Marcos Rogério supera Alcolumbre e é o senador que mais gastou emenda Pix

Na sequência, aparece o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com R$ 34,798 milhões, praticamente empatado com os líderes.

As emendas Pix são tecnicamente chamadas de “transferências especiais” e se caracterizam pela ausência de exigência de projeto prévio. Na prática, isso significa que o parlamentar destina o recurso para uma cidade e cabe ao município decidir como irá aplicá-lo, com liberdade para distribuir entre diferentes áreas.

Em 2024, esse tipo de emenda movimentou R$ 8,2 bilhões, valor que se soma aos mais de R$ 13 bilhões registrados desde a criação do mecanismo em 2020. O crescimento acelerado tem levantado questionamentos sobre o uso político da verba.

Segundo a Transparência Brasil, apenas 0,9% das emendas Pix de 2024 continham informações completas sobre a destinação e o uso dos recursos. Isso indica que, na prática, mais de 99% dos repasses foram feitos sem que a população tenha acesso ao objetivo final da aplicação.

Ainda de acordo com a organização, 78% dos parlamentares que usaram essa modalidade no ano passado não indicaram com clareza o destino dos valores. Além disso, há um padrão de concentração dos recursos em cidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o que aumenta o risco de uso eleitoral.

Outros senadores também aparecem entre os maiores usuários da ferramenta. Estão na lista nomes como Eliziane Gama (PSD-MA), Otto Alencar (PSD-BA), Carlos Fávaro (PSD-MT), Nelsinho Trad (PSD-MS), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Omar Aziz (PSD-AM), todos com valores entre R$ 30 milhões e R$ 34 milhões.

1- Marcos Rogério (PL‑RO) – R$ 34,8 mi
2- Jussara Lima (PSD‑PI) – R$ 34,8 mi
3- Jayme Campos (União Brasil‑MT) – R$ 34,8 mi
4- Davi Alcolumbre (União Brasil‑AP) – R$ 34,798 mi
5- Eliziane Gama (PSD‑MA) – R$ 34,3 mi
6- Otto Alencar (PSD‑BA) – R$ 34,1 mi
7- Carlos Fávaro (PSD‑MT) – R$ 33,3 mi
8- Nelsinho Trad (PSD‑MS) – R$ 31 mi
9- Rodrigo Pacheco (PSD‑MG) – R$ 30 mi
10- Omar Aziz (PSD‑AM) – R$ 30 mi

A predominância de parlamentares do PSD entre os maiores beneficiários indica uma articulação interna que favoreceu a legenda de Gilberto Kassab e Omar Aziz no uso dessas transferências.

Ainda assim, o PSD não lidera o gasto de emendas no Senado. No ranking, o partido de Kassab fica atrás do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Veja: 

PL: R$ 1,4 bi em emendas Pix (32% das emendas)
PSD: 38% das emendas convertidas em Pix
União Brasil: 37% convertidos em Pix
MDB: 40% das emendas em Pix
Avante: 47% das emendas em Pix

Fonte: DCM

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