Roberto Kuppê (*)
Sem chance, no way
Trump quer que Lula abra as celas e ponha nas ruas terroristas que tentaram um golpe de estado em janeiro de 2023, além de habilitar Bolsonaro às eleições de 2026. Não há chance alguma disso acontecer. A justiça brasileira é blindada contra interferências externas, incluindo os Estados Unidos. Se houvesse cedência às ameaças o Brasil estaria inexoravelmente desmoralizado mundialmente. Capaz até do impeachment contra Lula ser acelerado por fraqueza do presidente. Portanto, melhor cair lutando do que morrer cedendo. Por aqui, o único lambe botas de Trump é Bolsonaro.
2ª tentativa de golpe
Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em alerta diante de indícios de que ações recentes do bolsonarismo não são apenas iniciativas isoladas de grupos extremistas nacionais, mas parte de um plano articulado com apoio direto do governo dos Estados Unidos. Segundo Jamil Chade, do Vero Notícias, cresce a convicção dentro da inteligência brasileira de que a estratégia para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com envolvimento da CIA e aval da Casa Branca, sob o comando do presidente Donald Trump. (Do Brasil 247)
2ª tentativa de golpe 2
O sinal mais evidente dessa ofensiva seria o chamado “tarifaço” imposto ao Brasil por Trump, acompanhado de uma retórica agressiva contra o governo brasileiro e do fechamento de canais diplomáticos. Para analistas, essas medidas seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, com raízes no serviço secreto norte-americano e execução via personagens-chave do bolsonarismo.
Deputado de Rondônia é denunciado
O deputado estadual bolsonarista e mussolinista coronel Chrisostomo (PL-RO), saudoso da ditadura militar, vai experimentar as duras penas da lei. Ele virou alvo de denúncia no Ministério Público Federal nesta terça-feira (22), após declarações polêmicas feitas em frente ao Congresso Nacional. Em meio à repercussão das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar rondoniense foi gravado fazendo supostos apelos por uma intervenção militar no país aos moldes do golpe de 1964, que, segundo ele, é motivo de “orgulho”.
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Rejeição a Trump e Bolsonaro avança
A rejeição ao governo do presidente dos EUA, Donald Trump, registrou um novo aumento no Brasil, segundo pesquisa Pulso Brasil/Ipespe realizada entre os dias 19 e 22 de julho. O levantamento, divulgado pela coluna da jornalista Mônica Bergamo, mostra que a desaprovação de Trump subiu de 55% em maio para 61% em julho, após o anúncio de tarifas contra produtos brasileiros. A aprovação caiu de 39% para 33% no mesmo período. A pesquisa ouviu 2.500 pessoas em todo o país e revela ainda que a proximidade com Trump pode ser um fardo para candidatos à Presidência em 2026: 53% dos entrevistados acreditam que a associação com o líder americano prejudicará as campanhas.
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Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é desaprovado por 60% dos brasileiros em sua reação à crise com os EUA (ante 32% de aprovação), o governo Lula tem avaliação mais equilibrada: 50% aprovam sua postura, contra 45% que a criticam. A decisão de Trump de revogar os vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como pressão para encerrar o processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe também é rejeitada pela maioria: 57% discordam da medida, enquanto 37% a apoiam. (Do Brasil 247)
Tiros de mísseis nos pés
É impressionante a burrice da extrema direita no Brasil e nos Estados Unidos. Ao atacar o Brasil prá salvar Bolsonaro, Trump jogou o agronegócio aos pés de Lula. E, ao taxar a Comunidade Europeia, Trump jogou essa região no colo da China, ou seja, do Brics. Os líderes da União Europeia reúnem-se com altos funcionários chineses em Pequim, esta quinta-feira, para uma cimeira de um dia destinada a abordar os desequilíbrios comerciais e o tarifaço de Trump.
Brasil na OMC
Depois de tentar de forma insistente abrir canais de negociação com os Estados Unidos, o Brasil decidiu levar o tarifaço de 50% aplicado aos produtos brasileiros por Donald Trump para a enfraquecida Organização Mundial do Comércio. Com o apoio de cerca de 40 Estados-membros da OMC, incluindo União Europeia, China, Rússia, Índia e Canadá, o governo brasileiro afirmou que as tarifas estão sendo usadas para interferir em assuntos domésticos brasileiros. Por não se tratar de uma resolução, os países apenas endossaram a posição brasileira, sem a necessidade de votação. (CNN Brasil)
Brasil na OMC 2
O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, Phillip Fox-Drummond Gough, não citou nominalmente os Estados Unidos em sua fala na reunião do Conselho Geral da Organização. Mas todo o discurso apresentado por ele não deixava dúvidas de que o alvo das críticas brasileiras estava direcionado a Washington. “Tarifas arbitrárias” anunciadas e implementadas de forma caótica, estão interrompendo as cadeias de valor globais e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, disse ele. (g1)
Brasil na OMC 3
Apesar de não citar os Estados Unidos em seu posicionamento na OMC, a delegação americana entendeu o recado. De maneira burocrática, os representantes dos EUA disseram que estavam “tomando nota” da posição brasileira para fazer um resumo ao presidente Donald Trump. A delegação ainda afirmou que os Estados Unidos estão “preocupados com o fato de os trabalhadores e as empresas norte-americanas serem forçados a competir em condições desiguais com os países que não estão seguindo as regras”. Apesar do apoio de mais de 40 países, a delegação argentina preferiu se abster de apoiar o Brasil e não se manifestou durante a sessão. (Valor)
Improvável negociação
O governo brasileiro já considera improvável a possibilidade de negociações com os Estados Unidos para discutir as tarifas de 50% sobre produtos nacionais, ou mesmo um adiamento da data estipulada para que elas entrem em vigor, no dia 1º de agosto. No núcleo duro do governo, estuda-se o envio de uma missão oficial, com autoridades do Executivo, numa última tentativa de retomar o diálogo com a Casa Branca. Até agora, no entanto, não há uma decisão tomada a respeito disso. Apesar do silêncio americano às cartas enviadas por Brasília, representantes do governo americano e do governo brasileiro estão dialogando de maneira informal e reservada. Os americanos dizem que, sem uma autorização direta de Trump, não haverá abertura de diálogo. (Folha)
Neta de Lula entra em cena
Bia Lula, neta do presidente Lula (PT), entrou em cena contra a ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em conjunto com o clã Bolsonaro, para defender a soberania nacional e o Brasil contra as ameaças da extrema direita. Nas redes sociais, Bia publicou um vídeo em que desmente as declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o Pix e reafirma a defesa do governo Lula pelo sistema que vem sendo atacado por Trump. Bia destaca que Trump declarou uma guerra econômica contra o país para defender os interesses da extrema direita em transformar o Brasil novamente em uma nação que se curva aos Estados Unidos. Ela ainda acrescenta que essa guerra afeta principalmente o trabalhador brasileira, que vai sentir o impacto do preço dos alimentos subir com as tarifas impostas por Trump.
Emendas de R$ 53 milhões
Puro suco de bolsonarismo. Parlamentares da extrema direita fazendo caixa para as eleições de 2026 com dinheiro público. A Associação Moriá, indicada por parlamentares do Distrito Federal para receber emendas de R$ 53 milhões, declarou ao Ministério do Esporte que executaria a maior parte da verba em parceria com a Secretaria de Educação do DF, mas a pasta nega ter aprovado qualquer proposta da ONG. O maior programa da Associação Moriá é um projeto gamer que ensina jovens a jogar games como Free Fire e LoL. Deputados e senador do DF enviaram R$ 37,9 milhões em emenda de bancada para essa finalidade.
Veja quem enviou emenda para o projeto:
- deputado federal Fred Linhares (Republicanos): R$ 27,6 milhões;
- senador Izalci Lucas (PL): R$ 15,5 milhões;
- deputada federal Bia Kicis (PL): R$ 1,5 milhão;
- deputado federal Julio Cesar (Republicanos): R$ 800 mil; e
- deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania): R$ 500 mil.
- Fonte: Metropoles
Em campanha
Hildon Chaves
Concurso prefeitura de Porto Velho
Por falar em Hildon Chaves, o atual prefeito de Porto Velho está fazendo tudo o que o antecessor não fez. Principalmente um baita concurso, com salários de até R$ 22 mil, o maior já realizado na capital de Rondônia. O anúncio foi feito por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), em publicação oficial no portal do município, e também pelo prefeito Léo Moraes (Podemos) em suas redes sociais.
Concurso prefeitura de Porto Velho 2
O certame faz parte do compromisso feito durante a campanha do atual prefeito. De acordo com a Secom, o planejamento já foi iniciado. Ao que tudo indica, serão lançados vários editais para suprir demandas em diversas áreas de atuação. Segundo Moraes, alguns setores estão há cerca de 20 anos sem reposição de pessoal. Isso significa que existem órgãos em grande déficit de servidores, visto que aposentadorias são formalizadas todos os anos.
Podemos
Nessa pisada, não há articulista político que não veja um cenário na sucessão estadual sem a força do Podemos, partido do prefeito Léo Moraes. Há quem crave que o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), cerre fileiras no Podemos e seja o candidato do prefeito ao governo de Rondônia em 2026.
Sucessão estadual e Senado
Hildon Chaves (PSDB), Sérgio Gonçalves (União Brasil), Fernando Máximo (União Brasil) e Confúcio Moura (MDB-RO) são os principais nomes à sucessão estadual em Rondônia. Já para o Senado, Marcos Rogério (PL-RO), Bruno SCheid (PL) e Acir Gurgacz (PDT), são os mais cotados.
Câmara Federal e Assembleia Legislativa
Para a Câmara Federal, despontam nomes como o do ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (Progressistas), que figura nas pesquisas como favorito. Já para a Assembleia Legislativa de Rondônia, o nome do jornalista e vereador Everaldo Fogaça (Republicanos), está nos primeiros lugares. Ao lado dele, desponta o advogado petista Ramon Cujui. Sim, Ramon Cujui, do PT, será candidato a deputado estadual.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna: [email protected]