segunda-feira, setembro 1, 2025
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Coluna Zona Franca

Eleições 2026

O estado de Minas Gerais poderá ter um rondoniense governador. Trata-se do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que terá apoio de Lula. Em evento na semana passada, Pacheco criticou o clã Bolsonaro por atentar contra a soberania brasileira. Pacheco aparece em primeiro contra qualquer adversário apoiado por Bolsonaro. Em entrevista à Itatiaia nesta sexta-feira (29), Lula disse que caso o senador Rodrigo Pachecose candidate ao governo de Minas Gerais em 2026, será eleito.”Eu tenho certeza que vamos ganhar o estado de Minas Gerais com o Pacheco, ele sabe disso. É só ele se dispor a ser candidato. Se ele for candidato, será o futuro governador de Minas Gerais. Espero que, dentro de poucos dias, a gente tenha essa definição”, declarou o chefe do Executivo. Nascido em Porto Velho (RO), em novembro de 1976, o parlamentar é advogado e especialista em direito penal. Foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre os anos de 2013 e 2015. Herdeiro de empresas de transporte rodoviário no estado mineiro, Pacheco é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas)

Sem precedentes

O ministro da Fazenda, Fernando HaddadNa noite desde domingo (dia 31), ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez críticas à dificuldade de interlocução com o governo dos Estados Unidos para discutir o tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros. Em entrevista ao Canal Livre, da Band, Haddad afirmou que o país segue disposto ao diálogo com os americanos. — Está muito centralizado numa pessoa só as decisões no governo americano, é um novo modo de governar que não tem precedente naquele país — afirmou Haddad, ponderando, porém, que a ação do empresariado americano no sentido de atenuar o impacto já foi percebida na lista de 694 exceções ao tarifaço a produtos do Brasil.

O julgamento de Bolsonaro

O Brasil vai acompanhar o começo do julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados. O Brasil começa a semana com todas as atenções voltadas para o Supremo Tribunal Federal. Nesta terça-feira terá início o julgamento da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. São oito os réus desse núcleo da acusação e cinco os juízes, mas os holofotes estarão concentrados em dois personagens centrais da política brasileira nos últimos anos: o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Entre os pontos que devem gerar debates entre os magistrados, estão a extensão da pena de Bolsonaro, a chamada dosimetria; a hipótese de que os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito se absorvem e, portanto, devem ser contados como um só; e se o delator, o tenente-coronel Mauro Cid, pode ou não perder os benefícios acertados com a Polícia Federal por ter omitido fatos em seus depoimentos. Apesar das divergências, comuns na Corte Suprema, Moraes tem sido acompanhado pelos demais ministros da Primeira Turma em 95% dos processos criminais em que foi relator. Já Bolsonaro tem sido aconselhado por médicos e aliados a assistir ao julgamento de casa, onde cumpre prisão domiciliar. Em um país que, ao longo de sua história republicana, contabilizou nove golpes de Estado, o julgamento que começa amanhã, com militares no centro, é inédito. (Globo)

O julgamento de Bolsonaro 2

As defesas dos principais acusados — Bolsonaro incluído — criticam a forma como o relator, ministro Alexandre de Moraes, conduziu o processo desde a fase de investigação até o julgamento. Para os advogados, Moraes agiu de forma parcial e demorou a liberar a íntegra do material apreendido pela Polícia Federal, que que embasa a acusação, e que soma 75 terabytes de arquivos, áudios e documentos. O relator também teria acelerado demais a tramitação do processo e impedido a transmissão da acareação entre réus, prejudicando as defesas. (Folha)

O julgamento de Bolsonaro 3

Independentemente da sentença, prevista para 12 de setembro, o julgamento de Bolsonaro deve continuar a dominar o debate político no Brasil pelo menos até as eleições de 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a afirmar que, se eleito, concederá um indulto a Bolsonaro. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, ele disse ao Diário do Grande ABC. “Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça”, disse. Tarcísio negou que seja candidato à Presidência e reforçou o coro por anistia no Congresso. “Essa solução não é novidade, esteve presente em outros momentos do Brasil”, declarou, citando episódios desde revoltas do período colonial até o “movimento de 64”. (CNN Brasil)

O julgamento de Bolsonaro 4

“Fontes da administração Trump disseram reservadamente à coluna que acompanharão ‘de perto’ as audiências. Não só isso: afirmaram ainda que existe uma lista de opções em termos de ‘sanções e tarifas’ contra o Brasil que poderão ser acionadas pelo presidente Donald Trump em tempo real, conforme os ministros da primeira turma do STF indiquem qual será o destino do ex-presidente brasileiro”. (Mariana Sanches-UOL)

O julgamento de Bolsonaro 5

Enquanto observa de longe o julgamento de seu principal adversário político, o presidente Lula e seu governo lançaram uma nova campanha com tom patriótico e um novo slogan, “Governo do Brasil ao lado do povo brasileiro”. (Poder360)

Reforço na segurança 

Diante de novo pedido das forças de segurança, Moraes decidiu, no sábado, reforçar a segurança na casa de Bolsonaro. O ministro determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize vistorias em veículos, incluindo os porta-malas, que deixam a residência do ex-presidente, além do monitoramento presencial na área externa da residência, em razão da existência de “pontos cegos”. (g1)

PCC com Kassab

A investigação da Operação Carbono Oculto, a maior já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), tem entre os nomes citados, Renan Cepeda Gonçalves, descrito como “pessoa chave na organização criminosa”. Ele é vinculado à Rede Boxter, grupo empresarial investigado por envolvimento direto com esquemas de lavagem de capitais do PCC. Cepeda costuma frequentar eventos com políticos em São Paulo. Aparece, por exemplo, em fotos com o Secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, e com o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Jorge Mussi. Os registros dos encontros foram publicados pelo pré-candidato a deputado estadual em São Paulo pelo PSD Matheus Serafim. Nas redes sociais, ele se refere a Cepeda como “grande amigo” e “irmão”. A foto foi excluída nesta semana logo após a operação. Cepeda , por sua vez, desativou o seu perfil no LinkedIn.

PCC enviou dinheiro a Ciro Nogueira

Pode ser uma imagem de ‎3 pessoas e ‎texto que diz "‎URGENTE! Testemunha afirma que acusados de chefiar esquema de corrupção COTPCC enviaram PROPINA ao senador bolsonarista Ciro Nogueira. O ex-ministro de Bolsonaro, recebeu uma sacola cheio de dinheiro enviado a ele por Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco". Fonte: ICL یع 足 fooView‎"‎‎O senador Ciro Nogueira (PP-PI) teria recebido uma “sacola de dinheiro” enviada por Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, apontados como líderes do PCC, segundo reportagem do ICL Notícias, publicada na noite deste domingo (31). Os dois são citados no escândalo financeiro ligado à Faria Lima revelado após a Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, deflagrada em 28 de agosto de 2025.

Ciro foi ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL). A propina estaria relacionada à defesa dos interesses dos suspeitos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei que tramitam no Senado. Ciro Nogueira é presidente nacional do PP e cotado como possível vice na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a eleição presidencial de 2026.

É impressionante

As fintechs estiveram no centro da Operação Tai-Pan, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2024, que abalou a Faria Lima ao expor um suposto esquema de lavagem de dinheiro bilionário ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os presos esteve o capitão da Polícia Militar Diogo Costa Cangerana, apontado como responsável pela abertura de contas usadas pelo crime organizado. Ele foi solto em dezembro e reintegrado ao serviço ativo da PM. De acordo com o Estadão, Cangerana havia integrado 25 viagens oficiais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nos dois anos anteriores. O militar acompanhou deslocamentos estratégicos, como reuniões em Brasília com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) — Luís Roberto Barroso e Luiz Fux —, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Não vai não

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que, se for eleito presidente da República em 2026, seu primeiro ato será conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Podem esquecer. Se Tarcísio se eleger jamais concederá anistia à Bolsonaro. Se o fizer, seria obrigado a não disputar reeleição em 2030, para dar espaço para Bolsonaro. Por isso, Tarcísio não sairá candidato em 2026.

Golpe no Pix

Criminosos digitais atacaram o ambiente de transações do Pix e desviaram R$ 670 milhões de uma empresa responsável por conectar bancos ao sistema de pagamentos. Este é o segundo golpe do tipo registrado no Brasil em apenas dois meses, e o valor subtraído já ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão. O alvo desta vez foi a Sinqia, empresa de tecnologia que atua como intermediária entre instituições financeiras e o Banco Central. As investigações apontam que mais de 90% dos recursos desviados pertenciam ao HSBC, que perdeu R$ 630 milhões. Já a Sociedade de Crédito Direto Artta perdeu R$ 40 milhões. De acordo com as apurações, os criminosos foram contidos por mecanismos de defesa acionados pelo próprio Banco Central. O ataque ocorre exatamente dois meses depois de um desvio de mais de R$ 500 milhões contra a C&M, empresa que presta serviços semelhantes aos da Sinqia. (Globo e g1)

Energia e petróleo 

O Brasil está entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo, mas não depende tanto da commodity como outros países. A receita do setor representa 16% das exportações, contra 90% na Nigéria e mais de 70% no Catar e Noruega. O impacto sobre o PIB também é moderado, abaixo de 5%, mas o setor ainda é central para as contas públicas: em 2023, arrecadou mais de R$ 325 bilhões. Segundo o IBP, o Brasil é competitivo nos projetos offshore e está entre os melhores do mundo em custo-benefício e em volume potencial de recursos. Ao mesmo tempo, lidera em energia renovável, pois tem matriz elétrica limpa, gerando eólica e solar com um dos menores custos do mundo. O desafio, dizem especialistas, é equilibrar segurança energética e uma transição justa. (Além da Superfície)

Energia e petróleo 2

Mesmo com a expansão das energias renováveis, empresários e especialistas concordam que o Brasil seguirá explorando combustíveis fósseis. Durante o 24º Fórum Empresarial Lide, o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, lembrou que o país pode e deve avançar com petróleo e biocombustíveis em paralelo, enquanto David Zylbersztajn, ex-presidente da ANP, ressaltou que, historicamente, fontes energéticas coexistiram, com o carvão crescendo mesmo depois de o petróleo chegar ao topo. Roberto Gianetti, do Lide Comércio Exterior, destacou que a produção de petróleo brasileira hoje tem menor pegada de carbono, o que pode virar vantagem competitiva externa. (Poder360)

Verissimo

O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu neste sábado, aos 88 anos, em Porto Alegre. Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento com pneumonia e enfrentava há anos complicações de saúde. Nos últimos tempos, balbuciava apenas algumas palavras em inglês, segundo a esposa, Lúcia Verissimo, com quem foi casado por 61 anos. Autor de mais de 70 livros e 5,6 milhões de exemplares vendidos, Verissimo criou personagens icônicos como Ed Mort e o Analista de Bagé e participou da criação de programas como TV Pirata e Comédias da Vida Privada. Também foi criador da tira As Cobras e músico, além de ter diversas outras facetas artísticas e políticas. (BBC)

Verissimo 2

Ainda no sábado, o corpo de Verissimo foi velado no Salão Júlio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde leitores, amigos e familiares começaram a chegar por volta das 11h30 para a despedida. Às 18h, o corpo foi sepultado no Cemitério São Miguel e Almas. (g1)

Verissimo 3

E o presidente Lula decretou luto oficial de três dias em todo o país. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União no sábado. Em mensagem nas redes sociais, Lula classificou o escritor como “um dos maiores nomes de nossa literatura e do nosso jornalismo”. Destacou que ele era “dono de múltiplos talentos” e que, “como poucos, soube usar a ironia para denunciar a ditadura e o autoritarismo; e defender a democracia”. (CNN Brasil)

Menor número de queimadas

Agosto terminou com o menor número de queimadas já registrado para o mês desde o início da série histórica do Inpe, em 1998. Foram 17.943 focos, abaixo dos 20 mil pela primeira vez e 62% abaixo da média. O dado é atribuído a um alívio climático e ao reforço das ações de prevenção do governo, como a antecipação da contratação de brigadistas, o aumento da fiscalização e o uso de aeronaves. O Cerrado concentrou quase metade dos registros, enquanto a Amazônia respondeu por 22% e o Pantanal teve apenas 173 focos. O estado de alerta, no entanto, continua, já que setembro é um mês historicamente mais seco em algumas regiões. (Globo)

Morar perto de áreas verdes

Um estudo publicado no periódico Environmental International sugere que morar perto de áreas verdes antes e durante a gestação, assim como na primeira infância da criança, pode beneficiar o desenvolvimento cognitivo e ter um efeito protetor contra atrasos no desenvolvimento infantil. Pesquisadores de Harvard e outras instituições avaliaram dados de mais de 1,8 milhão de duplas de mães e filhos, entre os anos de 2001 e 2014. (Folha)

Roberto Kuppê (*)

 

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política do Brasil e do mundo.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

Informações para a coluna:  rk@ademocracia.com.br

Leia a versão Rondônia:

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