O governo Lula utilizou a tragédia das enchentes no Texas, que deixaram ao menos 32 mortos e dezenas de desaparecidos, para reforçar a urgência de ações contra as mudanças climáticas. Em nota oficial publicada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil se solidarizou com o povo e o governo dos Estados Unidos, mas também destacou que eventos extremos como esse tendem a se intensificar com o aquecimento global.
O comunicado aponta que “as alterações climáticas intensificam eventos extremos e aumentam a frequência de desastres semelhantes”, e defende a necessidade de medidas conjuntas pela comunidade internacional.
A declaração ocorre em meio à política ambiental do ex-presidente Donald Trump, que mantém apoio expressivo no Texas e recentemente desmontou subsídios para a transição energética, retirando quase US$ 500 bilhões destinados a energias limpas.
O governo brasileiro ainda destacou que não há, até o momento, registros de vítimas brasileiras nas enchentes e orientou a comunidade residente no estado a buscar apoio junto ao Consulado-Geral em Houston. A mensagem ressalta o contraste entre os impactos ambientais crescentes e a resistência política a políticas climáticas nos EUA.
A nota também relembra que Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris e bloqueou investimentos em proteção florestal. O Itamaraty reforça que desastres como o ocorrido no Texas reforçam a urgência de compromissos globais para enfrentar a crise climática e mitigar seus efeitos mais devastadores. As informações são de Jamil Chade.
Diario do Centro do Mundo