Tiro de míssil no pé
A coluna de ontem se antecipou ao sentimento geral da população brasileira, de políticos de direita e do setor produtivo, de que a taxação insana de 50% aos produtos de exportação, seria um tremendo tiro de míssil nos pés. E foi. Do Aiapoque ao Chui, de norte a nordeste, o sentimento de todos foi de repúdio ao presidente Trump. Mais ainda, repúdio ao ex-presidente Bolsonaro, chefe de quadrilha, que está por trás de mais um golpe, desta vez, contra a economia brasileira. É disso que se trata. Para se livrar da prisão, Bolsonaro está disposto até a destruir o Brasil.
Tiro de míssil no pé 2
A coluna não precisou de muito esforço para cravar que a esdrúxula taxação de Trump ia favorecer à Lula. Pois bem. Pesquisas dão conta de que 70% da população se posicionou contra a medida transloucada do presidente americano, levado ao erro por informações falsas de Eduardo Bolsonaro. Trump está numa situação complicada ao taxar o Brasil a 50%, a maior do mundo, sem nenhum motivo relevante. Os EUA exportam mais ao Brasil do que este aos EUA. Só teria explicação se fosse o Brasil que mais exportasse aos Estados Unidos. Ainda que fosse, seria necessário taxar em 50%?
Tiro de míssil no pé 3
A situação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode se complicar ainda mais no Supremo Tribunal Federal (STF) após as manifestações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (9), contra a Corte. A avaliação de juristas e advogados dos réus diz respeito à ação penal sobre o suposto golpe de Estado que tramita no STF.
Nota água com açúcar
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), criticou nesta sexta-feira (11) a nota divulgada pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), sobre as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. Segundo Lindbergh, o documento não apresenta uma posição clara contra as agressões de Trump à soberania nacional.
Nota água com açúcar 2
“Sobre a nota dos presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre: não há, em nenhum momento, uma posição clara contra as medidas anunciadas por Trump. Não é pedir muito. Afinal, qual é a posição oficial do Congresso? Acho que os presidentes das Casas poderiam vir a público e se posicionar claramente contra a agressão de Trump ao Brasil. Só isso”, pontuou o deputado sobre a nota divulgada na última quinta-feira (10). (Brasil247)
Seja homem
Já o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou as redes sociais para criticar a postura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), diante da escalada comercial entre Brasil e Estados Unidos. A declaração foi feita após Leite comentar o novo pacote tarifário anunciado pelo ex-presidente americano Donald Trump, que promete sobretaxas de até 50% sobre produtos brasileiros.
Seja homem 2
Na publicação, Pimenta comparou o governador gaúcho a Neville Chamberlain, primeiro-ministro britânico conhecido por adotar uma política de apaziguamento diante do avanço nazista na Europa. Segundo o deputado, Leite repete essa lógica ao evitar confrontos políticos e minimizar o impacto das tarifas impostas por Trump.
Seja homem 3
“Eduardo Leite é uma espécie de Neville Chamberlain, e sua política de apaziguamento como estratégia diplomática”, escreveu Pimenta. O parlamentar também criticou o que classificou como neutralidade forçada por parte do governador: “Acha inadequado a interferência externa e o tarifaço de Trump, mas o problema, segundo ele, é a polarização política, que prejudica o interesse do país”.
Seja homem 4
Na avaliação de Pimenta, esse tipo de posicionamento enfraquece a defesa dos interesses nacionais. Ele chegou a comparar Leite ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro do governo Bolsonaro, dizendo que o gaúcho seria uma versão “soft”. “Tenha coragem e defenda o Brasil”, concluiu o deputado. (Brasil247)
Política e religião
Quando misturamos política com religião, o resultado é sempre o mesmo:
-Jesus vira objeto de mobilização política e a Igreja se torna um palanque eleitoral do Bolsonaro. Quando os interesses pessoais da família Bolsonaro, isto é, defender a eleição dele a qualquer custo, independente dos crimes e roubos que ele cometeu, o Brasil é condenado a pagar as tarifas de 50 %, impostas pelo governo Trump.
Política e religião 2
Esse é o preço de misturar política de Estado com os interesses da família Bolsonaro.
Portanto e por conta dessa proposta política, muitos brasileiros serão prejudicados.
Teremos inflação, aumento do dólar, desemprego, falência de muitas empresas e um prejuízo astronômico na economia do Brasil. Para a família Bolsonaro, nada disso tem importância.
Política e religião 3
Para o Bolsonaro e seus familiares, cadeia é para pobres, pretos, indígenas e comunistas.
Vender refinarias a preços de banana e receber jóias como recompensa, é uma coisa normal, para os bolsonaristas. Para eles, o Trump é o maior herói do povo brasileiro.
Essa família Bolsonaro, é gente inútil, escrota, viralata e lambe botas dos americanos!
Traidores da Pátria!
Povo voltou às ruas
Como há muito tempo não se via, o povo brasileiro voltou às ruas para se manifestar contra a escala 6×1, pela taxação dos super ricos e, contra Trump e Bolsonaro. Em quase todo o país teve protestos, foi na Paulista que deu mais gente. O ato organizado por movimentos de esquerda na Avenida Paulista, em São Paulo, ontem, reuniu mais pessoas do que a manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 29 de junho, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP).
Povo voltou às ruas 2
De acordo com o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, o protesto liderado por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda alcançou o pico de 15,1 mil pessoas às 19h30. Já a manifestação “Justiça Já”, organizada por Bolsonaro, atraiu 12,4 mil pessoas no seu horário de maior público.
Povo voltou às ruas 3
Segundo o relatório, essa foi a primeira vez, em um intervalo próximo, que um ato da esquerda superou, em número de participantes, uma manifestação da direita na mesma região. A contagem foi feita com o auxílio de fotos aéreas capturadas por drones e analisadas com software, em parceria com a ONG More in Common.
Cassação de Eduardo Bolsonaro
Oito centrais sindicais brasileiras pediram nesta quinta (10) a cassação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro por supostamente articular com o governo dos Estados Unidos a taxação de 50% imposta pelo presidente Donald Trump aos produtos importados do Brasil. O pedido é assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e Pública e Central do Servidor.
Cassação de Eduardo Bolsonaro 2
Para as entidades, Eduardo Bolsonaro cometeu “crime de lesa-pátria” contra o Brasil, agindo como um “verdadeiro agente estrangeiro”. Em uma postagem nas redes sociais, ele defendeu o tarifaço como resposta a “abusos” de Alexandre de Moraes. “Exigir a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro que, mesmo abrigado no exterior e recebendo salários pagos pela população brasileira, agiu como um verdadeiro agente estrangeiro ao fomentar sanções contra o próprio país. Isso configura crime de lesa-pátria”, disseram as centrais no comunicado.
Moção em louvor a Trump
Minutos antes de Trump anunciar a taxação de 50% contra o povo brasileiro, os deputados bolsonaristas aprovaram uma moção em favor do estadunidense. Sim, é verdade. Dentre eles o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), de Rondônia. O pedido de homenagem aprovado nesta quarta-feira, 9, é de autoria do deputado bolsonarista e líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ). Além dele, outros oito correligionários votaram a favor da homenagem.
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Entre os argumentos listados na homenagem aprovada pela Comissão de Relações Exteriores, Sóstenes diz que Trump “deve ser enaltecido e lembrado como um dos melhores presidentes do mundo e exemplo a ser seguido para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa”.
Retaliação a Trump
No dia seguinte ao tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump, o clima no governo brasileiro foi de cautela, reafirmação pública da defesa da soberania nacional e nenhuma decisão concreta sobre como o Brasil pretende retaliar os Estados Unidos se, de fato, a sobretaxa aos produtos brasileiros entrar em vigor no dia 1º de agosto, como anunciou o presidente americano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que não tomará nenhuma decisão até que as novas tarifas passem oficialmente a vigorar. A ideia é usar os próximos 20 dias para voltar à mesa de negociações e, se não houver acordo, encontrar uma maneira menos danosa para a economia brasileira para responder ao que o Planalto vê como uma agressão unilateral, de caráter político e desprovida de qualquer razão econômica. Lula disse que pretende criar um comitê com empresários brasileiros para analisar as melhores saídas para a crise. Além de simplesmente taxar os produtos americanos, o governo estuda a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio e quebrar patentes de medicamentos. O presidente, no entanto, disse que se não houver acordo o Brasil vai aplicar tarifas de 50% aos produtos americanos. (Valor)
Retaliação a Trump 2
Internamente, o Planalto reforçou o discurso de que a culpa pelo tarifaço americano é da família Bolsonaro, que estaria usando sua relação com Trump para pressionar o Judiciário brasileiro a conceder anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no processo que investiga a trama golpista de 2022. Ontem, o presidente Lula disse que Bolsonaro deveria assumir a responsabilidade pelas medidas adotadas pelo governo americano. Em entrevista à TV Record, Lula afirmou que a ação foi incentivada pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Foi o filho dele [Eduardo Bolsonaro] que foi lá fazer a cabeça do Trump“, disse o presidente. (Globo)
Retaliação a Trump 3
Após semanas de embates com o Planalto, o Congresso deu sinais de que, ao menos desta vez, está em consonância com o governo. Ontem, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), divulgaram uma nota conjunta afirmando que o Congresso vai agir com “equilíbrio e firmeza” para defender os interesses nacionais. Os chefes do Legislativo defenderam que o Brasil deve responder “com diálogo nos campos diplomático e comercial”. De acordo com a nota conjunta, Motta e Alcolumbre afirmaram que a nova lei de Reciprocidade Econômica tem “mecanismos que dão condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania”. (Estadão)
Retaliação a Trump 4
Nas redes, a estratégia do Planalto de responsabilizar os Bolsonaros ganhou adesão maior do que se esperava. De acordo com o cientista político Pedro Barciela, no dia seguinte ao anúncio das novas tarifas, entre 62% e 78% das postagens nas principais redes sociais exigiam reciprocidade, criticavam o “crime de lesa-pátria” e evocavam o nacionalismo como elemento em disputa contra o governo Donald Trump e seus apoiadores no Brasil. Segundo ele, a mobilização bolsonarista, que afirma que Lula foi o responsável pela ofensiva americana, teve pouco engajamento no país. (ICL Notícias)
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Steve Bannon, um dos principais ideólogos do movimento MAGA (Make America Great Again), afirmou à jornalista brasileira Marina Sanches, do UOL, que Trump retiraria as tarifas contra os produtos brasileiros se o STF encerrar os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Derrubem o caso, derrubamos as tarifas”, disse ele, um dos aliados mais próximos de Trump. (UOL)
Bolsonaro se manifestou
Depois do silêncio inicial, o ex-presidente Jair Bolsonaro resolveu se manifestar. Por meio de uma nota, Bolsonaro disse que admira o governo de Donald Trump e que espera que os poderes da República resgatem a normalidade institucional. “Essa caça às bruxas — termo usado pelo próprio presidente Trump — não é apenas contra mim. É contra milhões de brasileiros que lutam por liberdade e se recusam a viver sob a sombra do autoritarismo”, afirmou o ex-presidente. (Metrópoles)
Tarcísio também se manifestou
Alvo de críticas entre os bolsonaristas, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez o que pôde para mostrar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Após afirmar que o presidente Lula colocou a “ideologia acima da economia”, Tarcísio cancelou a agenda da quinta-feira e foi a Brasília almoçar com Bolsonaro em uma churrascaria da cidade. Tarcísio é cotado para ser o candidato da direita caso o ex-presidente permaneça inelegível. (Correio Braziliense)
Fernando Haddad rebateu
Em resposta às declarações do governador paulista, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que Tarcísio de Freitas é candidato a “vassalo”. De acordo com Haddad, o governador de São Paulo “errou muito”. “O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico?”, disse o ministro. (g1)
Jornais criticaram Trump
Os três maiores jornais brasileiros publicaram editoriais criticando a decisão de Donald Trump de aplicar o tarifaço contra o Brasil e atribuíram a responsabilidade pela medida a Jair Bolsonaro e seus aliados. De acordo com a Folha de S.Paulo, “a chantagem rasteira de Donald Trump contra o Brasil não vai funcionar. Cogitar que o Judiciário de uma nação soberana e democrática, que opera com independência, deixará de processar quem quer que seja para livrar o país de retaliações econômicas dos Estados Unidos não passa de devaneio autoritário”. Já o Estado de S.Paulo atribuiu a responsabilidade pela decisão americana ao ex-presidente Jair Bolsonaro: “Eis aí o mal que faz ao Brasil um irresponsável como Bolsonaro, com a ajuda de todos os que lhe dão sustentação política com vistas a herdar seu patrimônio eleitoral”. O jornal O Globo também criticou a ação americana. “O Brasil é uma democracia com Poder Judiciário independente. Não cabe a Trump nem a nenhum outro mandatário criticar suas decisões. Bolsonaro não pode ser julgado pelos eleitores porque está inelegível, tampouco é vítima de caça às bruxas”, escreveu o jornal em seu editorial. (Folha, Estadão e Globo)
Léo em Brasília
O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), esteve mais uma vez em Brasília para tratar de assuntos de interesse da capital. Primeiro esteve com o maior parceiro dele na destinação de verbas para o município, senador Confúcio Moura (MDB). Depois, com o pré-candidato ao governo de Rondônia, deputado federal Fernando Máximo (União Brasil). O prefeito foi acompanhar a liberação de verbas do PAC para serem utilizadas em saúde e macrodrenagem para combater alegações. A prefeitura apresentou 21 projetos em todos os eixos do Programa, entre eles a construção de novas creches e unidades de saúde, drenagem urbana e renovação da frota do Samu, sendo o 3º município com mais propostas.
Live do vice
A coluna assistiu ontem à live do vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil). Simples e eficiente. Deu o recado. Se o governador Marcos Rocha (União Brasil) continuar atacando ele e a família dele, vai ter mais lives, cada vez mais explosivas. A de ontem foi amena. SG levou o pai dele que, com muita humildade exaltou a coragem e a determinação do filho. Sérgio Gonçalves ficou muito ressentido pelo fato de Marcos Rocha ser cristão (evangélico), baixou o nível criticando a família dele, destacando que tirou o vice-governador do “buraco”. Sérgio Gonçalves explicou as razões da falência dos negócios da família, destacando que geraram muitos empregos em Rondônia.
Live do vice 2
Negou que tenha agido para assumir o lugar de Marcos Rocha, que apenas entrou na justiça para salvaguardar os direitos constitucionais das funções de vice-governador. Sérgio Gonçalves, se assumir a titularidade em abril de 2026, será candidato à reeleição. Ele disse que ser conselheiro do TCE-RO não está no radar. De 0 a 10, a coluna dá 8 para a live. Que a próxima seja arrebatadoura .
Caminhada Esperança chega a Ji-Paraná
Dando continuidade a agenda do Movimento Caminhada Esperança, a coordenação estadual realizará na manhã deste sábado, 12, em Ji-Paraná, reunião com todos os oito partidos progressistas que integram a Frente. Na pauta, a preparação do evento de lançamento do Movimento na região central do estado. Sob a liderança do senador Confúcio Moura e do ex-senador Acir Gurgaz, o Movimento Caminhada Esperança reúne, até o momento, 8 partidos de centro e de esquerda, movimento sociais, sindicais e personalidades com o objetivo de discutir os problemas do estado e propor soluções de natureza inclusiva, sustantáveis e democráticas. A reunião acontecerá no Auditório da Eucatur, às 9 horas.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
Informações para a coluna: [email protected]