncora da CNN, Christiane Amanpour, e afirmou que Trump merece ser o escolhido pelo Comitê Norueguês no próximo ano. “Trump entendeu que a Venezuela está no coração das Américas e que Maduro transformou nosso país em uma ameaça real à segurança nacional dos Estados Unidos”, disse ela. (CNN)

Hamas sem corpo de israelenses

O Hamas declarou que já não tem em seu poder nenhum corpo de israelenses mortos após o ataque de 7 de outubro de 2023. Ao todo, o grupo palestino devolveu os restos mortais de oito pessoas. O governo israelense confirmou a identidade de seis corpos, rejeitou um e ainda não tem resposta sobre um oitavo, que passa por testes de reconhecimento. De acordo com o Hamas, os demais corpos estariam sob os escombros de prédios e túneis destruídos pelas tropas israelenses. A inteligência de Israel, no entanto, afirma que o grupo palestino mantém em seu poder mais corpos do que admite. (Times of Israel)

Israel pode atacar Gaza

Em Washington, o presidente Donald Trump afirmou que Israel pode voltar a atacar Gaza de forma violenta se o Hamas não mantiver os termos do cessar-fogo assinado na segunda-feira. “Israel pode atacar a qualquer momento, basta que eu diga para eles atacarem”, disse Trump. (Haaretz)

Brasil x Estados Unidos

O Brasil dá mais um passo hoje na tentativa de distensionar as relações com os Estados Unidos. O chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, farão o primeiro encontro de alto nível entre os dois países para discutir o tarifaço imposto pelos EUA. Depois de ser elogiado novamente por Donald Trump na terça-feira, o presidente Lula retribuiu o gesto em evento no Rio. “Eu comecei a falar o que eu deveria falar. Aí, não pintou química, pintou uma indústria petroquímica. Amanhã [quinta], vamos ter uma conversa de negociação, e eu estou dizendo isso para vocês porque a relação humana é química”, disse o presidente. (UOL)

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A expectativa do Itamaraty é de que a conversa entre Vieira e Rubio seja marcada pelo início efetivo das negociações envolvendo as tarifas e as sanções que os EUA aplicaram às autoridades brasileiras. No entanto, não há garantias de que isso ocorrerá. Há o temor de que Rubio opte por deixar essas questões em segundo plano para tratar do planejamento do provável encontro que Trump e Lula terão no final do mês, na Ásia. (g1)

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No caminho entre Vieira e Rubio também há empecilhos conhecidos pelo Brasil. Nesta quarta-feira, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o blogueiro Paulo Figueiredo estiveram no Departamento de Estado, em Washington. Os dois estão, desde o início do ano, fazendo lobby para que o governo americano pressione o Brasil a anular o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Rubio é próximo do movimento conservador que serve como base de apoio de Trump, o MAGA. (CNN Brasil)

Jorge Messias

Lula soltou o verbo nesta quarta-feira. Em conversa com seus principais aliados, o presidente confirmou o que muita gente já dava como certo: o advogado-geral da União, Jorge Messias, deve ser o escolhido para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. A expectativa é de que Lula faça o anúncio até sexta-feira. Nesta quarta, ele assinou a aposentadoria de Barroso, que deixa o STF neste sábado. No Rio, o presidente utilizou um evento em homenagem ao Dia do Professor para criticar o Congresso diante do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Falando diretamente com Motta, Lula disse que o Congresso “nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora”. (Folha)

Vetos à lei de licenciamento ambiental

Diante da ameaça do Congresso de derrubar hoje seus vetos à lei de licenciamento ambiental, o presidente Lula publicou nesta quarta-feira um decreto facilitando a Licença Ambiental Especial (LAE). Esse tipo de licença autoriza obras estratégicas, mesmo com “significativa degradação do meio ambiente”. O gesto é um aceno ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que quer a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, já defendida pelo próprio Lula. (g1)

Marcelo Xavier foi condenado

Falando em meio ambiente, Marcelo Xavier, que presidiu a Funai no governo Bolsonaro, foi condenado pela Justiça Federal do Amazonas a dez anos de prisão. Ele era acusado de perseguir servidores e indígenas para liberação do Linhão de Tucuruí, uma linha de transmissão de energia que atravessa a terra indígena Waimiri Atroari. (Globo)

Eutanásia legalizada 

O Senado do Uruguai aprovou, nesta quarta-feira, um projeto de lei que legaliza a eutanásia. Para ter acesso ao procedimento, pacientes devem ser maiores de idade, cidadãos ou residentes, mentalmente aptos, e enfrentar uma doença incurável em fase terminal ou que cause sofrimento insuportável. Com oposição da Igreja Católica e de organizações civis, o projeto, que tem apoio de 62% dos uruguaios, segue agora para a sanção do presidente Yamandú Orsi, que já manifestou apoio à causa. (g1)

 Concentração de dióxido

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório, nesta quarta-feira, alertando que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera registrou em 2024 o maior aumento desde o início das medições modernas em 1957. De acordo com a entidade, os novos recordes foram alcançados pelos três principais gases do efeito estufa: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. As atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, e o aumento de incêndios florestais foram os principais responsáveis, causando elevação de temperatura a longo prazo. (g1)

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Aliás, as árvores da floresta tropical australiana se tornaram as primeiras no mundo a deixar de ser um sumidouro de carbono e se tornar uma fonte de emissões devido às temperaturas cada vez mais extremas e às condições mais secas. Segundo um estudo publicado na revista Nature, a mudança começou há cerca de 25 anos, quando mais árvores começaram a morrer e liberar os gases, enquanto o crescimento de novos exemplares, que absorvem carbono, tornou-se insuficiente. (Guardian)

35 anos da morte de Olavo Pires

E hoje completa 35 anos da morte do senador Olavo Pires (PTB-RO), brutalmente assassinado durante o segundo turno das eleições de 1990. Parece que foi ontem. Este articulista trabalhava na campanha e apresentaria ao candidato um estudo sobre as rádios do interior do estado no dia seguinte. Tudo terminou às 20h do dia 16 de outubro. Três décadas e meia depois, a Polícia ainda não revelou quem foram os reais mandantes do crime que já prescreveu. Muitos envolvidos direta ou indiretamente já morreram. Quem sabe quem mandou matar não fala ou não já morreu.

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A história do assassinato do senador Olavo envolve personagens como Romeu Tuma (PTB-SP) e Valdir Raupp (PMDB-RO), o ex-governador de Rondônia Oswaldo Piana, o então ministro da Justiça, Bernardo Cabral, outros políticos, empresários e uma rede de criminosos.

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As investigações passaram por denúncias de ligações do senador com narcotráfico, suspeitas contra adversários políticos e nenhuma solução. Quando morreu, Olavo Pires pertencia ao PTB e exercia o primeiro mandato de senador depois de quatro anos como deputado.

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Na verdade (opinião deste articulista), o brutal assassinato do senador Olavo Pires foi mal investigado. Não houve real empenho nem da polícia local, nem da Polícia Federal, já que crime envolveu um senador da República. Crime federal! Testemunhas chaves jamais foram ouvidas. Fizeram vistas grossas para provas e evidências, deixando o crime prescrever.

                                       Ponte binacional

Pode ser uma imagem de estudando, televisão, mapa, sala de redação e textoSerá amanhã em Guajara-Mirim, o evento “Unindo Povos, Construindo Futuro”, promovido pelo senador Confúcio Moura (MDB–RO), às 14h, no auditório da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), ponto de partida para a construção da tão esperada Ponte Binacional entre Brasil e Bolívia. Mais do que uma obra de engenharia, a ponte representa um marco de integração entre dois países e o início de um novo ciclo de desenvolvimento para Rondônia e para toda a região de fronteira. O encontro vai reunir autoridades brasileiras e bolivianas, especialistas e representantes de instituições para discutir os impactos econômicos, sociais e estruturais da construção.

 

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

Informações para a coluna:  rk@ademocracia.com.br

Leia a versão Rondônia:

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